Algo está faltando no
dicionário...
Como e-mail é o novo meio de
comunicação,
certamente EMAILLAR é o ato de
passar e-mails...
Osculos e amplexos...
emaillatorios...
Marcial
********
O que se
fazia antigamente escrevendo cartas ou bilhetes, faz-se atualmente através de
e-mails, assim chega-se à conclusão de que existem certas palavras que, se
ainda não foram inventadas, já deveriam ter sido, como por exemplo,
"emaillar" e “emaillação”, ou seja, o ato de escrever e passar
e-mails. É compreensível que exista.
Sabemo-las úteis e necessárias. Então,
consideremo-las inventadas...
Outro
exemplo, uma comunicação via e-mail, pode ser uma comunicação “emaillatória”.
Li, não sei
quando, em algum lugar, uma mensagem que me foi passada por meu guru
L’Inconnu, dizendo que "Enviar
uma carta é um bom meio de ir a algum lugar sem mover nada, a não ser o
coração" .
Como isto
foi lido há muito tempo, vamos modernizar um pouco, trocando
"carta" por "e-mail".
Claro, uma vez que precisamos nos situar na época atual.
Sem parar
para pensar naqueles que fazem mau uso dos e-mails, ou seja, hackers e
viróticos, realmente enviar um e-mail é
comunicar-se com o coração, sempre abrindo a possibilidade de uma nova amizade,
pois no momento em que enviamos um
e-mail, automaticamente abrimos nosso
endereço, propiciando uma resposta, pois sempre consta o endereço do remetente.
Certo
que alguns mal intencionados usam endereços forjados. Mas vamos considerar apenas quem pretende dar
um uso adequado para os benefícios da tecnologia, e apenas deseja comunicar-se
com facilidade, procurando desenvolver seu circulo de amizades.
Convenhamos
que é uma maneira altamente prática de se comunicar, pois em poucos segundos
conseguimos nos contatar com qualquer parte do mundo, e tudo isso sem ter o estafante trabalho de
comprar um envelope, escrever uma carta (dizem que datilografar é ou era falta
de educação), colocá-la dentro do envelope, enfrentar uma fila no correio para
postar a bendita carta, que, com muita boa vontade “correial”, tem a possibilidade de ser lida (se chegar),
apenas alguns dias após.
Há que se
notar ainda, que sem trabalho algum, podemos “conversar” com muitas pessoas ao
mesmo tempo, em partes as mais distantes do mundo. Realmente fantástico...
Com as
emaillações, você senta na cadeira (alguns dizem que sentam no computador. Não
aconselho.), batuca no teclado, clica "enviar" e pronto já tá lá.
Se a vítima,
digo, o destinatário estiver com o OutLook aberto, lê no ato. Lindo, não. Se quiser, pode xingar a mãe, digo, responder
imediatamente. Mais lindo ainda.
Mesmo com
todas essas facilidades, continua sendo um ato de amizade, e é por isso que digo,
quando receberem um e-mail, respondam-no, mesmo que seja só para dizer
"oi. Recebi. Gostei (ou não)."
Assim, estarão devolvendo o gesto de amizade. Amizade, não se esqueçam, não é coisa para
ser jogada fora. Concordam? Reconheço que não é todo o mundo que gosta de
escrever um monte de besteiras e enviar para os amigos. Mas um "oi" de vez em quando, não
arranca pedaço do dedo. Nem que seja
para pedir que não escreva mais. Mas sempre é bom escrever.
Nos velhos
tempos pré-computadorais, eu sempre tive a maior preguiça para escrever
cartas. Bem, quando morava no Congo,
escrevia longas cartas para a patota toda.
Mas gastei o estoque todo lá.
Fiquei um bom tempo, sem pensar em escrever. Sei que algumas pessoas acham que deveria ter
continuado assim. Mas, por certas razões
comecei a faze-lo e peguei gosto pela coisa.
E vai ser meio difícil parar, pelo menos enquanto os dedos continuarem
obedecendo aos comandos do cérebro (tenho, sim, e acho que funciona...
Depois desta
defesa ao bom uso do e-mail, espero que todos tenham UM LINDO DIA.
Este é um
diálogo muito profundo. Vejam se não:
-Às vezes
gostaria de perguntar a Deus por que ele permite que haja miséria, fome e injustiça,
quando poderia fazer algo a respeito.
-Por que não
pergunto?
-Receio que
ele me faça a mesma pergunta...
Marcial Salaverry
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