Com esse título, recebi hoje uma mensagem que me foi passada por uma pessoa muito amiga, contando
uma história narrada por alguém que a viveu.
Conta a história (ou estória, não vem ao caso) que um garoto se
aproximou dela, pedindo pão
velho. Ao invés de simplesmente dar-lhe o pão, resolveu conversar com o
garoto, perguntando coisas sobre sua vida, onde morava, como vivia, e assim por
diante, terminando por perguntar se ele não preferiria pão novo ao invés de
velho e este, ao ser-lhe oferecido o pão,
recusou-o simplesmente,
dizendo: não precisa, dona, a senhora já conversou comigo...
Isso forçosamente nos leva a algumas reflexões, pois mostra a
necessidade imperiosa que
existe de um simples diálogo.
Quantas vezes uma pessoa chega perto de outra, sentindo uma tremenda necessidade de conversar, de
desabafar alguma coisa que lhe corrói as entranhas. Se o
interlocutor lhe dá alguma atenção, ao menos ouve suas palavras, já fica aliviada, já
representa algo de muito importante.
Quantas vezes um relacionamento termina por falta de diálogo... Chegaa ser um absurdo que isso ainda
aconteça em plena Era das Comunicações.
Parece que as pessoas estão se
esquecendo quão importante é trocar idéias.
Muitas desinteligências sérias
poderiam ter sido resolvidas com uma simples conversa. Que não houve.
Por causa disso, foi criada uma desavença.
Sempre que surgirem dúvidas, é muito mais válido procurar-se a outra
pessoa, afim de
dirimi-la. É como uma doença. Quanto mais cedo começar-se
o tratamento, mais fácil
conseguir a cura.
A coisa é válida para os dois lados, por isso se chama diálogo. Um
deve saber procurar o outro
para buscar uma explicação. Por seu lado, o outro deve saber que lhe cabe
explicar alguma coisa e deve atender ao primeiro. Nesse
entendimento fatalmente será encontrada uma solução, ou não. Mas pelo menos não ficarão
dúvidas pairando no ar.
Outro ponto a ser abordado, são os problemas que estamos vendo nos
dias de hoje que as pessoas
estão enfrentando pela falta de diálogo e conversa. Cada qual se
fecha em seu mundinho, e que o resto do mundo se dane. O que é feito do
espírito de solidariedade? Muitas vezes o simples fato de ouvir-se alguém já
representa um grande alívio, se mostrarmos interesse, e procurarmos um
diálogo, então poderá ser por vezes a salvação de uma vida. Quem não já ouviu
falar do CVV? Então...
Devemos estar sempre atentos aos "pedidos de pão velho". Quando
um amigo se aproximar,
"querendo uma conversa", vamos procurar ouvi-lo. Talvez esteja sendo um pedido de
socorro. Uma simples necessidade de desabafo, ou talvez uma problema mais sério
para o qual ele não esteja encontrando solução.
Seu filho (a) brigou com a namorada (o), vamos ouvir seu desabafo, sua conversa. Vamos colaborar
para seu alívio interior. Seu amigo (a) perdeu o emprego... Ao invés de
um simples "dar de ombros" e do célebre "quiqui eu tenho a vê com
isso", vamos procurar dizer alguma palavra de
estímulo, nem que seja o inefável
"isto passa".
Alguns poucos minutos que se perca ouvindo alguém, pode ser muito importante para esse alguém, e
acabará sendo para você também. Você vai notar que, depois de colaborar
para uma melhoria no estado de espírito de outra pessoa, você vai se
sentir muito melhor. Seu espírito agradecerá seuato humanitário. Nunca se
esqueça de que amanhã você poderá estar na fossa,e vai gostar muito se alguém
lhe abrir os ouvidos, os braços e o coração.
Não custa nada atender a um pedido de "pão velho", e representa
sempre muito para alguém, estejam
certos disso.
O Amigão nos deu o dom da palavra justamente por isso, para
dialogarmos, só que ultimamente
andam interpretando de outra maneira, pensam que é para nos
digladiarmos. As palavras são parecidas, mas de significado completamente diferente.
Como o caso das duas crianças brigando, chegando depois à conclusão de que sua mãe lhes houvera dito
que "se amassem", e não que "se amassassem".
Muitas vezes isso significa: Tenho necessidade de ser ouvido, de ser amado.
Falando nisso, meus amigos, VOCÊS TEM PÃO VELHO AÍ?
Então... tenham UM LINDO DIA...
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