FASCINANTE

13/03/2014

Pela Sobrevivência Do Romantismo

Será o romantismo um artigo em extinção?
Assim sendo, vamos providenciar seu tombamento...
Osculos e amplexos,
Marcial

 É fácil perceber que o romantismo já começa a ser um artigo em extinção, e é preciso algo fazer por sua sobrevivencia, pois com certeza absoluta a durabilidade de um relacionamento está diretamente ligada ao espírito romântico dos parceiros.
É necessário que ao longo da vida, ambos saibam manter esse clima de sedução que existe quando do início de qualquer relacionamento, quando ambos procuram caprichar no visual, ambos procuram simplesmente seduzir o objeto de seu amor, e por incrível que possa parecer, uma coisa que muitas vezes determina o fim do clima romântico entre um casal, é o casamento, que na verdade é o que poderia e deveria aumentar o clima romântico entre o casal, mas muitas vezes é o responsável por seu desaparecimento. Pode parecer ilógico, mas é o que ocorre. Então perguntamos por que será que isso acontece, pois é algo que foge um pouco à compreensão.
No início, existe aquele clima de sedução, para efetuar a conquista, que uma vez efetuada, causa um relaxamento natural. Ela acha que já não precisa mais se enfeitar tanto, caprichar no visual, e por vezes esquece até aquele perfume francês que ele tanto gostava de cheirar no pescoço, e que iniciava tantos momentos de amor. Por sua vez, ele já acha que não precisa mais levar flores, nem aquele presentinho de surpresa. Pra que? Ela já está conquistada, e agora é só vai da valsa. Ainda tem o chopinho com os amigos, e não sei porque, que raiva ela tem disso, mas por seu lado ela não dispensa o bingo com as amigas. E assim, a coisa vai coisa vai ficando chata...
Aquele romance tão gostoso no motel... Agora é bobagem gastar dinheiro com isso, e até mesmo aquele jantar a luz de velas, aquela comidinha especial, nem pensar, não vale a pena perder tempo, pra que fazer um prato especial, se o arroz com feijão quebra o galho.
Mais tarde, então, começam a surgir os filhos, que por vezes representam um tremendo contratempo. "Não temos tempo nem para aquele sexo tranquilo e descontraído, pois no melhor da festa, aquela coisinha começa a chorar...".
Ele chega do trabalho, e a encontra toda descabelada, irritada com os problemas do cotidiano, e ele por sua vez, vem irritado com seu chefe, com problemas de seu serviço. E esse transito infernal então...
Existe clima para romantismo? Pode existir romantismo nessas condições? Se encararmos friamente a questão, é impossível. Mas alguma coisa está corroendo essa união, que era tão perfeita, tão linda, tão romântica.
Cadê aquele poeminha declamado no ouvido? Cadê aquele chamego enquanto rolava o filme na TV?
Contudo, desse caos sempre poderá se criar alguma coisa, sendo claro que terá que ser mútuo. Ambos deverão se lembrar de como era gostoso e aconchegante antes.
Ela está atarefada e azucrinada, mas sabendo a que horas o marido vai chegar, sempre poderá dar, quando não, uma ajeitadinha no cabelo, uma maquiagem leve, enfim, ser um pouco sedutora. Afinal, o parceiro já foi conquistado, mas a conquista precisa ser mantida. Principalmente, quando chega em casa. Qualquer um gosta de encontrar um ambiente melhor do que o do serviço, mais desanuviado, e não carregado e cheio de reclamações, que poderão ser apresentadas com um “jeitinho” especial..
Por outro lado, ele deverá deixar na porta (do lado de fora), as preocupações de serviço, os problemas do transito, aquela discussão com aquele guarda chato, enfim, todos aqueles pepinos de praxe. Ao invés de levar para dentro de casa esse pacote indigesto, por que não levar um vaso de flores, ou ramo de rosas, como fazia antigamente? Ela passou de namorada para esposa, mas ainda gosta dessas coisinhas, e sente falta. E como ajuda a clarear o ambiente...
Claro que essas atenções não devem ser unilaterais. AMBOS devem encarar a coisa dessa maneira. É muito mais difícil e complicada a manutenção da conquista, do que faze-la.
Quando um dos parceiros notar que o outro está "pisando na bola", ao invés de agredir, dizendo que antes era assim, e agora é assado, deve chamá-lo para uma boa conversa, bem calma e tranquila, sem brigas e nem agressões, apenas expondo como a coisa está, e como gostaria que fosse.
Diálogo, crianças, é a melhor arma para combater o vírus da indiferença que infecta grande parte dos casamentos de hoje. Diálogo, e respeito mútuo. Nunca me canso de repetir um velho chavão, que ainda funciona e bem: "meu direito termina onde começa o seu, e vice versa."
Essa é uma das melhores maneiras de fazer com que um relacionamento seja duradouro, e que os parceiros sejam "Eternos Namorados"...
E é preciso tão pouco... Carinho, atenção, ROMANTISMO.
E claro, tendo UM LINDO DIA...

"À luz de velas... jantar,
À luz de velas... namorar...
À luz de velas... AMAR"

Marcial Salaverry

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