Notamos quão
importante é saber manter um diálogo,
quando temos alguma
pendencia para resolver...
Osculos e amplexos,
Marcial
*****
É uma verdade indesmentível, pois é algo notado ao longo de nossa vida,
que o diálogo é a parte mais importante em qualquer tipo de relacionamento,
seja amoroso, seja de amizade, seja entre pais e filhos, seja comercial, enfim,
basta que haja pessoas envolvidas, sempre será a base de tudo, para que haja
entendimento entre as partes.
Muitas vezes nos calamos diante de certas situações que nos causam
desconforto, ao invés de procurar acertar as coisas, ou ao menos tentar um
entendimento.
Certo que existem situações onde não existe possibilidade de diálogo, e,
chegando-se a essa encruzilhada, a melhor opção é mudar de rumo, e até mesmo
silenciar, para que não se degenere em discussão e em briga, pois já foram
esgotadas todas as tentativas para um eventual acerto e, chegando-se a esse
ponto, se não houver a
menor possibilidade de entendimento, é o fim do diálogo. É o fim da
harmonia e do entendimento.É o fim de tudo, enfim...
Muitas vezes, o silêncio é a melhor arma para evitar-se discussões
estéreis, ou infindáveis polemicas. Vejam a mensagem que me foi passada por
L’Inconnu:
"Pior do que uma voz que cala, é um
silêncio que fala".
Nessas ocasiões, o silêncio diz verdades irrefutáveis. Diz que não desejamos
mais falar sobre o assunto, diz que toda e qualquer possibilidade de diálogo
chegou ao fim. Diz que é um rompimento definitivo. Verdade seja dita, em certos
casos, o silêncio é um autêntico grito de alerta, dizendo um basta para
discussões estéreis. Ele nos fala tantas coisas, nos faz repensar sobre
atitudes que vínhamos tomando, e até mesmo possibilita um retorno a um diálogo
depois que as coisas esfriarem. Essa a importância do diálogo, mantê-lo até
onde for possível, e retoma-lo quando for possível novamente, e sempre vale uma
tentativa.
Nem a discussão, nem o silêncio falam de perdão, ou de nova chance, mas o diálogo retomado, abre
perspectivas para tudo. Devemos portanto, saber usar o silêncio para quebrar um
clima de discussão, e assim evitar que a situação se agrave, e para que se
possibilite uma análise da questão, verificando-se se será possível reatar-se o
elo rompido.
Há que se saber interpretar os silêncios, assim, nem sempre os
considerando como fim de tudo, mas como uma trégua a ser observada, para que os
ânimos esfriem. Devemos usa-lo quando o diálogo está tomando o perigoso rumo da
discussão, quando ambas as partes permanecem firmes em seus pontos de vista, ao
invés de procurar um meio termo compatível.
Essa pausa pode ser considerada como sendo o diálogo do
silencio. A chamada pausa para meditação.
Certamente não é fácil calar-se quando a discussão começa a ficar
acesa. E como é importante saber faze-lo, sobretudo quando alguém tenta nos
provocar, tentando polemizar certas situações, quando simplesmente, por
quaisquer razões, tentam nos “chamar para a briga”, (empregando um termo de
minha infância longínqua), devemos saber evitar essa provocação gratuita, pois
muitas vezes, perdemo-nos em questões estéreis que a nada nos vão levar,
servindo apenas em função de um temperamento polemizador. Ainda podemos tentar um diálogo, indagando o
porque dessa provocação, mas a melhor resposta que poderemos dar, ainda e sempre
será o silêncio, para que ambos os lados possam repensar e reavaliar
situações.
Dizem que “da discussão nasce a luz”, mas também grandes brigas bem
iluminadas. A luz poderá nascer de um
diálogo ponderado, em que ambas as partes possam se explicar, sem que estejam
com o espírito prevenido, mas simplesmente ambas, dispostas a falar e a ouvir.
Desse diálogo poderá surgir um acerto, ou não, mas de um jeito ou de outro,
será algo amigável, acertado civilizadamente, e uma das maneiras de sempre
resolver as coisas ponderadamente, através de um diálogo amigável e gostoso, é
tendo UM LINDO DIA. Vamos tê-lo?
Marcial Salaverry
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