Mulheres submissas, ou mulheres independentes?
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra...
Mulheres que saibam respeitar, e fazer-se
respeitar.
Enfim, que sejam mulheres de fato...
Simplesmente Mulheres, que saibam
amar-se,
que saibam amar, e serem amadas...
Que parceiros saibam viver em parceria...
Ósculos e amplexos,
Marcial
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O ponto ideal para um
casal viver, é em parceria, não devendo haver submissão de nenhum dos lados,
devendo haver um entendimento tácito entre ambos, sem que nenhum dos lados
queira colocar um cabresto no outro...
“Há homens que têm
patroa. Ela sempre está em casa quando ele chega do trabalho.
O jantar é rapidamente
servido à mesa. Ela recebe um apertão na bochecha.
A patroa pode ser jovem e
bonita, mas tem uma atitude subserviente, o que lhe confere um certo ar
robusto, como se fosse uma senhora de muitos anos atrás.
Há homens que têm mulher.
Uma mulher que está em casa na hora que pode, às vezes chega antes dele, às
vezes depois.”
Este trecho foi extraído
de uma crônica escrita por Martha Medeiros, intitulado “A Mulher e a Patroa”,
onde podemos sentir a diferença do que é ser simplesmente “a patroa”, ou seja,
a esposa que está sempre pronta para servir a seu amo e senhor, como era no
passado, ou ser “a mulher”, alguém que tem sua independência, e é senhora de
tomar suas decisões, como já acontece nos dias de hoje, já que aquela
subserviência do passado é coisa do passado. Felizmente as coisas mudaram e as
mulheres já podem adotar uma postura independente, por vezes até demais.
Por vezes a mulher de hoje não gosta de ser
chamada de “patroa", e quer agir apenas como "mulher", tomando
as rédeas do lar, o que, diga-se de passagem em certos casos é a atitude a ser
tomada realmente, por problemas que surgem na vida.
A vida nos mostra que pode haver um equilíbrio
entre as funções de “patroa” e “mulher”, sem quebrar a harmonia do lar, e para
tanto, basta que haja bom senso. E esse
bom senso pode ser o responsável direto por relacionamentos duradouros, que
resistem à rotina causada pela convivência, e isso acontece quando os parceiros
entendem que a parceria é o modus vivendi ideal, e conseguem se adaptar a uma
situação de equilibrio entre deveres e obrigações dentro do lar, com ambos
fazendo o possivel para que o entendimento e a harmonia não sejam quebrados por
um orgulho tolo.
Na realidade muitos casamentos sofrem ação de
desgaste por causa das dúvidas acima, quando ambos os conjugues não sabem se
situar devidamente. Ou pelo menos um deles não sabe que caminho tomar.
Até agora apenas se falou
na parte das mulheres, que precisam saber se dividir entre as múltiplas funções
e necessidades para que são chamadas, cabendo-lhes até a responsabilidade sobre
o encaminhamento dos filhos. Será que a obrigação masculina é apenas cuidar da
parte financeira do lar? Não deverá ele dividir com sua esposa e companheira
(bem melhor do que patroa ou mulher) também essas obrigações, já que ela vem
dividindo a parte de manutenção?
Há que se falar sobre o medo dos homens em
mostrar sua própria fragilidade, escondendo-a sob a capa de um machismo
retrógrado, procurando sempre se impor dentro do lar, quando muito pelo
contrário, deveria procurar compor com sua esposa uma parceria, procurando cada
qual adaptar-se à personalidade do outro, não sendo correto falar-se em
dependência ou independência deste ou daquele, mas sim numa interligação, num
amoldamento entre ambos, compondo uma real parceria, pois é uma real
necessidade para a vida que haja um entendimento entre os parceiros, sem que se
procure saber “quem manda em casa”.
Uma sadia e inteligente divisão de tarefas
pode resolver muitos problemas. Aliás, todas as decisões importantes devem ser
tomadas de comum acordo, devendo haver um diálogo saudável e inteligente, mesmo
quando as opiniões forem divergentes, já que estão sendo tomadas decisões que
irão afetar a vida de ambos. Nada mais
justo que AMBOS decidam em conjunto.
Se a dúvida persistir, poderá ser ouvida uma
terceira opinião.
Portanto, parece-nos que o mais importante
não é saber quem manda, se é o homem ou a mulher, se cabe ao homem tais tarefas
e à mulher aquelas outras. Que de comum acordo, decidam quem faz o que, mesmo
que seja o homem ir para a cozinha e a mulher trabalhar fora. Tudo é questão de
bom senso, e procurar saber das reais aptidões.
Considerando que a finalidade principal é
manter a harmonia, o amor e o carinho, vamos começar tudo isso, tendo UM LINDO DIA.
Marcial
Salaverry
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