Namorar no Dia dos Namorados,
é o que há de
bom...
Mas se estiver sem,
não fique na saudade...
Ame-se...
Namore-se...
E sorria para a vida...
Você deve ser o grande amor de sua
vida...
Osculos e amplexos,
Marcial
DIA DOS NAMORADOS UM TERNO E
ETERNO NAMORAR
Marcial Salaverry
Certamente existem coisas boas na
vida, e partindo do princípio que namorar é o que de melhor podemos fazer na
vida, vamos tentar explicar o que é esse tal de namoro, e porque é tão
chameguento o tal do Dia dos Namorados. E, claro, dos "namoridos" também, que
já um segundo estágio do namoro, e dos mais importantes, para não perder o
romantismo inicial...
Começando do início, vemos que após um conhecimento
preliminar, é o Namoro o ponto de partida para o amor.
Pelo menos assim era
antigamente, tudo começava com o namoro, depois acontecia o noivado e assim
chegava-se ao casamento. Tudo regido pelo amor.
Bem, nem sempre, pois por
vezes a coisa toda era manipulada por acordos. Eram os tais de "casamentos
arranjados"...Mas esta é uma outra história, e fica para uma outra vez.
Com o
advento da modernidade, hoje em dia começa-se "ficando", mas nem sempre fica bem
"ficar", então, ao invés de "ficar", fica-se namorando mesmo. Mas sempre se
fica. Ou se "fica". Fica para os mais jovens explicar como fica tudo isso, e
asism ficamos entendidos...
O namoro evoluiu muito com o tempo. Já houve
tempo em que a jovem ficava romanticamente na janela, e era cortejada com doces
olhares e lindas serenatas, ou por infindáveis passeios. Era interessante que
nosso itinerário coincidia sempre com o momento em que ela saia à janela. Não
haviam prévios acordos. Apenas o chamado do amor. Sem duvida, uma época
essencialmente romântica, e amava-se platonicamente até o casamento. O namoro
sempre era vigiado, pois não eram permitidas "certas liberdades" antes de se
firmar o que se chamava de compromisso matrimonial (ou seja, o casamento), e
assim por vezes, eram anos de namoro e noivado até o casamento. A coisa toda era
encarada com seriedade. Quando o rapaz conseguia pegar nas mãos da jovem, já era
uma glória.
Depois, veio aquele namoro, em que já era permitido mão na mão, e
sempre tentando "esticar" o caminho das mãos, e conseguia-se até roubar um
beijinho. Emoção suprema. Um beijinho à socapa. Contudo, se o papai ou a mamãe
visse, seria reprimenda na certa. Onde já se viu beijar se ainda nem se
conheciam direito (depois de três anos namorando).
Com a evolução rápida
do tempo, principalmente no após-guerra, houve uma mudança de costumes, e logo
se chegou a um estágio mais avançado. Já se permitia que o romântico casalzinho
saísse sem ter de levar o irmão menor para ir ao cinema. Ou mesmo um passeio
diferente. Por exemplo, ao Zoológico. Era uma delicia um passeio ao Zoologico,
de mãozinha dada...
Ainda não existiam os motéis. Quando muito um drive-in
onde alguns amassos podiam ser feitos, no desconforto do banco de trás, pois no
da frente o cambio sempre atrapalhava...
Agora a coisa mudou um tanto.
Quando um rapaz e uma moça se conhecem, ao dizer muito prazer, vem a pergunta,
no meu ou no seu apartamento?
Contudo, se o modernismo acabou com o
romantismo de antigamente, não acabou com o amor, e nem com o namoro, ou com a
"ficação". Só que agora ainda existe um tal de namoro virtual, que dispensa o
contato físico para que se ame. Mas é um tipo de namoro. Portanto, o namoro
continua existindo. Não se sente a presença física ao lado, mas "sente-se" a
presença de quem está ausente. Pergunte a quem tem um amor virtual, e ele te
explica. E viva o Dia dos Namorados.
De qualquer maneira, o amor sempre
será o principal objetivo de todos, sempre na procura da famosa alma gêmea, ou
como se dizia antigamente, a "outra metade da laranja".
Para que o amor seja
perfeito, é preciso haver reciprocidade nos sentimentos, será necessário que o
mesmo sentimento abra dois corações, permitindo uma interação perfeita entre
ambos, consumando o que pode ser chamado de um amor perfeito, e com um ramo de
amor-perfeito, fica melhor ainda...
Mas, se o namoro pode abrir a porta
para o coração, é preciso que também abra a porta para o cérebro, pois a razão
deverá controlar a paixão, ditando as normas necessárias para que o amor seja
duradouro.
Deve-se abrir também a porta para o entendimento, para o diálogo,
permitindo que haja harmonia nesse amor.
Vamos então namorar, mas com
consciência, não apenas seguindo os impulsos do coração, ou do sexo. É preciso
controlar, usando bom senso, para que as coisas se desenvolvam bem, sem
desentendimentos idiotas, que podem tudo atrapalhar...
Portanto, para
que haja um bom desenvolvimento nesse amor, é preciso haver bom entendimento,
diálogo, respeito, e assim teremos um relacionamento gostosamente
duradouro.
E com essa idéia, vamos sempre ter UM LINDO DIA, namorando no Dia
dos Namorados, e amando nos outros 364 dias do ano.
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