FASCINANTE

21/07/2013

Tentando Definir O Amor

Sempre existirá alguém tentando definir o amor...
Portanto, não sou exceção...
Vamos continuar tentando...
Osculos e amplexos,
Marcial
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Tentando buscar essa definição, algo que não se pode discutir é o fato do amor ser o sentido mais facilmente sentido por nós.
Pressentimo-lo ao sentir o cheiro de alguém, ao sentir a reação de nossa pele ao seu toque, e vice-versa, ao sentir a força do olhar, e, até mesmo ao ler algo escrito por um certo alguém. E esse “sentir” leitor do amor, não é coisa apenas de agora, devido ao advento da Internet.  Vem de longe.  Donzelas suspirantes encantavam-se ao ler certas cartas de amor que recebiam, muitas delas, anônimas, e mesmo sem saber quem as enviava, o amor despertava. Eram as “epístolas de amor”. Agora são e-mails, poemas.
Li uma definição bem moderna, feita por Epíteto, filósofo grego dos anos 50 DC:
Hormônios, feromônios, seja lá o que for, olhe, escute, cheire, toque, ame com todos os sentidos, para que seu amor faça sentido.”
Assim, seja ao ver, tocar ou mesmo cheirar alguém, sentimos uma emoção diferente. O mesmo ocorre ao ler algo que um certo alguém escreveu. Coisas de nossos sentidos, que sabem sentir um sentimento. Sinto muito pela repetição sentida.
O psicólogo canadense John Alan Lee, escreveu algumas definições sobre o amor, que vale pena serem lidas e analisadas. Vamos ver como ele classifica o amor:

"EROS – É a paixão romântica, que envolve desejos e atração. Acontece de repente e pode terminar da mesma forma."
Realmente, quantas vezes acontece de sentirmos uma atração muito forte por alguém. Achamos que será alguém definitivo em nossa vida, mas da mesma maneira como chegou, essa paixão vai embora, e muitas vezes sequer deixa saudade. Apenas uma lembrança muito tênue de algo intensamente vivido. Uma relação intensa e efêmera. Assim são as paixões.

"LUDUS – O amor é uma brincadeira, o desafio é a conquista. Geralmente se limita a uma única noite."
É uma variação da anterior. Apenas, foi alguém que resolvemos conquistar por razões diversas.
São pessoas que adoram desafios. Conquistar o inconquistável. Sempre exerce muita atração.
Uma vez conseguido, perde a graça.

"STORGE – Amor amigo, a atração física não é o principal, e sim a confiança mútua e os valores compartilhados."
É o amor que possibilita relacionamentos duradouros, onde o que conta é a relação anímica, numa saudável mistura entre amor e amizade. Gera relações inquebrantáveis, pois se forma um elo entre ambos que resiste a tudo. Atualmente chamamos AMORZADE.

"PRAGMA – A contabilidade do amor. Uma paixão prática. Avalia todas as possíveis implicações antes de se envolver num romance mas, quando se envolve, é um investimento com a certeza da relação custo-benefício."
Isso não quer dizer que as pessoas pragmáticas sejam interesseiras, mas sim, práticas, pois antes de se entregar ao amor, analisam se realmente haverá algo de Storge nesse amor, para que ele seja profícuo. São as chamadas pessoas “pés no chão”.  Procuram sempre analisar o terreno onde vão pisar, jamais se entregando às paixões Eros.

"MANIA – Paixão do tipo Montanha Russa. É obsessiva, ciumenta, requer provas inesgotáveis de amor. É capaz de loucuras para chamar a atenção. É tanto medo da perda, que acaba por se perder."
Este é o mais perigoso dos sentimentos, pois é egoísta e possessivo. O ciúme por vezes se torna incontrolável. Cobra constantemente declarações de amor. Afasta amizades, pois quer que se viva apenas para si. Termina por criar situações insustentáveis, e geralmente acaba afastando pessoas que poderiam lhe dar amor, e que acabam se afastando, porque ninguém gosta de se sentir “propriedade privada”. O sentimento de amor quer ser livre para amar. Quer amar por livre escolha, e não por imposição.

"ÁGAPE – Amor generoso, altruísta e de entrega. Sente-se feliz ao ver a pessoa amada feliz, mesmo que não seja a seu lado."
Este é o mais lindo dos amores. Ama-se sem egoísmo, ama-se por amar. E para quem ama, o mais importante é saber que a pessoa amada está feliz e bem. Por vezes amamos alguém, e não podemos dar-lhe a plenitude de nosso amor, ou nosso amor não tem reciprocidade.  Por que atormentar a pessoa amada? O melhor é dar-lhe a liberdade de escolha, e torcer por sua felicidade, mesmo que ao lado de outro alguém. Esse é o verdadeiro amor, pois é muito melhor sentir o amor junto ainda que distante, do que distante ainda que junto. É muito melhor saber que a pessoa amada está feliz, mesmo longe de nós, sempre livre para amar quem a fizer feliz.
Depois do Dia dos Namorados, nada como um pouco de reflexão sobre “amor e suas sequelas”.
Defina seu amor, tendo UM LINDO DIA.

Marcial Salaverry

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