Uma
real parceria é aquela onde existe
sintonia, e uma perfeita afinidade entre
ambos.
Osculos e amplexos
Certamente existem diversos tipos de
parcerias, e para que uma união possa ser considerada como sendo uma real
parceria, será fundamental que haja uma sintonia entre ambos, devendo haver uma
afinidade quase total, uma comunhão de idéias e ideais. Isso ocorrendo, existe
uma grande possibilidade de tudo dar certo, e a parceria ter uma grande e
gostosa durabilidade.
Falar-se em afinidade total, obviamente
será utópico, pois uma comunhão total de pensamentos é algo impossível, eis que
são duas pessoas, com maneiras diferentes de ver a vida, e com alguma vivência,
mas se a afinidade total é impossível, devem existir ajustes, para que o
entendimento não seja prejudicado, devendo haver respeito e boa vontade de parte
a parte, para que os acertos sejam possiveis.
Quando se fala em ajustes, é necessário
entender que as cessões e prerrogativas sejam mútuas, e assim, ambos precisam
ceder em algo, para que as engrenagens se encaixem bem, caso contrário, as áreas
de atrito poderão atrapalhar tudo.
E nessa "cessão de direitos", deve haver
reciprocidade, para que se possa encontrar a tão sonhada felicidade, e
essa expressão “deve
haver", encerra uma suposição de algo desejável, mas que ainda é uma mera
suposição muito otimista, e assim, as mudanças eventuais são desejáveis,
imprescindíveis mesmo, e não consegui-las, poderá comprometer uma reciprocidade
que esteve intacta por muito tempo.
A propósito,
encontrei uma citação de César Romão que fala bem sobre o assunto:
"A
felicidade não é algo que se conquista:
é algo que acontece em nossa vida como prêmio pela maneira com que vivemos"
Tudo na vida é passível de mudança. Sempre é
possível mudar uma situação, uma atitude. Se realmente desejarmos, poderemos
mudar nossa maneira de viver, adaptando-a a uma realidade mais condizente com a
necessidade para nosso bem viver.
Não poderemos esquecer que a vida é uma eterna
dinâmica, e será justamente nossa intenção de acompanhar essas mudanças, que
poderá determinar o nosso destino.
Se não houver tolerância, ou paciência, não só
de um dos lados, mas de ambos, poderemos dar adeus à união, e para que isso não
aconteça, deve haver respeito de parte a parte, e é
importante que se saiba sentir o amor dentro do peito. É importante que se saiba
reconhecer a importância do entendimento para que a união
frutifique.
Deve-se saber buscar harmonia em todos os
aspectos, já que, para que exista a felicidade, é imperioso que a parceria aja
dentro de um respeito total e completo, e que haja esse respeito, mas
algo que muitas vezes impede essa harmonia
conjugal, é a necessidade de reafirmação da decantada supremacia masculina, que
cada vez mais é desmentida pelos fatos. Nessa teoria distorcida, a mulher deve
ser submissa. Algo que jamais poderá haver é esse tipo de relação baseada no
binômio supremacia/submissão. Mais cedo ou mais tarde o lado que foi lesado em
sua personalidade, rebelar-se-á, com certeza, e as coisas fatalmente irão se
complicar.
Há que eventualmente saber perdoar, quando é
forte o sentido de amar, mas não se pode fechar os olhos, simplesmente, e a tudo
perdoar totalmente, por mais que se diga que o perdão faz bem a quem perdoa,
fato que parece inquestionável. Claro que aquele que errou, e se sente perdoado,
sentirá uma sensação de alivio indizível, mas precisará revisar seus erros, para
evita-los no futuro.
Para que haja a reconciliação, o perdão deve
ser merecido, e isso claro, vai depender da análise que se faça da extensão do
erro cometido. Seu merecimento é algo subjetivo mesmo, varia de pessoa para
pessoa, dependendo do discernimento da alma, e será esta justamente a chance
para se reestruturar uma relação que chegou a parecer
condenada.
O amor que os uniu, e os mantém unidos apesar
dos contratempos, está claro que sempre existiu no coração, e o grande segredo
será saber fazer com ele, uma eterna renovação.
É importante caminhar sempre lado a lado,
como um par de namorados, de mãos dadas.
É importante o equilíbrio, sem ninguém mandar,
nem obedecer, para que se possa merecer o carinho e o respeito, imprescindíveis
para o bom andamento da relação.
Ninguém manda, mas ambos procuram satisfazer
os desejos da parceria, obedecendo ao bom senso, sem que haja comando, naquela
busca de adivinhar sonhos e desejos para os satisfazer, e esse, sem duvida, será o alicerce para uma boa
união.
E outro fator importante, será
viver a cada dia, UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
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