Será que quando
ficamos abobados,
é porque estamos
apaixonados?
Osculos e amplexos,
Marcial
*****
Para poder descobrir se estamos nesse patamar em nosso amor, temos que
detectar alguns sinais que indicam que alguma alteração está ocorrendo com
nosso interior, e que indicam que estamos nos sentindo perigosamente atraídos
por um certo alguém.
E precisamos saber
como identificar tais sinais de alerta. Por exemplo, pode ser numa troca de
olhares, ou mesmo ao ouvir uma determinada voz, ou eventualmente ao ler algo
escrito, parece que o coração sofre uma espécie de baque. Na realidade é o
cérebro agindo, e querendo nos mostrar esse detalhe. Podemos estar nos
apaixonando, mesmo sem saber, pois esse sentir é algo que começa a invadir
nossa alma, mesmo sem ser chamado.
Principalmente se começarmos a notar que nossa presença começa a produzir o mesmo efeito na mesma pessoa cujo impacto sofremos. Como se fosse aquele encontro tramado pelo Destino no dia de nosso nascimento.
E isso
acontece quando o contato físico produz como que um choque, passando uma
corrente elétrica, ligando-nos como plug e tomada. Ou então quando nossos
pensamentos começarem a se direcionar para esse alguém, sendo mais
significativo se o primeiro e o último seguirem nessa mesma direção. Podemos
estar nos apaixonando. Irremediavelmente. E poderemos dar razão ao nosso
querido poeta Carlos Drumonnd de Andrade, quando disse que
"Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Algo do céu te mandou um presente divino : O AMOR."
"Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Algo do céu te mandou um presente divino : O AMOR."
Convenhamos que são sábias por demais essas palavras. Realmente o Amor pode ser considerado um presente divino, mas infelizmente nem todos sabem detecta-lo, nem todos sabem vive-lo. Precisamos entender que cada amor tem uma característica diferente do outro, como cada pessoa tem sua personalidade.
E o amor verdadeiro, autêntico, nada mais é do que uma simbiose de almas, pois é preciso haver um afinamento entre ambas. É não ter medo nem vergonha de pedir perdão quando errar, pois ninguém é perfeito. Igualmente é preciso saber perdoar. É preciso entender e aceitar as imperfeições de quem estamos amando, para que igualmente sejamos entendidos e aceitos. Saber entender a alegria e a tristeza, e saber compartilhar. Saber dividir. É importante a reciprocidade de sentimentos e atitudes.
Amar é se comunicar pelo
pensamento. É sentir a presença ausente. É aquele olhar para o lado, e “ver” a
pessoa amada, mesmo que ela esteja na lua. É sempre acha-la a criatura mais
linda do mundo, mesmo que esteja toda desgrenhada após uma faxina, ou que sua
dentadura esteja no copo, e mesmo assim seu sorriso seja radioso. Podemos estar
nos apaixonando, ou melhor, estamos amando total e irremediavelmente, pois não
conseguimos sequer imaginar nosso futuro sem esse alguém ao nosso lado, mesmo
que esteja a quilômetros de distancia, mas conseguimos senti-lo ao nosso lado..
Precisamos, simplesmente
conseguir “ver” e sentir essas coisas acontecendo, e deixar que aconteçam, para
que esse amor que estamos encontrando permaneça conosco. Quando o amor surge,
não devemos deixa-lo fugir de dentro de nós. É a melhor coisa que pode
acontecer em nossa vida, pois sempre iluminará nossa existência. Mesmo que não
seja possível vive-lo em total plenitude, seja por quais circunstâncias forem.
Mas pelo menos deixa-lo fluir. Permitir que exista em nosso coração, pois ele se sentirá mais vivo se o agasalharmos.
E principalmente, é não
permitir que circunstâncias fortuitas ou sentimentos mesquinhos possam matar ou
minimiza-lo.
E para bem viver um amor, sempre será bom começar com UM LINDO DIA.
E para bem viver um amor, sempre será bom começar com UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
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