Viver a vida, ou
apenas nela sobreviver?
Uma questão de
opção de vida,
e de livre
arbítrio...
Osculos e
amplexos,
Marcial
É preciso notar que existe
com toda certeza, uma diferença básica entre realmente viver, ou apenas
sobreviver, marcando nossa passagem pelo mundo, sem efetivamente vivermos essa
passagem.
Na verdade, pode-se
perguntar o que é viver bem vivida a vida, e se podemos dizer, que estamos
realmente vivendo a vida em sua plenitude. E para responder a tal
questionamento, apenas uma única resposta nos ocorre, ou seja, estamos realmente
vivendo, quando efetivamente estamos amando, pois o amor é o que realmente dá
vida à vida, e nos faz sentir o gosto de viver, e também é verdade que
não
podemos dizer que amamos, sem reconhecer a beleza que é o dom da vida, sem
agradecer a cada nascer e a cada pôr do sol, algo que por si só, constitui o
alimento para nossa alma. O trinado de um pássaro, o marulhar das ondas, o riso
alegre de uma criança, um livro aberto em páginas que expressam amor, e
destarte, são tantos e tão lindos exemplos que poderíamos dar para nos fazer
entender o quão bela e gratificante é a Vida, e nem todos são reconhecidos por
quem não consegue amar a vida em plenitude.
Não se pode ignorar
que viver implica em saber a tudo amar. Somente no amor é que se faz presente a
magia da vida. É no amor que o compartilhar floresce, que os iguais se
reconhecem. Que a vida flui em nossas veias, e faz bater nosso coração.
Quando
tememos amar, quando o medo permeia nosso interior, não vivemos. Apenas
sobrevivemos.
O medo de amar contamina
nosso dia-a-dia impondo-nos limites. E é esse medo que nos mantém distantes uns
dos outros. Temos medo de amar porque temos medo da perda. E por conta desse
medo, não nos entregamos ao sentimento maior que é o amor, vencidos pelo medo.
Precisamos nos lembrar de que a perda existe apenas dentro dos limites estreitos
que nos impomos. E por vezes, por medo de amar, deixamos de enxergar quem
efetivamente nos ama, e por vezes não somos capazes de sentir a presença de Deus
a nosso lado, mostrando-nos essas belezas todas...
Quando nos damos conta de
que viver implica na compreensão e fraternidade entre os iguais, quando nos
dispomos a reconhecer que somos unos no Amigão que nos acolhe e protege,
afastamos o medo. E somente assim poderá frutificar em terreno fértil a
felicidade que buscamos, pois nos entregamos ao amor.
Faça-se esta pergunta: "Eu
vivo ou sobrevivo?" Eu vivo, se souber reconhecer e me doar no amor que tenho
pelos meus iguais, sem medo, sem sentir vergonha de abrir a alma para o amor.
Mas apenas sobreviverei, se tiver medo de aceitar esse amor que naturalmente
poderia fluir de nossa alma.
E você? Se responder
que "vive", certamente estará vivendo UM LINDO
DIA.
Marcial Salaverry
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