Será o romantismo
um artigo em extinção?
É preciso ser
tombado como patrimônio emocional...
Osculos e amplexos,
Marcial
*****
E para evitar essa
"tragédia", é preciso entender que devemos tomar certas atitudes
nesse sentido, pois não podemos nos esquecer de que a durabilidade de um
relacionamento está diretamente ligada ao espírito romântico dos parceiros.
É necessário que ao longo
da vida, ambos saibam manter esse clima de sedução que existe quando do início
de qualquer relacionamento, quando ambos procuram caprichar no visual,
procurando assim, seduzir o objeto de seu amor.
E, por incrível que possa
parecer, uma coisa que muitas vezes determina o fim do clima romântico entre um
casal, é o casamento. Sim, pois o que poderia e deveria aumentar o clima
romântico entre os parceiros, muitas vezes pode ser o responsável por seu
desaparecimento. Pode parecer ilógico, mas é o que ocorre. Então perguntamos
por que será que isso acontece, pois é algo que foge um pouco à compreensão.
No início existe aquele
clima de sedução que serve para efetuar a conquista, e esta, uma vez
conseguida, pode provocar um relaxamento natural. Ela acha que já não precisa
mais se enfeitar tanto, caprichar no visual, e por vezes esquece até aquele
perfume francês que ele tanto gostava de cheirar no pescoço, e que iniciava tantos
momentos de amor. Por sua vez, ele já acha que não precisa mais levar flores,
nem aquele presentinho de surpresa. Pra que? Ela já está conquistada, e agora é
só vai da valsa. Ainda tem o chopinho com os amigos, e, na verdade, que raiva
ela tem disso, mas por seu lado ela não dispensa o bingo com as amigas. E
assim, a coisa vai coisa vai ficando chata, e nem acontece mais aquele romance
tão gostoso no motel, pois ambos acham que é bobagem gastar dinheiro com isso,
e até mesmo aquele jantar a luz de velas, aquela comidinha especial, nem
pensar... Não vale a pena perder tempo. Prá que fazer um prato especial, se o
arroz com feijão quebra o galho.
Mais tarde, então,
começam a surgir os filhos, que por vezes representam um tremendo contratempo.
"Não temos tempo nem para aquele
sexo tranquilo e descontraído... No melhor da festa, aquela coisinha começa a
chorar...".
Ele chega do trabalho, e
a encontra toda descabelada, irritada com os problemas do cotidiano, e ele por
sua vez, vem irritado com seu chefe, com problemas de seu serviço, e com esse
transito infernal...
Existe clima para
romantismo? Pode existir romantismo nessas condições? Se encararmos friamente a
questão, pode se dizer que é impossível, e assim, alguma coisa está corroendo
essa união, que era tão perfeita, tão linda, tão romântica. Cadê aquele
poeminha declamado no ouvido? Cadê aquele chamego enquanto rolava o filme na
TV?
Contudo, desse caos
sempre poderá se criar alguma coisa, sendo claro, que terá que ser mútuo. Ambos
deverão se lembrar de como era gostoso e aconchegante antes.
Ela está atarefada e
azucrinada, mas sabendo a que horas o marido vai chegar, sempre poderá dar,
quando não, uma ajeitadinha no cabelo, uma maquiagem leve, enfim, ser um pouco
sedutora. Afinal, o parceiro já foi conquistado, mas a conquista precisa ser
mantida. Principalmente, quando chega em casa. Qualquer um gosta de encontrar
um ambiente melhor do que o do serviço, mais desanuviado, e não carregado e
cheio de reclamações, que poderão ser apresentadas com um “jeitinho” especial..
Por outro lado, ele
deverá deixar na porta (do lado de fora), as preocupações de serviço, os
problemas do transito, aquela discussão com aquele guarda chato, enfim, todos
aqueles pepinos de praxe. Ao invés de levar para dentro de casa esse pacote
indigesto, por que não levar um vaso de flores, ou ramo de rosas, como fazia
antigamente? Ela passou de namorada para esposa, mas ainda gosta dessas
coisinhas, e sente falta. E como isso ajuda a clarear o ambiente...
Claro que essas atenções não
devem ser unilaterais. AMBOS devem encarar a coisa dessa maneira. É muito mais
difícil e complicada a manutenção da conquista, do que faze-la.
Quando um dos parceiros
notar que o outro está "pisando na bola", ao invés de agredir,
dizendo que antes era assim, e agora é assado, deve chamá-lo para uma boa
conversa, bem calma e tranquila, sem brigas e nem agressões, apenas expondo
como a coisa está, e como gostaria que fosse.pois é preciso voltar aquele
gostoso clima de companheirismo...
Diálogo, crianças, é a
melhor arma para combater o vírus da indiferença que infecta grande parte dos
casamentos de hoje. Diálogo, e respeito mútuo. Nunca me canso de repetir um
velho chavão, que ainda funciona e bem: "meu direito termina onde começa o seu,
e vice versa."
Essa é uma das melhores
maneiras de fazer com que um relacionamento seja duradouro, e que os parceiros
sejam "Eternos Namorados"...
E é preciso tão pouco...
Carinho, atenção, ROMANTISMO.
E claro, tendo UM LINDO DIA...
"À luz de velas... jantar,
À luz de velas... namorar...
À luz de velas... AMAR..."
Marcial Salaverry
Nenhum comentário:
Postar um comentário