Para bem entender a vida, é precisa saber bem vive-la...
Ósculos e amplexos,
Marcial
Para conseguir entender a vida, ou pelo menos tentar faze-lo,
é preciso partir do princípio que a vida é uma coisa muito interessante, e
que chega mesmo a ser uma eterna "caixinha de surpresas", e assim, estamos
sempre nos surpreendendo com coisas que acontecem, com certas atitudes de
algumas pessoas, que acabam sendo totalmente
inesperadas.
Por exemplo, é difícil
aceitar que existem pessoas dotadas de uma cultura elevada, inteligentes,
extremamente capazes, e que justamente por isso nos fazem prejulgá-las como
pessoas equilibradas, racionais, incapazes de atitudes descabidas, e nos
surpreendemos quando descobrimos que elas são capazes de certas atitudes
totalmente irracionais, e chegam a ser capazes de tomar certas atitudes que
podem ser consideradas como irracionais, que melhor ficariam em novelas ou em
filmes "C".
Considerando que a vida é
um ir e vir de alegrias, de decepções, de erros e acertos, parece lógico que
o mais importante é tentar aprender, crescer espiritualmente. Se pararmos para
pensar porque cada um de nós nasce numa determinada situação, numa família
pobre, outros em situação confortável, pergutamo-nos se Deus é injusto,
mas devemos
entender não ser assim, pois é algo que pode ser explicado pela evolução do ser
humano. Certamente podemos constatar que existem pessoas que precisam crescer,
não em conhecimento das coisas do mundo, mas no crescimento da alma, do
espírito, e assim vemos que na realidade, não adianta muito ter um mestrado,
doutorado, nem tampouco ter fama, dinheiro, que pode comprar coisas materiais,
mas não melhora em nada o sentimento da alma, algo que o dinheiro não
compra.
É preciso entender
que nossas origens, o porque nascemos de uma maneira ou de outra, é algo
totalmente inexplicável, mas o que vem depois, o crescimento espiritual ou não
das pessoas, o tipo de vida que vão levar, o que vão fazer em sua caminhada, é
algo que depende mesmo do chamado "livre arbítrio". Cada qual é, ou deveria ser
responsável pelo que faz.
E assim, se vai estudar ou não, se vai ser uma
pessoa de bem, ou se vai ser um drogado, se vai procurar pautar suas atitudes
procurando observar as leis naturais da vida, ou se seguir por um rumo
totalmente oposto, são coisas que independem da vontade divina, estão mais
vinculadas à vontade das pessoas que decidem a maneira pela qual vão
viver.
Normalmente sempre
qualificamos as pessoas segundo elas aparentam, e assim, vemos que existem
pessoas que cresceram materialmente, amealhando recursos ou instrução, mas que
não conseguiram desenvolver seu espírito, ao mesmo nível de seus conhecimentos,
e essas, são pessoas que se recusam a enxergar adiante de seu umbigo. São
pessoas que, quando enfiam uma coisa na cabeça, acham que aquilo tem que ser da
maneira como querem que seja, e ponto final. Contudo, se contrariadas em sua
vontade, tomam certas atitudes atrabiliárias, causando mal estar entre pessoas
que lhe haviam oferecido amizade e consideração, mas como ousaram contrariá-lo
em algum capricho, ei-los furiosos, fazendo cobranças, exigindo atendimento a
seus desejos, sem respeitar direito e vontade alheios.
São pessoas incomodativas e
frustradas, que não sabem entender quando não são desejadas. Passaram por cima
da vontade alheia. Apenas lhes interessa ver seu ego satisfeito. E exercem
pressões incomodas, e procuram fazer baixas chantagens emocionais, e tomam
atitudes que beiram o ridículo, mesmo levando em conta serem pessoas de elevado
grau de instrução, ocupando uma situação que não fazia supor tais atitudes, e
isso ocorre mesmo, uma vez que houve o crescimento material, e não houve o
crescimento espiritual, e é justamente o crescimento espiritual, que nos faz
entender a vida, como deve ser vivida. Faz-nos entender que quando as coisas não
correm como queremos, devem ser aceitas. Faz-nos entender que todos tem direito
às suas opções de vida. Faz-nos entender que nada deve ser conquistado pela
força.
Faz-nos entender, enfim, que sempre nosso direito termina onde o
começa o do outro, e atingindo esse grau de compreensão, melhoramos como
pessoas, e chegamos a um melhor nível de compreensão da vida. Quanto melhor
entendermos os outros, mais seremos entendidos. Quanto mais respeitarmos os
outros, mais seremos respeitados.
Assim é a vida. É fácil de
ser vivida. Basta que saibamos vivê-la. Basta aceitarmos os direitos que todos
têm à vida, e nossos direitos também, serão respeitados.
Assim, respeitando
os direitos de todos, desejo UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
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