Quando chegamos naquele ponto que parece ser nosso
limite,
e que nada mais podemos fazer...
É chegada a hora de mostrar porque estamos no
mundo,
e temos que ir buscar no fundo do baú aquela
reserva
que ainda lá está nos esperando...
Será preciso justificar esta nossa passagem por
aqui...
Osculos e amplexos,
Marcial
É quando chegamos naquele ponto que parece ser o fim de nossas forças, que precisamos justificar nossa passagem por esta vida, e quantas vezes nos vemos na contingência de testar nossos limites, seja de tolerância, seja de resistência. Não apenas da resistência física que se fala, pois testar estes limites, basta fazer exercícios físicos, até nos cansarmos, e ela, com treinamento adequado, poderá ter seus limites ampliados até onde o organismo tolerar.
Contudo, a resistência de nossa alma, de nossos sentimentos, é algo meio utópico para se definir, pois dificilmente poderemos aquilatar seus limites, eis que sempre estamos sendo chamados a novos testes, a cada acontecimento importante em nossa vida.
Muitas vezes as feridas de nossa alma começam a
latejar, e a coragem parece estar se esvaindo. Que fazer? Entregar-se à dor e
ficar esperando as coisas acontecerem? É um desses momentos em que somos
chamados a mostrar nosso valor, reagindo aos contratempos, e pelo menos tentar
continuar vivendo. De alguma maneira, em algum lugar, precisamos buscar as
forças necessárias para reagir, ampliando nossa capacidade de resistência, e se
conseguirmos resistir sem baixar a guarda mais um pouco, poderemos retomar o
fôlego, e continuar a caminhada, mesmo que a derrota pareça estar nos chamando,
e estejamos perto da desilusão total.
Sempre haverá quem nos estimule a parar e entregar
os pontos. São os derrotistas, invejosos e maus amigos, aqueles incapazes
de uma palavra de estímulo, aqueles que preferem subir à custa da desgraça
alheia, do que por capacidade própria. A esses, é que nos cabe mostrar de
que material somos feitos, e assim sendo, deveremos procurar ouvir aqueles que
tentam nos incentivar, injetando aquela coragem necessária, aquele gás que
nossa resistência está pedindo.
Muitas vezes, precisamos reagir contra nosso
inimigo interior, que é aquele pessimismo que tenta nos abater, aumentando a
distância aonde estão nossos objetivos. Precisamos sempre acreditar que a linha
de chegada está próxima, ou seja, que nosso objetivo está a nosso alcance,
mesmo que ainda falte muito para lá chegarmos.
Sentimos o fôlego no fim, as asas quebradas, as
pernas fraquejando, mas algo em nosso interior nos manda resistir, e é nessa
força que precisamos buscar o que nos falta para conseguir a vitória.
Podemos representar metaforicamente como a passagem
da noite para o dia, quando o negrume de nosso desanimo nos empurra
para a desistência, para a escuridão, e vamos buscar na luz difusa da madrugada
raiando, as forças de que precisamos para que o sol da felicidade pelo sonho
realizado, pelo objetivo alcançado comece a brilhar novamente em nossa vida.
São essas provas a que somos submetidos, para
testar nossos limites. Se entregamos os pontos, se não tivermos ânimo para
enfrentar as adversidades, é porque realmente não reunimos méritos para receber
o sol da manhã, e deveremos mesmo permanecer na escuridão.
Vamos sempre ampliar nossos horizontes, extrapolar
nossos limites, sempre sabendo “puxar” de nosso interior aquela dose extra de
força de vontade, que é o apanágio dos vencedores, daqueles que conseguem
traçar seus objetivos, e chegar ao ponto final. Se dificuldades surgirem,
podemos atrasar um pouco, podemos recuar algumas vezes, fazendo um recuo
estratégico, para ganhar novo impulso e não esmorecer jamais.
O melhor dos objetivos é ter sempre UM
LINDO DIA .
Marcial Salaverry
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