Sete de Setembro sempre "chama" o patriotismo, e os
brasileiros de modo geral comemoram a data em que se celebra a proclamação da
Independência do Brasil. Mas os que menos tem motivos para comemorar, são os que
realmente podem ser chamados de autênticos brasileiros, embora todos os que
foram nascidos no Brasil, são chamados de "brasileiro". Mas, como é esse ser,
que pode se dizer, é o verdadeiro “Ser Brasileiro”.
Assim, para definir na
realidade o que é ser brasileiro, temos que voltar às nossas origens, lembrar de
nossa História, de como os primeiros europeus aqui chegaram, e encontraram os
autênticos “donos da terra” (agora ex-donos...), ou seja, os
indígenas.
Há que se reconhecer que na verdade, o
autêntico brasileiro, que pode ser assim considerado, por não ter sangue estrangeiro, é o índio
puro, o silvícola, que sempre aqui
viveu.
O branco, quando aqui chegou, trouxe novos
usos e costumes, e logo tudo e todos se misturaram.
Portugueses, franceses, espanhóis e
holandeses, e mais quantos navegantes aqui chegassem, deram início à grande
miscigenação.
Alguns vieram pacificamente, apenas
pensando em trabalhar, e acabaram até constituindo famílias locais com as
indígenas, começando o cruzamento de raças que iria formar o que se pode chamar
de Brasileiro.
Outros vieram violentamente, apenas
pensando em arrancar os benefícios que a nossa terra lhes poderia proporcionar,
mas também acabaram deixando sementes aqui plantadas.
Depois vieram os africanos. Estes vieram
forçados. Foram arrancados de seu torrão natal, e cruelmente escravizados. E com as escravas
africanas os senhores feudais aumentavam mais ainda a mistura de nossa raça. Há
que se dizer que as senhoras feudais também colaboravam para o crescimento da
população inter racial, praticando o que pode ser chamado de autentica
Democracia Sexual, sem conceitos ou preconceitos.
Todos os que aqui chegaram, também foram adotados, pois a terra
brasileira tem um grande coração. Não tem preconceito de cor, raça ou
religião. Aceitou como
sendo brasileiros, os produtos dessa miscigenação, tais como mamelucos, cafuzos,
mulatos e mais quantos surgissem.
E depois, com o fim da escravidão, começou
a grande imigração, completando o grande caldeirão, que seguiu cozinhando a
grande sopa em que se transformou esta Nação.
E vieram alemães, poloneses, Italianos,
asiáticos, árabes, gente do mundo inteiro.
Todos que aqui foram chegando e ao País se
integrando, foram ficando, e solidamente suas raízes fincando, formaram
famílias. E apesar de alguns problemas trazidos de seus países de origem,
acabaram aderindo à “Democracia do Amor”, e as diversas colônias acabaram
fundindo-se umas às outras. Continuam mantendo o respeito às origens, adaptando
seus usos e costumes à realidade brasileira, que faz com que todos vivam em
comunhão de idéias e ideais, terminando por formar uma raça sui-generis, pois
não existe um biotipo para definir o “Brasileiro”. Pode ser branco, negro,
moreno, loiro, pardo, amarelo, mulato, enfim, pense em uma cor de pele, uma cor
de cabelos, uma cor de olhos, e teremos um brasileiro.
E daqui a pouco, teremos que pensar em
ET’s, pois se vierem, certamente fincarão raízes, pois quem aqui chega, não
consegue regressar, e quem daqui sai, sempre pensa em voltar. Pergunte a
qualquer brasileiro que vive, ou que já viveu fora do
Brasil.
E assim fica a dúvida, sendo difícil
definir “O que é ser brasileiro”, já que
na verdade, seja nascido aqui, ou no estrangeiro, brasileiro é quem ama esta
Terra Brasileira, e sua mística alma
hospitaleira...
“Minha terra tem palmeiras, onde canta o
sabiá, as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como
lá”.
Palavras ditas por um brasileiro no exílio
(Gonçalves Dias), e que refletem o que se passa na alma de todos que aqui vivem,
e que por circunstâncias quaisquer saem do Brasil.
Quem for brasileiro, que confirme...
Enfim, ser brasileiro, é aquele ser que
sabe SER BRASILEIRO, que ama seu País, e respeita suas Leis. E
agora?
E vamos assim, ter UM LINDO DIA,
festejando a Independência do Brasil, seja qual for a origem, credo religioso, ou time de
futebol...
Marcial Salaverry
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