FASCINANTE

26/11/2015

VAMOS ENTENDER CERTOS PROBLEMAS DO CORAÇÃO

Dizem que o coração tem certas razões que a propria razão desconhece,
assim como apresenta certos problemas que ele proprio desconhece...
Mas que podem ser entendidos e minimizados...
Ósculos e amplexos,
Marcial


Certamente, quando sabemos que alguém está com problemas no coração, recomendamos consultar um cardiologista. Só que muitas vezes não é esse o especialista indicado. São casos um pouco mais específicos, envolvendo sentimentos, e nesse caso, um cardiologista certamente não vai resolver...
Principalmente se for aquele tipo de "mal do coração" que não é físico. É interno, e acontece quando um coração é maltratado por um amor não correspondido, ou quando é vitimado por algum desgosto muito grande, e que podem ser doenças com um certo grau de gravidade, e que chega a afetar a chamada "vontade de viver" do paciente. São coisas que acontecem, deixando os pacientes sempre muito impacientes.
E fica a dúvida sobre quem poderia ser consultado para esse tipo de doença, lembrando que se costuma localizá-la no coração, pois é lá que muitas vezes sente-se doer. Só que ele depende de comandos do cérebro. E esse então, é muito menos conhecido do que o coração. A ciência ainda não chegou a desvendar 10% do potencial do cérebro. Daí tantas surpresas nesse sentido, que geralmente são de solução complicada, pregando peças como essa, que nos levam a situações que nos parecem autenticos "becos sem saída".
A única maneira que conheço de enfrentar, vencer e sobreviver a esse tipo de situação, vem de uma mensagem de meu velho amigo L'Inconnu, que chegou de férias, lembrando que há duas coisas certas, que são o nascimento e a morte. O que importa é desfrutar o intervalo entre esses dois eventos.
"Desfrutar o intervalo é viver o dia de hoje plenamente, feliz, despreocupado, alegre, em paz. Diante dessa constatação indiscutível, percebe-se que esse intervalo é que determina o prazo de cada um. O bom é que não sabemos qual ( ou quanto) será o nosso, e quando acontece sofrer uma grande depressão, aprende-se que é sábio viver todos os nossos dias com a consciência de que pode ser o último. Sendo assim, tudo passa a ter um valor relativo. A consciência de que tudo terá um fim, até os nossos sofrimentos deixam de ter a mesma importância. Quantas palavras não ditas, quantas atitudes postergadas, quantos sonhos poderão não ter oportunidade de se concretizar porque deixamos para depois."
Esta mensagem realmente é de uma clareza tão grande, e diz tudo que se pode ser dito. Na verdade o importante é vivermos o presente, procurando colocar ordem nos pensamentos, deixando de lado dores passadas. Se são dores, se nos provocam traumas, se deixaram mágoas, para que recordá-las? O melhor será olvidá-las, e continuar a vida dentro de um ritmo o mais normal e rotineiro possível, ajudando assim, que o tempo nos ajude a deletá-las.
Poderão argumentar que não é fácil esquecer certas passagens da vida que deixaram marcas profundas. Realmente não é. Se fosse fácil, a vida não teria graça. Temos justamente é que aprender a vencer as vicissitudes da vida, a superar as dificuldades, pois a vida continua. Temos que tornar agradável para nós o espaço de tempo entre o nascimento e a morte.
Imponderáveis são essas duas extremidades. A maneira como vivermos, vai depender de nossa vontade. Sabendo evitar vícios perigosos (e também os nem tanto), e aprendendo a comandar nossas idéias, conseguiremos desfrutar os bons momentos que a vida nos propicia.
Maus momentos, sofrimentos, amores perdidos, desgostos sofridos que fazem parte do passado, devem ser deletados, e substituídos por bons momentos que podemos ter no presente e talvez no futuro, que também não deve ser objeto de muita preocupação, pois talvez não tenhamos tempo de vivê-lo. E estaremos perdendo nosso presente.
O que não vale a pena mesmo, é atrapalharmos o momento atual devido mazelas do passado. Ainda mais se houve sofrimento, se houve dor, o que certamente é um motivo a mais para ser esquecido. Remoer sofrimentos é masoquismo. Se um amor foi perdido, é porque não o tivemos. Amores não se perdem. Se ele se foi, é porque não era Amor. Então deve ser esquecido.
Esquecer pode não ser fácil, mas é possível. Só depende de realmente queremos viver o presente, e aprendermos a governar o pedacinho do cérebro que cuida da pasta "memória". Então vamos ter um LINDO DIA, aproveitando o presente que é o presente.

Marcial Salaverry

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