Muito se fala, e pouco se conhece
sobre o poder do pensamento.
É bem difícil avaliar-se que
coisas o pensamento é capaz de produzir, pois imaginamos que apenas os atos é
que comandam tudo.
Acontece que tudo o que se faz, é pensado primeiro, ou
pelo menos espera-se que o seja, pois
muitas vezes age-se irrefletidamente, sem primeiro analisar aquilo que se pretende fazer, e é
quando fazemos grandes besteiras na vida.
Nesse caso, já se começa a ver o
valor do pensamento, pois ao ponderarmos sobre o que pretendemos fazer,
poderemos chegar a conclusões que nos podem levar a modificar certas atitudes,
evitando erros monumentais.
Quantas vezes tomamos uma decisão
de primeira hora, e somente após uma reflexão poderemos chegar à conclusão de
que iríamos embarcar numa enorme canoa furada. Tivéssemos seguido o primeiro
impulso, e a pobre ruminante fêmea atolar-se-ia irremediavelmente. Por essa
razão, sempre que tivermos alguma decisão importante a tomar, sempre será de bom
alvitre dar-se um certo tempo para uma análise mais demorada, ou mesmo um
conselho de alguém em quem confiarmos.
Mas o mais importante sobre o
pensamento, ou que seria sua essência, é sabermos usá-lo convenientemente em
certas questão básicas de nossa vida. Por exemplo, para escrever uma crônica
sobre o pensamento... é necessário pensar-se sobre o assunto.
Esse tal de pensamento abre um
leque enorme de possibilidades. Através
dele, podemos conhecer bem a alma de uma pessoa, analisando diversos fatores,
quais sejam, o que e como ela escreve ou fala.
Mesmo sem chegar a conhecê-la, poderemos traçar seu perfil, poderemos
saber coisas dela, de sua personalidade que talvez não fosse possível conhecer
através de um contato visual direto, onde se podem usar mil artifícios para
encobrir uma verdade.
O mesmo não ocorre quando sabemos
usar bem a essência do pensamento... saber ler nas entrelinhas de quem nos
escreve... saber captar a sinceridade na voz de quem nos fala... dessa maneira,
poderemos conhecer o mais importante das pessoas, ou seja, o seu interior. Conhecendo sua alma, o conhecimento físico
pode ser relegado a plano secundário, pois já saberemos o que realmente
interessa saber sobre sua personalidade.
É um bom exercício para a mente,
mantém os neurônios (todos os dois) bem ativos, pois deveremos saber analisar
muito bem, para não cometer erros de avaliação.
Até mesmo em casos de amor, é
possível “ver” se a pessoa está sendo sincera.
Basta que se saiba usar o pensamento em sua essência. Um “eu te amo’,
tão fácil de se escrever, conforme o resto da frase, ou da idéia, pode ou não
soar falso. Mas há que se saber analisar, e sempre depende de um certo treino.
Quando se for analisar alguém, não se pode deixar dominar pela emoção. A análise deve ser fria. Deve-se procurar “captar” a essência da alma
da pessoa, para que não se faça um julgamento errado, a favor, ou contra.
Isso é muito válido nos
conhecimentos internéticos. Sempre é
interessante procurar conhecer bem a alma de quem conversa conosco, principalmente
quando existe um envolvimento amoroso, que costuma ser meio perigoso... Muitas vezes um amor muito forte
virtualmente, esboroa-se ao conhecimento físico. Isso ocorre quando não houve sinceridade, ou
melhor, quando a “essência do pensamento” não foi devidamente captada. Quando se deixam levar pelo entusiasmo de
momento, ao invés de ponderar bem sobre o que realmente estaria sendo sentido.
Mas quando existe a real
afinidade de pensamento, quando os parceiros, através do conhecimento mútuo da
alma descobrem que se amam e, principalmente, se souberem usar adequadamente a
“essência do pensamento”, então, virtualmente ou não, pode-se dizer que
chegaram ao amor, ao qual até mesmo o contato físico pode não fazer falta.
Claro que para muita gente o
contato físico é imprescindível, mas, sabendo adequar-se a certas situações, e,
repito, sabendo usar o conhecimento adquirido através do pensamento, pode-se
muito bem viver assim, sentindo-se espiritualmente, através do poder da mente.
Marcial Salaverry
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