FASCINANTE
30/01/2013
29/01/2013
Apenas Buscando Viver
Para aprender a viver, é preciso entender que
o mais lógico é saber buscar soluções,
ao invés de limitar-se a esperar que algo
se solucione por conta própria...
Osculos e amplexos,
Marcial
******
Pode parecer estranho que se fale em estar "buscando viver", pois estamos vivos, e nesse caso, não há o que buscar.
Apenas é preciso entender que "buscando viver", estamos procurando as razões, as motivações que nos fazem estar vivos ao invés de só nos limitarmos a viver.
Assim, a diferença entre "estarmos vivos" e "vivermos", está na maneira de com que nos mantemos vivos, o que fazemos para justificar nossa passagem por esta vida, pois existem pessoas que se deixam dominar por um estranho desalento face às menores dificuldades, e assim, basta surgir um contratempo e o mundo vem abaixo, e passam a lamentar seu "infortúnio", dizendo que, decerto "Deus me esqueceu".
Pode se dizer que seja dedicado àqueles que se recusam a enxergar o que está diante dos olhos, ou seja, que a vida não é só de flores, li em algum lugar, esta autêntica "jóia", escrita por Waldemar Valle Martins:
"Rezar não é apenas pedir, mas também agradecer. Quem agradece toca mais uma vez o coração de Deus.
Obrigado Senhor por esta meia hora de silêncio quando pude me reencontrar;
Pelo aviso que me deste com a doença; Pelo tempo que ganhei orando a teus pés;
Pela renúncia que me impuseste e que vou conseguindo aceitar;
Pelo trabalho que me mandaste e que não me permite pensar só em mim;
Pelas horas de solidão que tento transformar em prece;
Pelas provações que me levam ao desprendimento;
Pela compreensão dos meus amigos, que são os anjos que me enviaste;
Pela vida que me deste, e que não mereci;
Pela morte que me reservaste e que aceito, beijando as tuas mãos."
Waldemar Valle Martins é doutor em Filosofia, professor universitário e membro da Academia santista de letras."
Esta prece é realmente, é uma lição de humildade e do que eu chamo "Saber Viver". Àqueles que por crença religiosa, chamem Deus por outros nomes (eu, por exemplo, sempre o chamo de Amigão), basta que transfiram para o seu Deus o teor desta prece de agradecimento que verdadeiramente me comoveu.
É preciso ter presente que não podemos confundir humildade e sentido de agradecimento com conformismo, eis que o sentido dado pelo autor não é de conformismo com o destino, mas sim de agradecimento pelas benesses conseguidas, ao mesmo tempo em que entende que os percalços surgidos são consequencias da vida, mas sim daquilo que devemos superar.
Devemos então cruzar os braços e esperar que vida passe? Claro que não, pois temos que fazer a nossa parte, aproveitando as fases boas, o que de bom nos acontece, ao mesmo tempo em que devemos sempre estar preparados para problemas que possam surgir.
Quando
surgirem, ao invés de nos desesperarmos, lamentando "o azar que nos
persegue", vamos procurar soluções. Mantendo a serenidade, muito mais
fácil será encontrá-las, pois o desespero é mau conselheiro...
Serve a lógica da engenharia moderna. Se no traçado de uma estrada surgir um morro, temos as seguintes alternativas: fazer um túnel, contorná-lo, dinamitá-lo, escalá-lo, mas nunca abandonar o projeto, só porque tem um morro no meio do caminho...
Então amigos, dentro da lógica que determina o "Saber Viver", devemos sempre ter presente que o presente é um presente que temos de aproveitar. Se estiver favorável, vamos desfrutá-lo, caso contrário, vamos procurar torná-lo favorável.
O que não adianta é encolher os ombros dizendo que nada pode ser feito, e esperar que outros solucionem o problema por nós, ou que Deus o resolva por sua conta e risco.
E podemos começar fazendo nossa parte, tendo UM LINDO DIA.
Serve a lógica da engenharia moderna. Se no traçado de uma estrada surgir um morro, temos as seguintes alternativas: fazer um túnel, contorná-lo, dinamitá-lo, escalá-lo, mas nunca abandonar o projeto, só porque tem um morro no meio do caminho...
Então amigos, dentro da lógica que determina o "Saber Viver", devemos sempre ter presente que o presente é um presente que temos de aproveitar. Se estiver favorável, vamos desfrutá-lo, caso contrário, vamos procurar torná-lo favorável.
