Será realmente
possível amar alguém virtualmente?
Até que ponto um
amor virtual pode ser real?
São perguntas
que não querem calar...
Osculos e
amplexos,
Marcial
O chamado "Amor Virtual", é algo novo,
mas na prática, sempre existiu o amor que era curtido à distancia, quando
pessoas se "conheciam" através de cartas ou telefonemas, mas eram casos
esporádicos, e assim, até algum tempo atrás, para alguém sentir atração por
outra pessoa, tinha que haver o contato físico. As pessoas precisavam se
conhecer, se ver, se tocar, para sentir que se gostavam. E nem sempre assim
conseguíamos chegar a conclusões definitivas, pois sempre faltava alguma coisa,
para que fosse possível ter certeza dos reais sentimentos. Faltava "escutar" o
que a alma queria dizer...
Falando na paquera
telefônica, que era meio ativa, mas apenas servia como uma ponte para que
houvesse o conhecimento. Conversas telefônicas, mesmo aqueles longos bate-papo
que mantínhamos em nosso tempo, só serviam de preâmbulo para o conhecimento
definitivo. Eram só conversas superficiais. E ainda tinha outro problema. Só
serviam para namoros locais, pois quando era longa a distância, era muito caro.
Então era normal que se procurasse logo o conhecimento físico, para ver "se a
coisa batia bem".
De repente, não mais que
repente, surgiu a Internet, trazendo possibilidades mil para os corações
solitários, e também para outros nem tanto. A facilidade de comunicação, e o
custo relativamente baixo, possibilita longas conversas emaillisticas. Isso sem
falar nos famosos chat's e icq's, que substituem a archaica conversa
telephonica de meus velhos tempos. Quanta saudade, (não do telephone, mas dos
velhos tempos...).
O interessante é que
através da Internet as pessoas se comunicam com muito mais liberdade do que
pessoalmente. Com essa comunicação, podemos conhecer as idéias, a maneira de
pensar de muitas pessoas. Através da telinha, fazem-se mais confidências,
pois as pessoas abrem o coração, principalmente quando sentem que o interlocutor
merece confiança, que é uma pessoa que as"escuta" com atenção e que jamais fará
pouco de seus sentimentos.
Afinidades são
descobertas, as pessoas sentem um sentimento muito especial, chamado
Amizade. Esse é o lado bom da coisa, possibilita a descoberta de
muitas pessoas que podemos chamar de amigos, pelo menos virtualmente. E a
amizade independe de uma atração física. Há que se sentir a "afinidade
anímica", que realmente é muito importante para que a amizade se
desenvolva.
Por vezes o sentimento de
amizade pode tomar outros rumos, quando achamos que a pessoa com quem dialogamos
durante algum tempo começa a ser especial, e pode surgir até mesmo uma espécie
de atração, pois foram trocadas tantas confidências, longos papos foram batidos, e fica a
pergunta... Será que esse sentimento pode ser chamado de amor? Será que podemos
amar uma pessoa que só conhecemos virtualmente?
Acho que, de verdade,
sentimos sim, uma amizade mais forte, que nosso interlocutor(a) é uma pessoa
especial, que merece todo nosso carinho. Esse sentimento forte muitas vezes é
confundido com amor, e na verdade, não deixa de ser amor, mas é um amor,
digamos, etéreo, sonhador. É um sentimento muito gostoso, porque não existe o
contato físico. Não tem como haver algum sentimento de rejeição, pois o papo
"internético" é gostoso, de bom nível.
Não nos assalta aquela
dúvida: Será que ele(a) vai gostar de mim? Tanto é que muitas vezes os romances
se esvaem ante o contato físico, contudo, ocorre muitas vezes que o conhecimento físico até reafirma a empatia
virtual, quando surge o que pode mesmo ser chamado de amor. Um amor feito da
realidade do conhecimento virtual.
Muitas vezes, o contato
físico é protelado, justamente pelo temor de uma possível rejeição física.
Acontece que a "impressão virtual", geralmente faz com que as pessoas que sempre
sentiram uma grande afinidade virtual, acabem transportando esse gostoso
sentimento, seja de amizade, seja de amor, para o conhecimento físico. Nesses
casos, um amor virtual pode se transformar num amor real. Se será ou não vivido
com a intensidade esperada, depende de uma série de circunstâncias. Quais? Bem,
isso é algo que só o futuro dirá, ainda mais se considerarmos que cada caso é um
caso, e não há uma regra geral sobre este tema...
Nessa expectativa, desejo
que todos tenham UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
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