(imagem google)
Esta parabenização realmente
se torna necessária, pois é algo que precisa ser reconhecido e
relembrado...
Sempre existe um "algo a
mais" para ser dito...
Osculos e
amplexos,
Marcial
*<*>*<*>*
Relembrando o fato, vamos falar que, considerando que nossas
heroínas começaram a luta, logicamente resolveram ir até o fim, malgrado a
oposição encontrada, quase generalizada, inclusive mesmo de mulheres,
que não concordavam com aquela tentativa para
mudar aquele estado
de coisas, e assim, pais,
maridos ou namorados criticavam toda e qualquer tentativa de conseguir alguma
coisa, e assim, eram boicotadas nas Faculdades ditas de "coisas de homem", como
Engenharia, Direito, Medicina. Sempre eram direcionadas para Economia Doméstica,
Belas Artes, Magistério, Música... Enfim,"coisas de
mulher".
Apesar dos boicotes, contra tudo e contra todos, foram à luta. E foram conquistando seus espaços. Mas tinham que matar aquele leão diário.
Para conquistar seu lugar no mercado de trabalho,
tinham que mostrar muita competência, e por isso, muitas
desistiram, mas a semente da revolta estava germinada.
E
então, começaram a "briga" doméstica, tentando conseguir melhores condições
dentro de seus lares, eis que devido
ao acúmulo de funções, sentiam a necessidade de contratar empregadas. Os salários que ganhavam cobriam bem as
despesas extras que vinham surgindo.
Certamente muitas tiveram êxito, pois contaram com a compreensão de seus
companheiros que, tendo uma visão mais aberta do que a maioria, começaram a
dividir responsabilidades, abrindo diálogo amistoso e aceitando que as esposas
também poderiam ter competência para cuidar de muitas coisas que a maioria dos
homens queria manter intocáveis.
E essas
mulheres, em sua maioria, mostraram que realmente "tinham algo a dizer".
Começaram a mostrar no mercado de trabalho, que poderiam disputar postos com
igual competência e eficiência do que os homens, e que as restrições absurdas
não tinham porque continuar. Mas nem
todas tiveram a mesma sorte. Uma grande
maioria continuava completamente castrada em seus direitos mais
comezinhos.
Por
incrível que possa parecer, conheci diversos casos, em que os maridos sequer
permitiam que as esposas assinassem cheques.
Que dirigissem carro, então, nem pensar.
Prevalecia a famosa expressão que muitos enchiam o peito para dizer: "Mulher minha é para cuidar de casa".
Essa expressão, "Mulher Minha", nunca consegui
digerir.
A
situação era tão esdrúxula que, por incrível que possa parecer, na década de 60,
uma mulher casada somente poderia viajar de uma cidade para outra, com
autorização escrita do marido. Juro que
é verdade.
Claro
que essas divergências domésticas começaram a trazer consequencias, pois as
mulheres queriam porque queriam fazer
valer os direitos conquistados. Começaram a chegar à conclusão de que a máxima
que sempre gerira suas vidas, o famoso: "Ruim com ele, pior sem ele", não
expressava a realidade.
Se elas
estavam conseguindo trabalhar fora, começavam a ser bem sucedidas em seus
empregos, por que deveriam continuar sendo subjugadas em seus lares?
Tendo
provado sua capacidade, mostrando ter condições de sobrevivência, muitas
muniram-se de coragem, e puseram fim a casamentos castradores, querendo mostrar
que realmente tinham condições de viver por sua conta e
risco.
Só que
começaram a enfrentar outro problema sério, o da discriminação que começou a ser
feito, na época, à "mulher separada". Era discriminada por suas amigas ainda
casadas, que temiam por seus maridos. Os
homens, por sua vez, julgavam-nas "disponíveis" . Por ser "mulher sozinha" toparia sempre
qualquer parada. Pelo menos essa era a
idéia...
Realmente, a coisa ficou um pouco mais complicada, ainda mais que muitas
vezes, eram perseguidas pelos "ex", que se achavam no incrível direito de vigiar
seus passos para ver se não "prevaricava".
Só mais
recentemente esta situação começou a se
modificar, com as mulheres separadas e sozinhas, sendo encaradas como "pessoas
normais", e não como "Mulheres a beira de um ataque de nervos", desesperadas
para conseguir alguma companhia masculina.
Claro
que, como qualquer pessoa normal, gostam e procuram companhia, mas, devido à
experiência adquirida em vivências anteriores, tornam-se naturalmente seletivas,
não desejando estar com alguém só para fugir da solidão, mas sim por acreditar
que aquela companhia lhe poderá ser agradável, seja por um momento na vida, seja
por toda a vida, mas que seja uma companhia
agradável...
Podendo
assim, ter seu LINDO DIA...
Marcial Salaverry
Nenhum comentário:
Postar um comentário