Existe uma
sensível diferença entre
"fazer amor", ou
fazer com amor...
Osculos e
amplexos,Marcial
Apesar
de ser costume falar em "fazer amor", quando o desejo se liberta, nem sempre
indica ser um ato de amor. E assim sendo a coisa começa errada, pois com a
expressão “Fazer Amor”, estamos nos referindo pura e simplesmente ao ato
sexual, que pode ser uma complementação para o fato de estarmos amando, mas não
necessariamente existirá amor entre os parceiros, pois se pode fazer sexo sem
amor, como pode-se amar sem fazer sexo. Ambos, contudo, ficam incompletos. O ideal mesmo é a junção do ato físico, com o
amor que vem da alma.
O amor transcende
do ato sexual, e assim, não é apenas o mecânico vai vem do sexo, eis que
representa algo mais. Com
amor, coloca-se nesse movimento algo que vem de nosso interior. É a magia do amor, que dá muito mais vida e
encanto ao ato sexual, que se praticado
sem amor, pode ter prazer, pode ter gozo, mas não tem calor, não tem alma, é
algo feito quase que mecanicamente, guiado apenas pelo instinto animal que todos
temos dentro de nós.
É o toque, com
aquele retoque, aquele algo mais que, existindo no interior, e sendo feito com
sentimento real, faz a diferença entre a carícia, o carinho e o simples e mero
ato de pegar no corpo de quem está conosco, o mesmo apalpar grosseiro, feito com
corpo, mas sem alma sem o real sentir.
Quando
simplesmente fazemos sexo, temos o encontro, a fusão dos corpos, mas apenas dos
corpos, e não das almas. Quando existe
amor, acontece como que um encontro de energias, dando uma sensibilidade maior
ao encontro de amor. Sente-se uma
vibração muito mais gostosa quando se chega ao clímax
amoroso.
Quando existe o
envolvimento amoroso, ocorre uma entrega inteira, total, os parceiros como que
se doam mutuamente, não sendo apenas a mera participação do sexo mecanicamente
praticado. Assim, como um passa a fazer
parte do outro, completam-se nesse ato apaixonado e
apaixonante.
Fazer o sexo
simplesmente, será a mera satisfação física. O corpo pode estar satisfeito,
realizado. Mas, como ficará a alma? Certamente o espírito não obterá a
satisfação em sua plenitude, que só poderá ser obtida com uma entrega total, que
só acontece quando existe amor entre os parceiros. Tem que haver uma simbiose, advinda da
cumplicidade amorosa, e, assim, obter-se aquele prazer gostoso, total, e não o
mero prazer físico.
Sempre que fazemos
sexo pura e simplesmente, fica uma espécie de vazio interior. Obteve-se o
desafogo físico, mas apenas isso, é algo efêmero, que nem sempre desejamos
repetir, por mais prazeroso que tenha sido.
Contudo, se
fazemos o sexo com amor, fica aquela sensação gostosa, duradoura, aquele desejo
de repetir o ato quantas vezes possível for, porque a resistência física sempre
será inferior à vontade interior.
Assim é o sexo...
Assim é o amor... Assim somos nós, com nossos desejos, com nossos
amores.
E com tais
pensamentos, desejo a todos UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
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