FASCINANTE

06/02/2013

O Coração Nem Sempre Conhece a Razão

"O coração tem razões que a própria razão desconhece..."
Sábias palavras...
Mas... Quais serão essas razões?
E na verdade, nem sempre o coração conhece a razão,
assim como a razão não entende o coração...
Osculos e amplexos,
Marcial
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O coração e a razão estão semper em desacordo, e corroborando tal pensamento, recentemente ouvi uma frase muito interessante.  Creio que ninguém ainda a ouviu ou leu, mas como é cheia de sabedoria, vamos a ela:
"O coração tem razões que a própria razão desconhece..."
Não sei se alguém conhece... Falo da frase, e não da razão...
O certo é que essa frase encerra uma grande verdade, pois o coração costuma pregar peças inesperadas, criando algumas situações meio inusitadas, quando sem mais aquela resolve se apaixonar de maneira, digamos, inadequada. 
Na verdade, isso pode acontecer em diversas épocas de nossa vida.
A começar quando estamos nos bancos escolares, e resolvemos nos apaixonar por uma professora (ou professor, claro).  Fica aquela situação meio esquerda, com suspiros pra tudo quanto é lado. E quando a professora percebe que aquele moleque está apaixonado por ela, a coisa fica meio esquisita, e assim, por vezes, tenta explicar para o garoto que as coisas não são bem assim... Tenta explicar que em francês, “je t’aime” pode significar “eu gosto de você”, sem ser uma declaração de amor.
Mas não é fácil fazer um garoto cheio de idéias de jerico na cabeça entender isso. E é uma baita frustração, podem ter certeza.
Na adolescência, muitas vezes nos julgamos apaixonados. E isso segue pela vida afora. Tanto podemos viver um amor permanente, ou diversos amores ocasionais. Sempre a reação será a mesma. O coração bate mais forte, as pernas tremem, e muitas vezes as palavras não saem como queremos. E é uma delicia quando acertamos na Loteria do Amor. 
Mas, se nos apaixonamos pela pessoa errada, a tal da razão entra em atrito com o coração e tudo se complica.
O coração nunca sabe se vai haver reciprocidade no amor. Ele é meio burrinho, e se deixa dominar pelas emoções, nunca escutando a implicante da razão, que tenta mostrar que estamos entrando em fria. E se entramos de cabeça, o resultado será levar um gol no último minuto da prorrogação...
Mas também, muitas vezes a razão se engana, e acabamos por não viver um grande amor porque a ouvimos, e não demos bola para o coração.
Eis aí o grande conflito. Se corre o bicho pega, e se para, o bicho come... O que ouvir? O coração, ou a razão? É hora de tentar usar um negocinho chamado discernimento, e analisar bem a situação, nunca esquecendo que não existem parâmetros a serem seguidos, pois cada caso é um caso, e não é porque um amor não deu certo, que nunca mais nenhum outro dará.
Nas questões de amor, temos que usar o meio termo. Seguir o coração, mas com a sintonia ligada na razão, para contrabalançar os efeitos, vivendo o amor, sem contudo, se entregar às loucuras da paixão. Sabendo observar os limites que poderão nos fazer sair fora da racionalidade, nunca esquecendo que para um amor ser vivido em plenitude, é preciso que haja reciprocidade. Um amor unilateral nunca dá certo. E é justamente para entender essa diferença, que temos que ouvir a razão....
Para digerir melhor esse problema, nada melhor do que UM LINDO DIA. 


 Marcial Salaverry

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