Dos erros e acertos
de nossa vida, formaremos a bagagem
de nossa
experiencia.
É importante saber
viver e bem descobrir o caminho a ser seguido...
Osculos e amplexos,
Marcial
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Testemunhando nossa
vivencia, os anos vão passando, a vida vai correndo, e assim, enquanto a
juventude vai ficando para trás, vamos acumulando experiência, desde que
saibamos analisar as experiências vividas, sabendo separar o que fizemos de
certo ou de errado.
Como prova de que minha
memória ainda funciona, lembro-me de algo que desde criança sempre ouvi os mais
velhos falarem: "Gostaria de voltar aos meus 20 anos, mas com a
experiência de vida que tenho hoje... "
Sem dúvida alguma,
juntar-se ao vigor da juventude, a experiência que vida traz em sua vivência,
seria o ideal. Pena ser essa uma conjunção impossível.
À medida que vamos
vivendo, precisaremos ir aprendendo com os erros cometidos, uma vez que assim
formaremos nossa bagagem de experiência, que poderá nos permitir ter algo a
passar para os jovens. Assim como temos que ir aproveitando os acertos que
tivemos, pois a base da experiencia é saber aproveitar erros e acertos.
A experiência de vida nos
traz uma grande vantagem. Se soubermos
olhar para trás, percebendo quais foram os erros cometidos, não mais os
repetiremos, desde que saibamos analisá-los, mas por vezes reincide-se no mesmo
erro, pois nem sempre aproveitamos as lições que a vida nos dá. Tambem
isso vai nos servir de experiencia.
Se soubermos transmitir
essa experiência aos jovens que se disponham a aceitá-la, podemos mesmo
aplainar um pouco seu caminho, contudo temos de entender que não podemos, e nem
devemos evitar que eles errem, o que podemos é simplesmente tentar indicar-lhes
um caminho. Mostrar as opções que eles
vão encontrar pela frente, a fim de que eles decidam o que é melhor para eles,
e assim como nós tivemos a oportunidade de usar nosso livre arbítrio, claro que
eles tem o direito de fazê-lo, e de cometer seus próprios erros, e assim forjar
sua própria existência.
Se eles se limitarem a
ouvir a "voz da experiência", sem usar seu discernimento, serão
criaturas amorfas, incapazes de conduzir
o próprio destino. Não podemos "viver a vida por eles". Devemos deixá-los viver. Mostrar o que existe, procurando amenizar as
dificuldades, é uma coisa. Principalmente, devemos deixar que eles pensem e
cheguem às suas próprias conclusões. Eles saberão que estamos prontos a
ajudá-los sempre que eles precisarem e peçam um socorro.
Encontrei um pensamento
muito bacana feito por um garoto, que como eu, amava os Beattles e os Rolling
Stones, mas não pegou em nenhuma metralhadora.
Sua arma era o cérebro e uma caneta.
Chamava-se Victor Hugo e, entre
muitas outras jóias, legou-nos esta:
"O fogo vê-se nos
olhos dos moços, mas nos olhos dos velhos vê-se a luz".
Vejam, o grande sentido
que ele colocou na frase: nos olhos dos velhos vê-se a luz. Luz que pode
permitir que os experientes iluminem o caminho para os mais jovens, luz que
pode permitir que os pais mostrem mais claramente o caminho para os filhos, mas
não que determine o caminho a ser seguido. Iluminar para que eles escolham
melhor, para que eles possam ver as diversas opções que vão encontrar, e que
eles deverão escolher.
Luz que sabiamente usada
permitirá que os mais jovens errem menos.
Mas devem errar, sim. Se nós
errando, chegamos até aqui, porque tirar-lhes esse direito?
Pois se quisermos fazer o
caminho em seu lugar, se quisermos determinar o caminho que eles devem seguir,
apagaremos "o fogo de seus olhos".
Esse fogo tão necessário para que eles lutem, procurem vencer e atinjam
seus objetivos.
Aceitem as decisões dos
jovens, mas com discernimento. Vendo que eles estão errados, o mais certo é
apontar-lhes o erro e até mesmo ensiná-los a corrigir esse erro, se esta for
sua vontade.
Bem, como sou muito jovem
ainda, se estiver errado, corrijam-me.
Mas permitam-me o direito de errar.
Ainda tenho muito tempo para aprender, e acho que poderá ser
interessante desejar-lhes UM LINDO DIA...
Marcial Salaverry
Que belo texto, muito sensível e bem construído, parabéns!
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