Devemos entender que se quisermos que nossos direitos sejam
respeitados, precisamos saber respeitar o direito alheio, principalmente no que diz respeito ao livre
arbítrio sobre como viver a vida...
Ósculos e amplexos,
Marcial
Entendendo ser preciso respeitar o
direito à vida, respeitar o livre arbítrio alheio, lembro que um dos comentários
mais frequentes que escuto, principalmente quando se fala em diálogos de pais e
filhos, é a famosa frase: Não faça
isso. Eu sei o que é o melhor para você.
Faça desta maneira...
Tal
assertiva é um grande erro, pois não se deve determinar o caminho a ser seguido,
pode-se, quando muito, indicar qual poderia ser o melhor caminho a ser
seguido. Isso se a pessoa desejar
receber informações. Deve-se dar a
chance de errar, e a propósito gostaria de comentar algo
lido na Internet que
diz:
"Quem
procura interferir no destino dos outros, nunca descobrirá o
seu..."
Isto
vem muito a calhar para algumas pessoas que conheço, que se preocupam por
demais em procurar "o que é bom para você", ou seja, só querem
atender às necessidades dos outros, cuidam mais da vida de
parentes, sejam filhos, irmãos, sobrinhos, amigos, do que da própria, e agindo
assim,
na maioria das vezes atrapalham a existência das "vítimas" desses cuidados
excessivos, e não conseguem viver a própria
vida.
Não quero dizer que SÓ devemos nos
preocupar conosco, uma vez que isso já seria uma espécie de egoísmo,
se fecharmos os olhos para os problemas alheios, mas o que não convém acontecer,
é permitir que a vida de terceiros se sobreponha à nossa. Temos que nos manter
sempre em condições de poder socorrer a quem necessite de uma real ajuda. E só poderemos fazê-lo, se estivermos bem
conosco.
Por uma questão de solidariedade,
de humanidade, devemos estar atentos ao que se passa à nossa volta, e destarte,
devemos atender às necessidades de outrem, quando nos for possível faze-lo. Se sacrificarmos nossa existência em
benefício de outros, não só deixaremos de viver, como impediremos que outros
aprendam a viver.
O segredo da diferença está no
meio termo, no equilíbrio de atitudes.
No emprego correto da famosa frase "é melhor ensinar a pescar, do que já dar o
peixe" .
Muita
gente talvez discorde dessa maneira de encarar a vida, por achar que
sempre devem dar tudo de si para facilitar a vida dos filhos
(por exemplo), mas assim pensando, quando for embora, como
vai ficar a vida deles? Estão
acostumados a comer o peixe, mas não sabem pescar... Além do
mais, existe uma grande verdade: antes de distribuir amor aos outros, aprenda a
amar-se.
Se você conseguir SE amar, poderá saber discernir se
o que você espalha é realmente amor, ou apenas facilidades,
mimos, e assim, tentando evitar que os outros sofram, terminam por esquecer de
que é no
sofrimento, na dor, que realmente aprendemos a dar valor aos
bons momentos. Se nos for tirado o
direito de errar, de sofrer, de sentir dor, como é que vamos saber que esses
sentimentos existem? Como
poderemos aprender a evitá-los? Isso só a vida ensina. E é
algo que deve ser permitido a todos, ou seja, aprender a viver às próprias
custas.
Só para terminar. Quando tiverem que lidar com alguém de quem
não gostam, aí vai uma pequena sugestão: Antes de qualquer atitude de rejeição,
pensem "o que eu faria se gostasse dele?".
Sabem que funciona... Muitas vezes, por uma antipatia pessoal (às vezes
inexplicável), deixamos de socorrer alguém que está no sufoco.
Existem certas horas em que
desavenças pessoais devem ser esquecidas.
Em certos momentos não existem amigos ou inimigos. Imaginem-se na situação inversa, e analisem
que atitude gostariam de
receber.
Bem crianças,
deixando-os nessa dúvida cruel, recomendo que procurem fazer de cada dia, sempre
UM LINDO DIA, e que aprendam a viver, e deixar viver.
Marcial Salaverrry
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