Nada é eterno na vida, por mais terno que possa ser, e assim sendo,
sempre devemos estar prontos para eventuais perdas que possamos
sofrer ao longo da vida.
Ósculos e amplexos,
Marcial
São coisas da vida que nem sempre
gostamos de aceitar, mas é uma verdade iniludível, e é algo que
precisamos entender é o fato de que a vida sempre nos reserva muitas
surpresas. Algumas boas, outras nem
tanto, e algumas outras que por vezes nos levam ao desespero, e precisamos saber
aceitar tanto as vitórias como as derrotas.
Ambas inevitáveis, fazem parte da vida.
As boas surpresas sempre são gostosas
de viver, e de ser lembradas depois.
Quem não gosta de reviver momentos agradáveis já vividos? Muitas vezes,
certos episódios nos parecem ainda mais prazerosos quando nos lembramos depois,
revivendo o que tanto curtimos, do que naquele instante que está sendo
vivido.
Quando nos entregamos à meditação,
fazemos verdadeiras viagens ao passado, e com toda certeza, relembrar episódios
gostosamente vividos, é algo bom demais.
É
exatamente essa capacidade de recordar fatos agradáveis e sentir prazer
com as lembranças, que pode nos ajudar e muito, a superar certas perdas que
sofremos ao longo de nossa vida.
Vejam esta citação de Gibran Khalil
Gibran, que me veio às mãos:
"Quando a voz de um
amigo se cala, nosso coração continua a ouvir o seu coração, porque na amizade,
todos os desejos, ideais, esperanças, nascem e são partilhados sem palavras,
numa alegria silenciosa.
Quando nos separamos
de um amigo, não devemos nos desesperar, pois o que nós amamos nele pode
tornar-se mais claro na sua ausência, porque a amizade é o amadurecimento e que
o melhor de nós seja para o nosso amigo."
Indiscutivelmente uma
perda de alguém que nos é caro sempre será dolorosa. Na maioria das vezes, é-nos difícil aceitar o
porque dessa perda. É-nos difícil
administrar o sofrimento.
Mas, se nos deixarmos levar pelo
desespero, pela tristeza, apenas lamentando quem se foi, vai ser muito
complicado aceitar a situação. Seja qual
for o motivo dessa perda. Por
falecimento, ou por abandono, ou mesmo por um rompimento de
relações.
Essa é pergunta que jamais quer
calar... Por que ficar lamentando o fato, lembrando da tristeza que isso nos
provoca? A melhor maneira de se
administrar essa situação, será aferrar-se ao que de bom foi vivido junto com
esse alguém, e assim, as boas lembranças é que devem ser chamadas. Devemos procurar pensar apenas nas alegrias
desfrutadas em sua companhia. Em como
tivemos bons momentos, num passeio, numa festa, naquela convivência gostosa,
naquela tarde de amor, naquela viagem, naquele final de semana tão especial,
naquela churrascada, naquele porre tomado.
Enfim, em tudo que de bom houve nessa convivência.
Não tenham duvidas de que é a melhor
maneira de superar traumas que sofremos quando ocorrem essas perdas, e dessa
maneira, sempre
que pintar aquela dorzinha provocada pela saudade de alguém que queríamos a
nosso lado, não lamente a presença ausente, mas lembre-se da ausência
presente. Essas recordações agradáveis,
poderão fazer com que a saudade seja amenizada, e a dor seja menos doída. Poderá ser esse o seu “doril”, que fará a dor
sumir. Experimentem. Sei que dará certo,
pois sempre faço assim, e sempre deu certo...
É o que ocorre muitas vezes com as
amizades internetárias. Forma-se um
vínculo de amizade com alguém, e de repente esse alguém “desaparece”, sem que
saibamos o que pode ter ocorrido. E muitas vezes ficamos mesmo sem saber.
Simplesmente pessoas somem na Internet, sem que saibamos porque. Lamentar a perda de uma amizade que parecia
ser tão firme, não irá no-la trazer de
volta. Então, simplesmente poderemos,
seja por uma poesia, seja por um e-mail guardado, recordar aqueles papinhos
agradáveis, e esquecer uma eventual saudade de alguém que “sumiu”, sabe-se lá
porque. Talvez porque encontrou novos interesses. Talvez por problemas de
conexão. Talvez por problemas financeiros que não lhe permitiram continuar
internetando. Talvez por estar vivendo
intensamente um amor real, e não lhe sobre mais tempo para as amizades
virtuais. Talvez por ter sonhado com
algo que não deu certo, e então preferiu cortar a amizade. Os “talvezes” sempre serão muitos. Pode até
mesmo ter acontecido um chamado divino.
O bom mesmo seria que, quando por seja
qual for razão, não desejarmos manter alguém em nosso círculo emaillatorio, pelo
menos dar um “ciao bello”, foi bom enquanto durou, mas fim de papo, para que não
reste qualquer dúvida a respeito do que pode ter acontecido, explicando uma
súbita ausência.
E assim sendo, tenhamos
todos UM LINDO DIA, sempre com pensamentos plenos de
LUZ, PAZ, AMIZADE E AMOR...
Marcial Salaverry
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