O que não adianta é encolher os ombros dizendo que nada pode ser feito, e esperar que outros solucionem o problema por nós, ou que Deus o resolva por sua conta e risco.
E podemos começar fazendo nossa parte, tendo UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
28/01/2013
Os Mais Diversos Tipos De Amor
Certamente existem diversos tipos de amor,
mas
o que se pode dizer ser o mais
autentico, é aquele que sentimos na
maturidade,
quando a caminhada está em seus penúltimos
passos...
Na realidade, quando atingimos a maturidade, é que estamos prontos
Na realidade, quando atingimos a maturidade, é que estamos prontos
para amar, seja para continuar amando, seja para amar
novamente,
na verdade, para amar, simplesmente...
Osculos e amplexos,
Marcial
********
Para
falar sobre os diversos tipos de amor que teremos em nossa vida, é preciso
entender que sempre estamos em contato com esse sentimento mágico chamado
"Amor", e isso acontece desde que nascemos. Aliás, é nosso
primeiro sentimento, pois já ao nascermos apesar de ainda não sabermos definir,
começamos por amar aquela doce criatura que nos pôs no mundo. Por questão
dos meses em que ficamos em contato estreito com o ventre materno, é claro que
nosso primeiro amor, sempre será a mãe. Aos nossos olhos, o pai sempre será
mais uma dentre as inúmeras pessoas que existem ao nosso redor, mas "Mãe é
uma só" (não sei onde ouvi esta frase...).
Nas diversas etapas de nossa vida, encontramos diversos tipos de amor, sempre o identificando como uma sensação de bem querer algo ou alguém, aquela sensação de bem estar que sentimos quando estamos perto de alguém, quando brincamos com aquele joguinho favorito, quando estamos com nossos animais de estimação. Enfim, são amores os mais diversos, mas sempre é aquela gostosa sensação de bem estar, de bem querer, que irá nos acompanhar pela vida inteira.
Principalmente
o tão falado, comentado, desejado e algumas vezes criticado amor entre pessoas,
sejam de de sexos diferentes, ou não. Basta que seja aquele amor que
exige o contato físico. Aquele que não é apenas um dos muitos amores que
sempre tivemos e ainda teremos, mas sim, o dito cujo AMOR. É um amor que exige
uma atenção e cuidados especiais. Temos que compreendê-lo, para não o vermos
fugir, e na verdade, há que se respeitar e muito esse sentimento tão necessário
para bem vivermos nossa vida.
O
amor quando chega, não pede explicações, nem tampouco se explica, ele não
escolhe idade, simplesmente chega, e vai ocupando seu lugar de destaque no
coração (na realidade é no cérebro, mas convencionou-se culpar o coração pelos
sucessos ou insucessos do amor.)
Quando somos jovens não somos ainda capazes de medir as consequencias, pois simplesmente amamos, e nos entregamos ao amor, e muitas vezes quebramos a cara pela afoiteza, mas são coisas da juventude, que deve ser vivida em sua plenitude, com todos seus riscos.
E quase sempre amamos descompromissadamente, e assim, se perdermos um, logo conseguiremos
outro, ou outros, até encontrar um que possa ser chamado de definitivo, ou quase...
Quando somos jovens não somos ainda capazes de medir as consequencias, pois simplesmente amamos, e nos entregamos ao amor, e muitas vezes quebramos a cara pela afoiteza, mas são coisas da juventude, que deve ser vivida em sua plenitude, com todos seus riscos.
E quase sempre amamos descompromissadamente, e assim, se perdermos um, logo conseguiremos
outro, ou outros, até encontrar um que possa ser chamado de definitivo, ou quase...
Então,
acreditamos nele, sentindo sua intensidade, e é quando firmamos
compromissos, considerando-os como definitivos, mas muitas vezes não dá certo,
e nos decepcionamos, choramos, sofremos, e não pensamos muito em terminar
relacionamentos, sempre na expectativa de que o próximo poderá ser
melhor.
Agora, quando se sobrevive a isso tudo, vem a melhor parte, mas pode ser uma das mais perigosas, pois tem que ser muito bem entendido, muito bem curtido
e vivido, e esse, é o amor na idade madura, que pode ser considerado o definitivo ponto final na vida de muitos amores que já se teve.
melhor.
Agora, quando se sobrevive a isso tudo, vem a melhor parte, mas pode ser uma das mais perigosas, pois tem que ser muito bem entendido, muito bem curtido
e vivido, e esse, é o amor na idade madura, que pode ser considerado o definitivo ponto final na vida de muitos amores que já se teve.
