Todos já passamos por
isso, por alguma crise na vida, com vontade de desistir da vida, esquecendo de
que a vida é um bem muito precioso...
Portanto, nada
justifica desistir de viver, enquanto vivos estivermos.
Osculos e
amplexos,
Marcial
******
Algo de que
ninguém pode duvidar, é de que a vida é o bem mais precioso que temos... Na
verdade, a vida sempre é algo agradável de ser vivida, mas certamente, isso
depende de nossa vontade, pois, por paradoxal que possa parecer, muita gente
desiste de viver, ainda em vida.
Como isso pode ser
possível? Simplesmente ocupando um lugar no mundo, mas sem justificar o
porque. São pessoas que não conseguem
ter um objetivo, não querem sequer ter algo porque lutar na vida, e
sem dúvida, quando falta esse
gás, a coisa começa a complicar. Quando a apatia toma conta de nossa existência,
a vida perde a graça, e sequer conseguimos ver graça no amor.
Com toda a certeza, é
importante termos algo porque lutar, pois quando deixamos que aquela chama que
estava acesa se apague, as consequencias não serão nada
interessantes.
Recebi uma citação de
Norman Cuisins, muito interessante, e que merece uma análise profunda, e uma
reflexão especial. Acompanhem seu raciocínio:
"...A morte
não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro
de nós enquanto vivemos..."
Existem
diversos fatores que podem ocasionar um certo desinteresse pela vida.
Por exemplo, ao perdermos
um grande amor, seja por qual razão for.
Geralmente bate aquela sensação de agonia, uma frustração enorme, e
questionamo-nos sobre o porque de continuar vivendo, se perdemos esse alguém que
era o que nos motivava para lutar pela vida.
Acontece que a primeira das
razões que pode nos dar a motivação para não desistir de nada, é que ainda
estamos vivos, e se estamos vivos, precisamos continuar vivendo, e se precisamos
viver, com certeza precisaremos de todo o alento necessário,
sendo imprescindível saber superar a crise, buscando as forças que temos na
alma, pois é lá, bem dentro de nós. que se encontram as forças de que
necessitamos, apenas precisamos nos convencer de que a vida continua, e que de
uma maneira ou de outra temos que fazer parte da máquina da vida, por mais forte
que seja nossa vontade de mandar o mundo parar e descer dele.
Seja qual for o
motivo da perda, o que nos pode dar alento, é sempre recordar dos bons momentos
vividos. Isso sempre ajuda a superar
tristezas. Se os antigos projetos
perderam totalmente o sentido, por serem projetos conjuntos, vamos buscar novas
idéias, traçar novos planos. Sempre
poderemos encontrar outro alguém para suprir a falta de companhia. Poderá não
ser a mesma coisa, e não o será mesmo.
Não existe uma substituição.
Existe uma nova presença, que poderá mesmo ser melhor do que aquela que
perdemos. Tudo depende da maneira como
as coisas forem encaradas, pois será contraproducente nos entregarmos às lembranças, recusando-nos
a novas tentativas.
A vida continua, e
parando, perderemos o bonde da história, ficando para trás, e sempre mais
dificil ainda, será recuperar o terreno perdido, pois o tempo de vida perdido,
não se recupera jamais.
É importante a eterna busca
de algo ou de alguém. Contudo, se nos
for impossível suprir aquela ausência por não encontrar ninguém que nos
complete, ou que mereça fazer parte de nossa vida, poderemos viver solitários,
mas sem nos entregar ao desalento.
Poderemos, e deveremos fazer projetos, traçar planos, viajar, fazer algo
para continuar vivendo, e dando-nos uma chance de refazer a vida, seja como
for.
O importante é
não nos entregarmos à impotência perante algum golpe do destino.
Muitas vezes sofremos
acidentes, ou doenças, que nos causam alguma limitação. Alguns se entregam a uma depressão total e
completa, jogando a toalha, e desistindo de tudo, passando a viver com pena de
si próprio, e achando que todos apenas sentem piedade. É um terreno muito perigoso esse, que pode
levar a sérios problemas depressivos, e é nesses momentos que precisamos nos conscientizar de que, se ainda
estamos lamentando, é porque estamos vivos.
Por pior que tenha sido a coisa, precisamos colaborar com o destino que
determinou nossa sobrevivência, e procurar uma maneira de encaixar essa nova
situação com a vida, e buscar novos caminhos que nos permitam superar essa
situação.
O que não podemos, é morrer
em vida. Morrer, apenas quando a vida
nos for levada em definitivo. Mesmo
assim, ainda pode ser tentado um novo acordo com o Amigão. Quem sabe?
Enquanto vivos
estivermos, deveremos viver, sempre procurando fazer de cada dia, UM LINDO
DIA
Marcial Salaverry
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