O amor apresenta
diversas faces...
Poetalmente falando,
amor rima com dor...
Mas no real... é uma
rima dolorida...
Osculos e amplexos,
Marcial
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Certamente o amor apresenta diversas faces, eis que existem diversas maneiras
de se amar.
Pensa-se que o amor deveria apenas trazer
felicidade e coisas boas, mas nada é perfeito neste mundo, e assim, o amor
também tem o famoso "outro lado"...
Muitas vezes nos queixamos do amor, dizendo que não
queremos mais amar, porque o amor só nos causa dor, tristezas, aborrecimentos,
e isso, acontece quando perdemos alguém a quem amamos, mas não podemos nos
esquecer de que são coisas da vida, pois não me parece ser possível dizer a
alguém para não amar, para não sofrer, para não chorar, e que procure melhor
escolher a quem vai amar, o amor parece que tem vontade própria, e muitas vezes
nos faz gostar de alguem que não nos dá possibilidade de amar...
Isso acontece porque o coração não tem lógica, não tem juízo, apenas tem emoção, e se entrega e, embora sofrendo, continua vivendo, e sempre querendo mais. Não se cansa de amar, e sempre está em busca do amor...
Contudo, quando um amor acaba, chegamos a nos
fechar na dor, na solidão, jurando nunca mais querer "entrar noutra
fria", que nunca mais vamos amar ninguém, mas isso só dura até a ferida
cicatrizar, e aparecer um outro alguém que nos balance e, como estamos
vulneráveis, recomeçamos tudo mais uma vez, com um novo amor, mesmo sujeitos a
nova decepção, a nova dor, tendo contudo, sempre a esperança de que "desta
vez vai".
Pergunta-se o que se pode fazer, pois não parece
possivel deixar de sentir amor quando o coração vence a razão, não é possível
anular os sentimentos, calar a vida que teima em nos empurrar em direção ao
amor, pois o sangue continua a correr pelas veias, levando a esperança de que
"desta vez vai" até o coração, impulsionando-o a continuar.
A dúvida que surge, é procurar saber se será melhor
simplesmente ignorar todas essas emoções, fechando-nos numa redoma, onde
estaremos protegidos, de tudo e de todos, mas principalmente, de nossos
sentimentos. Será válido viver assim?
Não temos muito o que escolher, podendo apenas
viver apegados ao passado, isolando-nos em nosso sofrer, ou damos uma chance ao
futuro. Ou vivemos, ou deixamos de viver. Podemos viver em vida, ou morrer na
vida, pois não existe terceira opção, não sendo possivel segurar o tempo no
presente, pois a vida continua, impulsionando-nos para adiante. Ou a
acompanhamos, ou então deixamos que ela prossiga, e mergulhamos no passado.
E se o passado nos trouxe dores, melhor esquece-lo
do que vivenciá-lo. E o presente, por vezes nem sempre é bom presente, e nem
sempre vale a pena segurar. O mais indicado, é deletar o que houve, e seguir em
frente, porque atrás vem gente doidinha pra nos deixar pra trás.
Na realidade, não existe "se" na vida
prática. A coisa toda resume-se num sim, ou num não. Não podemos vacilar, pois
tempo perdido jamais será recuperado. Assim, é tratar de esquecer o que não nos
trouxe felicidade, e encarar uma nova realidade que talvez nos traga algo de
bom. E isso, só iremos descobrir se não deixarmos de viver, e ficarmos
mergulhados naquela coisa chata que aconteceu.
Não adianta nem pensar nas alternativas da vida, no
que poderia ter acontecido se tivessemos tomado outra atitude. O que passou, já
houve. Temos que cuidar do porvir que está por vir. E melhor traçar nosso
destino, com mais lógica e menos emoção, e na verdade, é essa a tênue linha que
separa o sucesso do fracasso. A maneira como escolhemos o rumo a seguir, e nos
perguntamos porque alguns conseguem e outros não.
A resposta é clara. Porque alguns são mais
corajosos se arriscam mais, porque não se prendem a erros e fracassos do
passado, e vão à luta sem medo e mesmo que sofram novos revezes, não desistem e
nem se acovardam, e prosseguem sem jamais baixar a cabeça, sem deixar-se vencer
pelo que houve.
Como diz a música, "levantam, sacodem a poeira, e dão a volta por cima", e não se entregam ao que chamam de "meu destino", pois não podemos apenas aceitar o que achamos que o destino quer, devemos sim, usar nosso livre arbítrio para fazer nosso destino. Se certo, ou se errado, mas conforme nossa vontade, nosso espírito de luta, nosso amor à vida, jamais nos entregando às tristezas e eventuais dores do passado.
Como diz a música, "levantam, sacodem a poeira, e dão a volta por cima", e não se entregam ao que chamam de "meu destino", pois não podemos apenas aceitar o que achamos que o destino quer, devemos sim, usar nosso livre arbítrio para fazer nosso destino. Se certo, ou se errado, mas conforme nossa vontade, nosso espírito de luta, nosso amor à vida, jamais nos entregando às tristezas e eventuais dores do passado.
Temos que fazer nossa parte, dando uma pequena
"mãozinha" ao destino, e pensando melhor. Claro que às vezes erramos,
mas também às vezes acertamos, pois a vida é um eterno jogo de ganhos e perdas,
onde ninguém poderá saber quem realmente ganhou ou perdeu. Apenas temos que
viver a vida apesar do que nos acontecer. Isso, claro, até a hora em que tudo
vai terminar. Essa é a segunda grande certeza da vida, pois a primeira, foi a
de que nascemos.
Contudo, aquele que viu a oportunidade de ser feliz
e deixou escapar por medo ou covardia, jamais poderá saber se iria ter sucesso
ou não, pois não tentou, mergulhado em sua dor. Quem sabe aquela pessoa que
cruzou seu caminho poderia ser o grande amor de sua vida... Mas, fechado nas
dores do
passado, não soube ve-la.
E sempre persistirá a dúvida. Será culpa do Destino, ou do destino criado por seu medo de viver?
Teria sido melhor se tivesse tentado? Se não tivesse desistido de viver enquanto vivo?
Para melhor pensar nisso, vamos ter UM LINDO DIA.
passado, não soube ve-la.
E sempre persistirá a dúvida. Será culpa do Destino, ou do destino criado por seu medo de viver?
Teria sido melhor se tivesse tentado? Se não tivesse desistido de viver enquanto vivo?
Para melhor pensar nisso, vamos ter UM LINDO DIA.
Marcial
Salaverry
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