Já
se passou por inúmeros percalços, dificuldades de toda sorte foram enfrentadas
e superadas. Mas temos que aceitar as mudanças que o amor apresenta ao se
chegar nessa faixa etária, pois o amor na idade madura é feito de
muita ternura, muito bem querer, muito companheirismo, muito
carinho. Aquele ficar de mãos dadas, passeando, conversando e mesmo na cama,
vivendo um sentimento gostoso de carinho imenso, mas isso tem que ser aceito
por ambas as partes. Tem que haver uma aceitação mútua total e
completa. Só assim esse relacionamento maduro será
bem vivido.
Pergunta-se, e o tesão? Não existe mais? Não faz mais parte dessa vida madura?
Claro que o tesão existe, e representa uma parte importantíssima desse amor calmo, silencioso, cheio de pequenos prazeres. Como somos mais bem mais experientes, aproveitamos melhor nosso tesão, e assim, tornamos nossos momentos íntimos como
verdadeiros sonhos, parece coisa de novela, mas é vivido em sua plenitude, são reais, existem, são lindos. Conhecemos todos os segredos de nossa
parceria. Sabemos como dar-lhe aquele prazer que ela gosta, pois como não somos mais possessivos, sabemos nos doar sem perder a liberdade. Sabemos
amar, e sentimos quando somos amados. E, por força desse amor, sentimo-nos jovens novamente, com a vantagem de que não precisamos tomar certos cuidados que antes até atrapalhavam as relações mais intimas.
bem vivido.
Pergunta-se, e o tesão? Não existe mais? Não faz mais parte dessa vida madura?
Claro que o tesão existe, e representa uma parte importantíssima desse amor calmo, silencioso, cheio de pequenos prazeres. Como somos mais bem mais experientes, aproveitamos melhor nosso tesão, e assim, tornamos nossos momentos íntimos como
verdadeiros sonhos, parece coisa de novela, mas é vivido em sua plenitude, são reais, existem, são lindos. Conhecemos todos os segredos de nossa
parceria. Sabemos como dar-lhe aquele prazer que ela gosta, pois como não somos mais possessivos, sabemos nos doar sem perder a liberdade. Sabemos
amar, e sentimos quando somos amados. E, por força desse amor, sentimo-nos jovens novamente, com a vantagem de que não precisamos tomar certos cuidados que antes até atrapalhavam as relações mais intimas.
Apenas precisamos saber viver esse momento, respeitando as limitações que a idade nos impõe, superando-as com a força de nosso sentimento, com o poder de nosso carinho, e assim, depois de viver os mais diversos tipos de amor em nossa vida, chegamos ao amor total na idade madura, e sabendo vivê-lo, é o melhor amor de nossa vida.
E
agora, com o mais sincero tipo de amor que existe, qaue se chama AMIZADE,
desejo que voce tenha mais um UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
27/01/2013
A Natureza Sobrevive
É realmente um milagre que a Natureza ainda
sobreviva, apesar das insanas tentativas
do bicho gente em aniquilá-la...
Será que ainda vão conseguir?
Osculos e amplexos,
Marcial
*******
É incrível como a Natureza consegue sobreviver, apesar das insistentes tentativas do ser humano em destrui-la.
As noticias a esse respeito, são as mais desalentadoras possíveis...
Há algum tempo, tivemos uma maré negra na Galicia, em que um vazamento de óleo provocou danos irreparáveis para o meio ambiente, provocando uma mortandade da fauna marinha, num fato já muitas vezes repetido pelo mundo.
Parece que estão querendo acabar com a Natureza, começando pela vida marinha.
Realmente cortava o coração, vendo a agonia de aves, peixes, tentando absorver um pouco de vida, enquanto pereciam. Será que esses cenas não tocavam o coração dos responsáveis? Creio que não, pois para ser tocado, seria necessário que um coração existisse.
Além dos danos incalculáveis causados à fauna, há que se pensar na vida dos pescadores, que se viram privados dos meios de subsistência.
Depois, outros ditos acidentes, como os incêndios florestais, sempre provocados pela incúria dos homens, que deliberada ou acidentalmente são responsáveis pela morte de milhares de animais, além da destruição das já carentes reservas florestais do mundo. É inacreditável que, apenas para "limpar" terreno, promova-se queimadas, que geralmente se descontrolam.
Mais incrível são aqueles incêndios provocados pela falta de cuidado de pessoas que, ou apagam mal suas fogueiras de acampamento, ou, pior ainda, dedicam-se a jogar suas bitucas de cigarro pela janela de seus carros, sobre as folhas secas.
