Quem não se lembra das paixões da adolescência?
Quando nos apaixonávamos e desapaixonávamos
com a maior facilidade...
Então... vamos dialogar...
Ósculos e amplexos,
Marcial
*****
Todos sabemos que a adolescência é aquele complicado intervalo entre infância
e maturidade. É aquela época em que o cérebro muitas vezes se recusa a admitir
que não é mais criança, e que é preciso mudar a maneira de pensar, pois é
chegada a hora de decisões que poderão determinar o futuro, mas nem sempre se
está preparado para tais pensamentos...
E é justamente nesse momento que o espírito decide se rebelar contra
tudo que lhe é imposto. Tudo o que até então era lei, passa ser ilegal, ou não
presta. A experiência dos mais velhos não lhes serve, mas eles não tem nenhuma
experiência em que se apoiar para tomar suas decisões. Então, como ficamos? O
que fazer?
Essa fase da vida é extremamente perigosa. É preciso muita compreensão
dos adultos, para saber pelo menos orientar, ou tentar fazê-lo. O diálogo
franco, honesto e aberto é necessário. Nada lhes deve ser imposto, mas sim
sugerido, mostrado. É mais fácil obter-se as coisas com jeito, do que à força.
Eles não aceitam as verdades absolutas. Preferem aprender por conta própria. É
a velha questão da auto afirmação. Os adultos de hoje não podem se esquecer que
foram os adolescentes de ontem, vivendo essas mesmas crises existenciais.
Quando entra em foco a parte sentimental, a coisa fica mais séria ainda.
Os hormônios estão fervilhando, os corpos clamam por conhecimentos íntimos.
Mais do que nunca é preciso manter o equilíbrio para saber mostrar os limites
que devem ser observados de parte a parte. Seja nas intimidades, seja o que
deve ou não ser feito (nada de impor limites, deve-se mostrá-los). Os primeiros
amores sempre são muito intensos. Despertam os sentidos, e a vontade de
conhecer intimamente o amor. Nessa hora, se não houver uma orientação e que
pelo menos saibam fazer as coisas, as conseqüências poderão ser fatais. Como uma
gravidez fora de hora por exemplo. São coisas da vida, mas que um bom dialogo e
palavras certas podem evitar.
Outro ponto nevrálgico é o telefone, e agora também a internet. São
horas de conversa. Muitas vezes os namorados acabam de se deixar, e sentem
necessidade de telefonar. E haja paciência. E haja contas telefônicas a pagar.
E haja broncas e castigos e proibições. E haja horas de sono perdidas nas
conversas internet árias.
E esse é o ponto crítico. Jamais haverá um acordo nesse sentido. Nada
pode controlar a "necessidade" dessas conversas intermináveis. Muitas
vezes por nada terem a conversar, ficam apenas escutando a respiração um do
outro, ou então alguma música. Aliás, é como sempre foi, e quem já foi
adolescente e não perdeu a memória, se lembra... Sempre se pode tentar um
diálogo para pelo menos mostrar os limites. Afinal sempre é melhor controlar um
pouco os impulsos, do que acabar irritando os pais que poderão cortar a conta telefônica
por causa do exagero das conversas. Ambos os lados tem que saber conversar e
acertar-se. Bom senso, gente.
Adolescentes, pré adolescentes, post adolescentes e envelhecestes...
Vamos ponderar e pensar em conjunto. Sempre um mau acordo é melhor do que uma
boa briga...
E pra começar numa boa, que tal ter UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
Nenhum comentário:
Postar um comentário