Dificilmente conseguimos encontrar satisfação
total 
em nossa vida... Sempre existirá uma peninha
para atrapalhar... Ou uma ave 
inteira...
Sempre falta alguma coisa para que estejamos satisfeitos
com o 
que temos na vida...
Osculos e amplexos,
Marcial
SEMPRE FALTA 
ALGUMA COISA PARA COMPLETAR        
Marcial Salaverry
Esse é um 
pensamento que geralmente nos vem à cabeça, e é uma coisa muito interessante a 
ser analisada, essa eterna insatisfação do ser humano, que nunca está satisfeito 
com aquilo que tem, particularmente quando se refere ao quesito AMOR, que 
realmente, apresenta facetas curiosas.
Existem mulheres que reclamam de 
seus parceiros porque são muito românticos, e, segundo elas, vivem no mundo da 
lua. O que querem é alguém de pulso firme a seu lado, que as conduza, e que 
possa suprir todas suas necessidades materiais, relegando o romance, o namoro 
conjugal a plano secundário, contudo, outras reclamam porque seus maridos apenas 
pensam em trabalho, reuniões, esquecendo-se de dar aquele “toque romântico” ao 
seu casamento.
Na verdade, a recíproca é verdadeira. As reclamações são 
de ambos os lados. Vá se entender a incoerência do ser humano, que não consegue 
aceitar plenamente o que tem, e sempre quer algo diferente... Por que será? Em 
casos assim, algo precisa ser feito para quebrar uma rotina, quando ela começa a 
ficar perigosa.
Parece que, realmente, os opostos se atraem. Homens 
românticos gostam de mulheres práticas, e vice-versa. Será que é por isso que 
existem tantas aventuras extraconjugais? Será a eterna busca do que não temos a 
nosso lado?
Na realidade, o que falta de fato, e que deixa as pessoas tão 
insatisfeitas com tudo, é a ação que todo sentimento de amor deveria provocar. 
Todos querem ser amados como no primeiro momento, mas sempre  esquecemos como é 
que devemos agir quando amamos, pois a rotina da vida vai roubando 
inconscientemente essas ações. E sobram apenas as obrigações, que se fossem 
realmente excitantes, não se chamariam obrigações. 
Coisas prosaicas, 
como lavar uma louça, algo que ninguém ama fazer, e na verdade, fazemos por 
obrigação, assim como lavar e passar a roupa, limpar a casa, fazer comida, 
trabalhar. Claro que ninguém, faz por prazer, mas se sente na obrigação de 
faze-lo. Alguns, fazem para satisfazer um dos piores vícios do ser humano, que é 
comer.
E isso certamente pode atrapalhar o clima romântico, mas, para 
quebrar a rotina, precisamos usar da imaginação. Criar com nossa parceria aquilo 
com que sonhamos. E isso só se resolve com um bom diálogo, sem acusações sobre 
quem é o culpado pelo clima de insatisfação. Cada qual tem sua parcela de 
culpa.
Assim sendo, se a fantasia é viver um Grande Amor, vamos investir 
em ações do amor, imaginando como seria esse sonho, passando a colocar tudo em 
prática. Havendo um entendimento, a brincadeirinha funciona. Por exemplo, marcar 
um encontro em local afastado de casa, e agir como se não se conhecessem, 
iniciando uma paquera, que fatalmente terminará num quarto de motel. É uma 
quebra de rotina, e fazemos uma aventura nova e excitante com a parceria de 
sempre, de quem realmente gostamos, mas estávamos deixando a rotina quebrar o 
clima.  Depois, a volta para casa, separados, e ao se verem, não tocar no 
assunto, mantendo o clima de ter vivido uma excitante  aventura 
extraconjugal.
Dessa maneira, quebra-se a rotina, amenizando famosa 
insatisfação com a vida conjugal, que vinha trazendo problemas enormes para o 
relacionamento.  A rotina imutável e imexível sempre traz enormes desgastes para 
o relacionamento familiar, pois quando se deixa criar uma rotina massacrante, a 
coisa se complica.
Essa idéia, de “fantasiar” um romance, transformando 
os parceiros de sempre em ardentes amantes, quebra a rotina conjugal, e levando 
a vida de uma maneira diferente, pode modificar uma situação que vinha se 
tornando frustrante.
Muitas vezes, embora ainda exista amor entre os 
parceiros, a mesmice da vida pode levar a situações limite. E então, vem aquela 
vontade de viver alguma aventura, para sentir mais emoção na vida.  E porque não 
fazê-lo com o próprio conjugue?  Se ainda existe amor, é fácil reavivá-lo, com 
alguma criatividade,  usando a imaginação,  bolando situações que sugiram uma 
aventura... E por que não? E pode dar excelentes resultados reavivando emoções 
que podem dar nova vida a um relacionamento que merece ter vida 
longa...
Sente-se assim a emoção de algo novo e jamais feito antes, sem o 
perigo que as aventuras extraconjugais sempre trazem.
Temos que saber 
viver a vida... Usar o que for preciso para sentir sempre a alegria de viver.  
Temos que saber aproveitar essa coisa maravilhosa que é a vida, e que não é só 
a
preocupação com o vil metal (nem tão vil assim...mas não pode ser 
priorizado totalmente).
E como a vida depende de nós, devemos saber vive-la 
de forma a fazer de cada dia, sempre e sempre  UM LINDO DIA, não permitindo que 
uma insatisfação atrapalhe algo que pode ser lindamente 
vivido...
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