FASCINANTE

26/10/2014

Buscando Entender O Amor

  Será possível o amor entre pessoas "incompatíveis"?
Desde que seja verdadeiro e reciproco, o amor pode superar quaisquer
diferenças que possam existir... Veja como...
Osculos e amplexos,
Marcial
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Desde priscas eras, sempre haverá alguém buscando entender e definir o amor, mas por mais que se tente faze-lo, jamais se chegará  a alguma definição exata sobre o que na realidade vem a ser esse sentimento estranho, que surge não se sabe como, instala-se supostamente no coração, mas age sobre o cérebro, pois domina os pensamentos, e também  todo o corpo, principalmente  os lábios e mãos, isso para não aprofundarmos mais o assunto, pois o campo de ação é vasto.

Enfim, o amor realmente pode exercer uma ação dominadora até mesmo sobre a personalidade das pessoas, pois quase sempre obriga a uma mudança total e completa de hábitos individuais, “dos quais jamais se pensava abrir mão...”

Aliás, alguns luminares, como Drumond, Vinicius, e tantos outros também tentaram e não conseguiram definir o que, exatamente é o amor, e nem tampouco vou tentar fazê-lo, e agora uma nova faceta a ser abordada, envolve o amor surgido entre pessoas de diferentes níveis, que podem ser intelectuais, sociais, profissionais, enfim, pessoas que pensam e vivem de maneira diferente.
O questionamento feito por L’Inconnu é o seguinte:
"Exemplificando... Poderá um artista amar quem não o seja? Enfim... será possível esse amor aparentemente impossível?"

Bem, meu querido L’Inconnu, a meu ver não existe nada que impeça esse amor, pois o amor não tem divisor, já que ele apenas surge, ou não, independendo de pendores artísticos, gostos literários, ou profissões exercidas, desde que seja um amor vivido reciprocamente, pois em havendo o amor recíproco, pouco importa se apenas um o é, ou se ambos,  são poetas, são músicos, são artistas ou não, eis que na realidade, o que conta é a reciprocidade do sentimento, pois o amor tem que ir, e voltar, pois a reciprocidade é conditio sine qua non, e assim acontecendo, é meio caminho andado para tudo acontecer em plenitude, uma vez que eventuais diferenças poderão ser superadas pela força do amor.

Por sua própria complexidade, o amor não conhece fronteiras nem limites. Não classifica os indivíduos por sua condição social,  econômica, etária ou racial.  A diferença é ditada pelos preconceitos que muitas pessoas tem dentro de si, não se permitindo muitas vezes deixar fluir o amor que sentem, por questões que nada tem a ver com o amor propriamente dito. Apenas um preconceito muito arraigado, algo em seu interior que age seletivamente, ou então opiniões alheias que podem influenciar o pensamento.

O amor é algo sentido de dentro para fora.  Portanto, não está vendo o que pessoa tem ou não tem, é ou não é. Claro que certas diferenças podem ocasionar alguns problemas, todos eles contornáveis, em existindo o amor, pois amor implica em compreensão, e através dessa compreensão, poder-se-á contornar toda e qualquer diferença.

Para que dê certo esse amor nascido entre pessoas de diferentes condições, sejam elas culturais, econômicas ou sociais, há que se ter uma dose extra de compreensão, amizade, carinho entre ambos, visando aparar as arestas eventualmente surgidas, com um máximo de ponderação, pois nada impede que a parte menos desenvolvida estude e procure melhorar sua condição, desde que haja uma real vontade de faze-lo, e assim, desde que haja boa vontade de parte a parte, uma em ensinar e a outra em aprender, as coisas poderão se acertar.
Contudo, existe uma condição básica para que um amor possa dar certo, e ela passa muito longe dessas questiúnculas menores e contornáveis.  Simplesmente, tem que haver reciprocidade, e é essa a palavra mágica. Amor unilateral não dá certo.  Quando apenas um dos parceiros ama, nada funciona.  Nem diálogo, nem boa vontade, nada.  Essa história de que a força do amor de um fará com que o outro ame também, funciona em filmes ou novelas. No máximo que o lado que ama pode conseguir é uma certa tolerância, em havendo interesses outros, como financeiros, por exemplo. Mas é coisa sem futuro, e a insistência em querer uma relação nessas condições, certamente não será salutar.

Essa, na minha opinião, é a condição básica para qualquer relacionamento.  Se um dos parceiros perceber que o outro não lhe tem amor, insistir será malhar em ferro frio.  Será, forçosamente, algo que acabará desgastando a relação, trazendo sempre muita frustração. E isso é algo que vale tanto para o amor, quanto para a amizade, sempre lembrando que a amizade é o que pode "cimentar" o amor, deixando-o gostoso para ser vivido, e o ponto básico para essa felicidade, se apoia em duas palavras de vital importância para que tudo seja bem vivido, ou seja, sinceridade e reciprocidade...

Como penso que nossa amizade é recíproca, desejo a todos UM LINDO DIA.

Marcial Salaverry

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