Marés negras, incêndios florestais, são desgraças que destroem a Natureza, provocam prejuizos para muitas pessoas, algumas mortes, mas são desgraças de âmbito restrito.
Mas a maior prova da imbecilidade humana, vemos nos noticiários atuais, que nos passam notícias de muitas e possíveis guerras, Iraque, Coréia, Afeganistão, Chechenia, Sinai, e sei mais onde. Dá prá entender? As bombas lançadas, além de matar pessoas, vão destruindo o que ainda resta de Natureza. Parece que destruir a Natureza, é a natureza do ser humano, que nunca consegue ser humano...
O que pode levar as pessoas a tomar essas atitudes? Que coisas soturnas povoam suas cabeças?
Sinceramente não consigo atinar com o que está ocorrendo atualmente. Uns atiram-se sobre os outros quais bestas ferozes, sem que se consiga saber a razão exata disso tudo.
Realmente, não dá para entender o porque de procurar invadir países, numa autêntica caça às bruxas, sem razão nem motivo.
Será que estão realmente tentando provar algo acêrca das tão decantadas Profecias de Nostradamus? Será que esses que estão criando a possibilidade dessas guerras ainda não pensaram nas implicações que fatalmente ocorrerão caso tais invasões sejam concretizadas?
Oremos, pois. É o que nos resta fazer, oremos para que um pouco de luz entre nessas cabeças doentes e doentias.
Ainda que meio desalentado, desejo UM LINDO DIA, enquanto ainda o tivermos...
Marcial Salaverry
Sintonia Semanal - 27.01 a 02.02.13
UMA ESCOLHA
27 de
janeiro a 2 de fevereiro de 2013
|
26/01/2013
Venha Conhecer Santos
Venha conhecer Santos... Realmente vale a
pena...
Suas praias, seus jardins, suas belezas...
Osculos e amplexos,
Marcial
******
Quem vem a
Santos passear,
apenas a praia
quer frequentar...
Seus jardins
são passagem obrigatória...
Mas... E sua
história?
Todos vão ao
Aquário,
e também ao
Orquidário...
Mas ficam sem a
história conhecer,
e realmente, há
muito que saber...
As ruínas encravadas
na saída do túnel,
representaram
na história seu papel...
O Panteão dos
Andradas,
Outeiro de
Santa Catarina,
locais
conhecidos de poucos santistas,
que dirá dos
turistas...
E fazem parte
da história,
contam de
Santos sua glória...
Igreja do
Carmo, Alfândega de Santos,
e seus belos
portões, tão lindos quando fechados,
mas isso apenas
nos domingos e feriados...
Igreja do
Valongo, quanta história nos conta...
Suas imagens
com ouro e pedras preciosas engastadas,
tem proteção especial
para não serem roubadas...
E o agora
famoso prédio da Bolsa do Café...
Totalmente
restaurado,
é um marco das
glórias de um recente passado...
Quente ou
gelado, toma-se o melhor café
que se pode
provar no mundo...
Lá, a história
foi preservada,
e totalmente
respeitada...
Há que se
visitar, para jamais esquecer...
O futebol
também tem seu Museu,
exaltando as
glórias do time do Pelé,
da cidade, o
clube de fé.
Os jardins de
Santos, além de sua beleza natural,
através de seus
monumentos, também contam a história,
pois sempre
lembram alguém que guardamos na memória...
Martins Fontes
e seus cravos na lapela, sempre renovados,
Vicente de
Carvalho, Bartolomeu, e tantos sempre lembrados...
E o passeio de
bonde, não podemos deixar de fazer,
pois é uma
linda volta ao passado, que não se deve esquecer...
Quando Santos
novamente visitar,
venha também
sua história honrar...
Não fique
apenas na praia, e tenha a felicidade
de conhecer
este outro lado de nossa cidade...
Marcial
Salaverry
25/01/2013
-A Velha Sampa...Aquela São Paulo Da Garoa
Relembrando a Velha Sampa...
Que saudade da
"minha infancia querida que os anos não
trazem mais..."
Rememoremos, pois, como foram vividos alguns
desses 459 anos ora comemorados...
Ósculos e amplexos,
Marcial
*******
São Paulo, sempre foi uma das grandes cidades do mundo, e sempre a maior do Brasil.
Mas quem vê esta metrópole alucinada de hoje, e a conheceu em outras épocas, forçosamente sentirá a saudade batendo forte no peito.
