Ama-se
desde que se nasce, até o último suspiro...
Sempre
será tempo para amar,
enquanto
houver um sopro de vida em nossa alma...
Ósculos
e amplexos
Marcial
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Algo que era aceito como verdade real e verdadeira, desde que o mundo é
mundo, é o velho preconceito dizendo que o amor morre com a idade, e isso
era aceito sem discussão até pouco tempo atrás, até mesmo pelos idosos,
que se julgavam
velhos para amar. Felizmente este é mais um dos tabus quebrados pela própria
vida, e pela modernização de nosso sistema de vida.
O que pode morrer dentro de uma pessoa, é sua vontade de viver, única
condição para matar a capacidade de amar, que nasce e morre conosco.
Ao nascermos, nosso primeiro contato com nossa mãe, faz despertar o
sentido mútuo de amor. E pelo resto da vida, sempre estaremos propensos a amar
alguém.
Existem diversas maneiras de exprimir esse amor, mas ele sempre estará
latente em nossa alma, ou como preferirem, em nosso coração.
Existe uma infinidade de amores, mas o
mais é falado é aquele que surge entre duas pessoas, de sexo diferente,
ou do mesmo sexo, que faz despertar a libido, o desejo de um contato físico,
que pode ser sexual, ou não. É o chamado “amor físico”.
Aliás, é esse amor físico que é tido e havido como prerrogativa dos mais
jovens (ou menos idosos). Quando um casal atingia uma certa idade, ou uma idade
certa, dizia-se que nada mais poderia haver entre eles. E o triste é que muita
gente acreditava nisso, e deixava de haver aquela procura mútua pela troca de
carícias antes existente. E o amor ia fenecendo entre ambos, e desaparecia o
antigo brilho no olhar, denotando a chegada da velhice.
Na realidade, o que ocorria, era uma diminuição da capacidade e do
desejo sexual, o que sempre foi um tormento, principalmente para os homens, que
se aterrorizavam, (e ainda se aterrorizam), com as eventuais e fatídicas
“falhas” no momento do sexo,
esquecendo-se de que isso ocorre mesmo entre os jovens, pois é uma
questão de disposição física e psicológica de momento.
Li uma citação de Magdalena Lea que explica bem esse chamado “problema
sexual” que a idade nos traz, e é uma cristalina verdade:
"Fazer sexo é como subir uma escada: o velho pode demorar mais que
o jovem, mas os dois chegam lá. (Magdalena Léa)"
Não podemos
nos esquecer também que essa demora em chegar ao ápice, sempre poderá trazer um
prazer maior, desde que ambos saibam como desfrutá-la, curtindo-a, ao invés de
se aborrecerem. Para que a pressa? “Devagar se vai ao longe”, já dizia um velho
deitado, digo, ditado...
Além do que, o amor não é apenas o sexo, que sempre é a parte que mais
provoca desanimo com a chegada da idade, com alguns julgando-se incapazes de
praticá-lo.
O que não se pode, é deixar que tal pensamento domine a cabeça.
Em caso de dificuldades, basta saber procurar o tratamento adequado para
cada caso, sem temores nem preconceitos em expor o chamado “problema”
encontrado, e que na maioria das vezes é de fácil solução.
O amor manifesta-se em qualquer idade. O importante é ter a mente e o
coração abertos para o amor, pois assim sempre poderemos encontrá-lo em nossa
vida.
Se conseguirmos manter a presença constante do amor de sempre, é
importante saber valorizá-lo, nunca esquecendo de renová-lo a cada dia.
O amor, para não fenecer, exige constantes cuidados, os mesmo dedicados
às flores, com a única diferença de que elas são regadas com água, e a água que
regará o amor,
é o carinho e a atenção constante.
Se, por motivos quaisquer, perdermos o amor de sempre, sempre poderemos encontrar
um outro amor em nossa caminhada. O que não pode acontecer, é o fechamento do
caminho, é deixar que a vida morra conosco quando estamos ainda vivos
fisicamente.
O sentimento do amor, apenas deverá nos deixar com nosso último suspiro.
Jamais poderemos nos esquecer de que, se não tivermos alguém para amar, sempre
nos teremos, e sempre seremos merecedores de nosso amor.
E mais do que ninguém, de nosso Amigão, que sempre nos guiou em nosso
caminho, ensinando-nos amar aos outros como a nós mesmos.
E com esse pensamento
de amor fraterno, desejo a todos UM LINDO DIA
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