"O coração tem razões que a própria razão
desconhece..."
Sábias palavras...
Mas... Quais serão essas razões?
E na verdade, nem sempre o
coração conhece a razão,
assim como a razão não entende o coração...
Osculos e amplexos,
Marcial
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O coração e a razão estão semper em desacordo,
e corroborando tal pensamento, recentemente ouvi uma frase muito
interessante. Creio que ninguém ainda a ouviu ou leu, mas como é cheia de
sabedoria, vamos a ela:
"O coração tem razões que a própria razão desconhece..."
Não sei se alguém conhece... Falo da frase, e não da razão...
O certo é que essa frase encerra uma grande verdade, pois o coração
costuma pregar peças inesperadas, criando algumas situações meio inusitadas,
quando sem mais aquela resolve se apaixonar de maneira, digamos, inadequada.
Na verdade, isso pode acontecer em diversas épocas de nossa vida.
A começar quando estamos nos bancos escolares, e resolvemos nos apaixonar por
uma professora (ou professor, claro). Fica aquela situação meio esquerda,
com suspiros pra tudo quanto é lado. E quando a professora percebe que aquele
moleque está apaixonado por ela, a coisa fica meio esquisita, e assim, por
vezes, tenta explicar para o garoto que as coisas não são bem assim... Tenta
explicar que em francês, “je t’aime” pode significar “eu gosto de você”, sem
ser uma declaração de amor.
Mas não é fácil fazer um garoto cheio de idéias de jerico na cabeça entender
isso. E é uma baita frustração, podem ter certeza.
Na adolescência, muitas vezes nos julgamos apaixonados. E isso segue pela vida
afora. Tanto podemos viver um amor permanente, ou diversos amores ocasionais.
Sempre a reação será a mesma. O coração bate mais forte, as pernas tremem, e
muitas vezes as palavras não saem como queremos. E é uma delicia quando
acertamos na Loteria do Amor.
Mas, se nos apaixonamos pela pessoa errada, a tal da razão entra em atrito com
o coração e tudo se complica.
O coração nunca sabe se vai haver reciprocidade no amor. Ele é meio burrinho, e
se deixa dominar pelas emoções, nunca escutando a implicante da razão, que
tenta mostrar que estamos entrando em fria. E se entramos de cabeça, o
resultado será levar um gol no último minuto da prorrogação...
Mas também, muitas vezes a razão se engana, e acabamos por não viver um grande
amor porque a ouvimos, e não demos bola para o coração.
Eis aí o grande conflito. Se corre o bicho pega, e se para, o bicho come... O
que ouvir? O coração, ou a razão? É hora de tentar usar um negocinho chamado
discernimento, e analisar bem a situação, nunca esquecendo que não existem
parâmetros a serem seguidos, pois cada caso é um caso, e não é porque um amor
não deu certo, que nunca mais nenhum outro dará.
Nas questões de amor, temos que usar o meio termo. Seguir o coração, mas com a
sintonia ligada na razão, para contrabalançar os efeitos, vivendo o amor, sem
contudo, se entregar às loucuras da paixão. Sabendo observar os limites que
poderão nos fazer sair fora da racionalidade, nunca esquecendo que para um amor
ser vivido em plenitude, é preciso que haja reciprocidade. Um amor unilateral
nunca dá certo. E é justamente para entender essa diferença, que temos que
ouvir a razão....
Para digerir melhor esse problema, nada melhor do que UM
LINDO DIA.
Marcial Salaverry
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