Era outra vida... Tempo das serenatas... Aqueles rapazes pretendiam conquistar suas eleitas, cantando sob suas sacadas, e as donzelas, sempre suspirantes, assomavam às janelas, sorrindo enlevadas para seus apaixonados. Eram lindos romances.
As crianças dessa época apenas sabiam brincar, ignorando totalmente essas coisas de namoro. A infância vivia uma verdadeira infância, sem queimar etapas.
Existia algo chamado inocência. Apenas na entrada da adolescência que começava a existir aquele namoro “de portão”, e assim, as serenatas eram um meio para os rapazes demonstrarem seus sentimentos às jovens. Hoje, bate uma saudade incrível desse romantismo gostoso. Piegas, porém, muito gostoso.
Andava-se tranquilamente pela cidade. Era possível brincar nas ruas. E existiam aqueles jogos de “uma na mula”, “dono da rua”, jogava-se futebol nas calçadas, e com bolas de meia. Alguém sabe o que é uma bola de meia?
Claro que havia indivíduos que viviam fora da lei. Eram chamados "malfeitores". Mas nem eles agiam com violência, principalmente com essa violência gratuita que vemos nos dias de hoje.
Até para isso havia uma certa ética que eles respeitavam. Tivemos alguns nomes que marcaram época, como Meneghetti, Sete Dedos, que entravam nas residências, roubavam e saiam, sem que ninguém notasse sua presença. Tudo dentro da mais estrita “ética profissional”.
Não havia esse consumo desenfreado de drogas, essa maldade que se encontra hoje, quando as pessoas de bem precisam viver enclausuradas, com medo da violência das ruas. A rua era nossa, podia-se passear e brincar à vontade. Um costume da época, vizinhos reuniam-se à porta de uma das casas, colocavam cadeiras na calçada, e o papo avançava noite a fora... Não havia a tal da televisão...
Havia uma convivência saudável, e havia um enorme respeito das crianças e jovens pelos mais velhos. Sua palavra era quase lei.
São Paulo com seus bondes, com o charme fantástico da Avenida Paulista, e seus palacetes, com que os “barões do café” ostentavam sua opulência, sem que precisassem temer serem sequestrados.
O que dizer então da Avenida São João, e seus lindos cinemas, como Metro, Art Palácio, Paysandu, programa obrigatório dos fins de semana. O Ponto Chic, e seu famoso “Bauru”...
E as salas de espetáculo como Odeon, na Rua da Consolação, com as Salas Azul, Verde e Vermelha. No carnaval, os bailes do Odeon eram o ponto alto naquela bela Sampa.
Na esquina com a Av. São Luiz, havia a Radio América, onde nos fins de semana assistia-se a monumentais shows musicais. Por exemplo, os Quitandinha Serenaders, um conjunto que arrasava... Não podemos esquecer um jovem que tocava bandolim genialmente, chamado Jacob do Bandolim... os Titulares do Ritmo, que era um conjunto formado por cegos, e que a todos encantavam com sua arte... Não podemos esquecer uma menina em começo de carreira que arrasava corações juvenis, chamada Hebe Camargo. E um garoto que ela chamou de “principezinho de olhos azuis”, ganhando um gostoso beijo nas bochechas...
Nessa época, ainda havia a famosa garoa... Acho que a poluição matou a garoa... E como era gostoso passear a noite, curtindo o friozinho saudável dessa velha garoa... Av. São Luiz, Praça da Republica, Av Ipiranga... Haja saudade... Quem relembrar, pode até enxugar aquela lagrimazinha teimosa...
Nos dias de jogo no Pacaembu, o charme era voltar a pé, para uma paquera na Praça Buenos Ayres, um dos pontos mais lindos daquela São Paulo, descer pela Av. Angélica até o Largo do Arouche, para ir patinar num rinque de patinação, que era o ponto de encontro da rapaziada, sempre naquela tentativa de um namorinho com as meninas que lá iam, sempre com seus pais. As meninas “de família”, jamais saiam sozinhas...
Essa era a São Paulo daquela época... Não é para sentir saudade?
“São Paulo da garoa... São Paulo que terra boa...”
Marcial Salaverry
23/01/2013
Nossos Amigos "Sem Face!
Falando em meios de comunicação,
vamos lembrar que já houve tempo em que as pessoas se comunicavam à distancia,
através de sinais de fumaça, ou através de tambores. Aliás, os tambores foram
os precursores do Código Morse, do qual pouca gente atualmente tem
conhecimento, ou sequer desconfia quem seja esse tal de Morse.
