Da
mesma maneira que certos amores se eternizam, existem aqueles que se esboroam
facilmente, e alguns desses
"fim de papo", poderiam ser
evitados,
se
houvesse um pouco de compreensão, e de diálogo...
Sempre
é bom pensar antes de dizer certas coisas...
Osculos
e amplexos,
Marcial
*****
Da mesma forma que existem amores que terminam prematuramente, existem aqueles
que resistem impavidamente à passagem do tempo, e superam todos os problemas
possíveis e imaginários, e para tanto, conseguem superar as piores crises,
superam até mesmo ao fantasma da rotina.
Muitos
dizem ser impossível existir amor assim, pois brigas entre casais são
inevitáveis, e que faz parte da vida. Certamente que é, mas se é um amor de
verdade, daqueles que vieram para ficar, e onde existe diálogo e compreensão,
consegue superar todas a desinteligências.
Mas
na realidade, amores assim chegam a ser as exceções que podem justificar a
regra que diz que todo amor que começa está fadado a acabar, pois existem
diversas causas que podem determinar seu fim, por vezes quase antes de começar.
Diz-se
que todos os dias pode morrer algum amor. Bem como se diz que o dia a dia é que
mata esse amor. Lentamente, a rotina acaba provocando um silencioso
afastamento, que pode e deve ser evitado com mais diálogo entre os parceiros.
Ao notar que começa a haver algum desinteresse, vamos conversar para descobrir
o que está havendo, antes que a coisa cresça, antes que comecem as discussões,
as brigas que terminam num bater de porta, depois de chegar, ou quase chegar às
vias de fato, e isso é algo que precisa ser evitado. E um bom diálogo pode
consertar as coisas.
Parceiros
não devem dormir brigados, pois poderá provocar um amargo despertar. Realmente,
faz falta o beijo de boa noite, aquele toque de mãos, aquele abraço, aquele
olhar compreensivo, acertando eventuais desentendimentos. Não devemos deixar o
amor morrer, sem tentar ressuscita-lo com a famosa respiração boca a boca,
assim como não podemos deixar que amores morram por falta de romantismo. A pior
de todas as mortes para um amor, não é aquela que vem depois de uma explosão,
mas aquela que gradativamente vai minando o amor que um dia existiu. E que
muitas vezes ainda está latente, vivo dentro do coração de ambos, mas o
orgulho, ou pequenos ressentimentos, é o que pode atrapalhar a reconciliação no
fundo desejada pelos dois. Quantos amores morrem ainda vivos...
Algumas
vezes o que pode matar um amor é a traição. Então fica a pergunta. A traição é
apenas culpa de quem trai, ou pode ter sido causada pela indiferença da parte
traída? Antes de executar o amor, vamos submete-lo a julgamento. In dúbio, pro
réu. Vamos descobrir o que realmente houve, antes de assinar o termo de
execução.
É
certo que também existem aqueles amores que não deveriam sequer ter começado,
porque foram motivados por algum eventual capricho, ou para alguma satisfação
de um desejo pessoal. Estes realmente estão condenados a morrer, e sua morte
não será sentida por nenhuma das partes.
Existem
amores unilaterais, e são os mais doidos e doídos, e condenados à morte desde o
início, pois o amor é um sentimento que só funciona se existe a reciprocidade.
Ambos precisam se amar e amar ao parceiro com igual intensidade, para que a
coisa dê certo. Se apenas um lado amar, o outro fatalmente, acabará sentindo o
desinteresse naquele amor, e o executará.
Amores
mais complicados são os platônicos, aqueles que se apaixonam por ídolos
distantes, e como exemplo podemos citar as famosas viúvas de Carlos Gardel, de
Elvis Presley, enfim de todos os grandes artistas do passado. E as perseguições
que fãs enlouquecidas fazem aos ídolos do presente.
Esses amores sem retorno são fadados a terminar, muitas vezes em curto prazo. São amores mais pressentidos do que sentidos. Ou amores de mão única.
Esses amores sem retorno são fadados a terminar, muitas vezes em curto prazo. São amores mais pressentidos do que sentidos. Ou amores de mão única.
Os
amores que conseguem se manter são aqueles que, se não tem aquela intensidade
dos amores apaixonados e apaixonantes, tem a segurança da reciprocidade. Os parceiros
se amam com igual intensidade, e então se respeitam. Esses amores por vezes
podem sofrer abalos, sempre comuns em relacionamentos longos, mas a tudo
sobrevivem. Passam incólumes por crises as mais variadas, porque o amor caminha
de mãos dadas com o respeito e a amizade, e esses, certamente não morrem. Por
vezes, podem entrar até em estado de coma, mas não morrem, sempre reagindo à
respiração boca a boca... Podem até se separar, se surge uma incompreensão
muito forte, mas embora separados, o sentimento persiste, sempre havendo um
clima propício para uma reconciliação.
Vejam
que jóia literária esta mensagem de Paulo Mendes Campos:
"(...)em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto."
"(...)em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto."
Depois
desta mensagem de nosso grande autor, só me resta desejar UM LINDO DIA.
Marcial
Salaverry
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