Podemos falar de um outro
método de comunicação à distancia que começa a cair em desuso, mas que ainda é
muito usado, que são as cartas e telegramas. Talvez alguns considerem métodos
anacrônicos, mas quem não tem acesso a computadores ainda é obrigado a empregar
esse método “arcaico” de se comunicar. E ainda é muito eficaz principalmente
quando é preciso obter confirmação de entrega, ou quando existe algo mais
do que palavras para se enviar.
Atualmente os e-mails
substituem as antigas cartas. Existem alguns inconvenientes, pois nem sempre se
pode confiar na seriedade do que recebemos, pois não existe a famosa
assinatura, e fica problemático para confirmar a autenticidade da mensagem, e
igualmente não podemos também confiar na certeza de que o destinatário vai
receber nosso recado, pois os provedores muitas vezes “enterram” muitos
e-mails, que jamais chegam a seu destino. Mas, que fazer? São problemas
da alta tecnologia.
Algo contudo é
indiscutível. O computador através dos e-mails, e dos derivativos chamados
chats, icqs, msns, e sei lá mais o que, vem funcionando espetacularmente no
sentido de formar amizades, e inimizades também. Conseguimos “falar”, e até
mesmo falar de fato com pessoas dos mais longínquos rincões, e até mesmo
com vizinhos de casa.
Através do computador,
formamos grupos de amigos, conversamos, trocamos confidências, namoramos e até
casamos através da telinha. São os chamados “amigos sem face”. Conhecemos, e
até amamos, sem sequer ver as feições. Existem as fotos. Mas nunca podemos
garantir que sejam autênticas, até que o conhecimento físico comprove a
legitimidade da foto.
Simplesmente nos sentamos
diante do teclado e do monitor, e digitamos o que nos vai na alma.
Desejamos saber o máximo possível
a respeito de nossos interlocutores, sem, contudo poder ter a certeza da
realidade da situação, pois tudo pode ser ficcional.
Navegando pela Internet,
em sites, chats, procuramos por alguém cuja afinidade possa ser sentida através
da telinha, e assim vamos formando pequenos grupos de amigos, que tem outros
amigos, e assim esses grupos vão se ampliando.
Sem que haja alguma
explicação para isso, encontramos certas afinidades com determinadas pessoas,
com as quais procuramos estreitar os laços da incipiente amizade.
Entre nós, conversamos e
digitamos nossas aflições, e assim, formando um pequeno grupo, tornamo-nos
amigos, e sempre queremos o reconhecimento dessa amizade.
Mandamos beijos e
abraços, que talvez fisicamente não os déssemos e muitas vezes tentamos uma
paquera, um romance com alguém que nos atraia mais. Desnudamos nossa alma, revelamos
intimidades. Somos amigos, mas não
sabemos porque.
Como podemos explicar
esse compartilhar de sentimentos com pessoas que não podemos ver?
Talvez resida aí o
segredo. O fato de não as termos diante dos olhos elimina inibições, ninguém é
tímido, nem mesmo a mais tímida das pessoas, uma vez que diante da telinha tudo
se transforma.
Na realidade, todos nós
temos problemas, e sentimos necessidade de os compartilhar com alguém, mas não
podemos falar para as pessoas reais, pelo receio de sermos julgados, de nos
trairmos pelo olhar, ou mesmo por não resistir aos olhares críticos que
poderemos receber, mas, através do computador, renovamos nossa confiança, podemos
contar tudo. É uma espécie de CVV moderno. Nem mesmo a voz pode trair nossa
real emoção. Se algo nos fizer chorar, ninguém estará vendo.
Uma verdade é iniludível.
Todos precisamos de uma válvula de escape para nossas emoções, e as amizades
“internetárias”, podem ser as melhores possíveis, por nos permitir tantas
coisas.
É certo que muitas vezes
encontramos pessoas de má fé, e que abusam de nossa confiança, e através da
impossibilidade de tomarmos satisfações, muitas vezes causam prejuízos. Mas, é certo também que fisicamente também
somos vítimas de maus amigos... Portanto, elas por elas, os “amigos sem face”
ainda oferecem vantagem, pois uma simples tecla Del pode eliminar muita coisa.
E uma violência física sempre machucará mais do que uma virtual.
Apenas em ambos os casos,
precisamos saber selecionar melhor nossas amizades, e mais ainda nossos
amores...
Pensando nessas
possibilidades, que tal termos UM LINDO DIA...
Marcial Salaverry
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