Poetalmente falando, amor rima com dor...
Mas no real é uma rima dolorida,
que muito atrapalha a vida...
Osculos e amplexos,
Marcial
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Embora muitos poetas utilizem essa rima, certamente na vida real, não combinam
amor e dor, eis que o amor deve apenas trazer felicidade e coisas boas, mas
como nada é perfeito neste mundo, o amor também tem o famoso "outro
lado", que não traz toda essa felicidade.
Muitas vezes nos queixamos do amor, dizendo não querermos mais amar, porque o amor só nos causa dor, tristezas, aborrecimentos. Isso, claro, quando perdemos alguém a quem amamos, mas não podemos nos esquecer de que são coisas da vida, pois não me parece ser possível dizer a alguém para não amar, para não sofrer, para não chorar, e que procure melhor escolher a quem vai amar.
Isso não parece ser possível, pois o coração não tem lógica, não tem juízo, apenas tem emoção, e por vezes se entrega indevidamente, mas embora sofrendo, continua vivendo, e sempre querendo mais.
Acontece que, quando o
amor acaba, chegamos a nos fechar na dor, na solidão, jurando nunca mais querer
"entrar noutra fria", que nunca mais vamos amar ninguém, mas isso
dura apenas até a ferida cicatrizar, e aparecer um outro alguém que nos balance
e, como estamos vulneráveis, recomeçamos tudo mais uma vez com um novo amor,
mesmo sujeitos a nova decepção, a nova dor, tendo contudo, sempre a esperança
de que "desta vez vai".
Pergunta-se o que se pode
fazer, pois não parece possivel deixar de sentir amor quando o coração vence a
razão, não é possível anular os sentimentos, calar a vida que teima em nos
empurrar em direção ao amor, pois o sangue continua a correr pelas veias,
levando a esperança de que "desta vez vai" até o coração,
impulsionando-o a continuar.
Ou, será melhor
simplesmente ignorar todas essas emoções, fechando-nos numa redoma, onde
estaremos protegidos, de tudo e de todos, mas principalmente, de nossos
sentimentos. Será válido viver assim?
Não temos muito o que escolher, podendo apenas viver apegados ao passado, isolando-nos em nosso sofrer, ou damos uma chance ao futuro. Ou vivemos, ou deixamos de viver. Podemos viver em vida, ou morrer na vida, pois não existe terceira opção, não sendo possivel segurar o tempo no presente, pois a vida continua, impulsionando-nos para adiante. Ou a acompanhamos, ou então deixamos que ela prossiga, e mergulhamos no passado.
Não temos muito o que escolher, podendo apenas viver apegados ao passado, isolando-nos em nosso sofrer, ou damos uma chance ao futuro. Ou vivemos, ou deixamos de viver. Podemos viver em vida, ou morrer na vida, pois não existe terceira opção, não sendo possivel segurar o tempo no presente, pois a vida continua, impulsionando-nos para adiante. Ou a acompanhamos, ou então deixamos que ela prossiga, e mergulhamos no passado.
E se o passado nos trouxe
dores, melhor esquece-lo do que vivenciá-lo. E o presente, pode nem sempre ser
um bom presente, e nem sempre vale a pena segurar. O mais indicado, é deletar o
que houve, e seguir em frente, porque atrás vem gente doidinha pra nos deixar
pra trás.
Na realidade, não existe
"se" na vida prática. A coisa toda resume-se num sim, ou num não. Não
podemos vacilar, pois tempo perdido jamais será recuperado. Assim, é tratar de
esquecer o que não nos trouxe felicidade, e encarar uma nova realidade que
talvez nos traga algo de bom. E isso, só iremos descobrir se não deixarmos de
viver, e ficarmos mergulhados naquela coisa chata que aconteceu, e não adianta
nem pensar nas alternativas da vida, no que poderia ter acontecido se tivéssemos
tomado outra atitude. O que passou, já houve. Temos que cuidar do porvir que
está por vir. E melhor traçar nosso destino, com mais lógica e menos emoção,
sendo essa a tênue linha que separa o sucesso do fracasso. A maneira como
escolhermos o rumo a seguir.
E perguntamo-nos porque
alguns conseguem outros não.
A resposta é clara. Porque alguns são mais corajosos se arriscam mais, porque não se prendem a erros e fracassos do passado, e vão à luta sem medo e mesmo que sofram novos revezes, não desistem e nem se acovardam, e prosseguem sem jamais baixar a cabeça, sem deixar-se vencer pelo que houve.
Como diz a música, "levantam, sacodem a poeira, e dão a volta por cima", não se entregando ao que chamam de "meu destino", pois não podemos apenas aceitar o que achamos que o destino quer.
A resposta é clara. Porque alguns são mais corajosos se arriscam mais, porque não se prendem a erros e fracassos do passado, e vão à luta sem medo e mesmo que sofram novos revezes, não desistem e nem se acovardam, e prosseguem sem jamais baixar a cabeça, sem deixar-se vencer pelo que houve.
Como diz a música, "levantam, sacodem a poeira, e dão a volta por cima", não se entregando ao que chamam de "meu destino", pois não podemos apenas aceitar o que achamos que o destino quer.
Devemos saber bem usar
nosso livre arbítrio para fazer nosso destino, não sabendo se certo, ou se
errado, mas seguindo nossa vontade, nosso espírito de luta, nosso amor à
vida, jamais nos entregando às tristezas e eventuais dores do passado.
Temos que fazer nossa
parte, dando uma pequena "mãozinha" ao destino, e pensando
melhor. Claro que às vezes erramos, mas também às vezes acertamos, pois a
vida é um eterno jogo de ganhos e perdas, onde ninguém poderá saber quem
realmente ganhou ou perdeu. Apenas temos que viver a vida apesar do que nos
acontecer. Isso, claro, até a hora em que tudo vai terminar. Essa é a segunda
grande certeza da vida, pois a primeira, foi a de que nascemos.
Contudo, aquele que
viu a oportunidade de ser feliz e deixou escapar por medo ou covardia, jamais
poderá saber se iria ter sucesso ou não, pois não tentou, mergulhado em sua
dor. Quem sabe aquela pessoa que cruzou seu caminho poderia ser o grande amor
de sua vida, mas, fechado nas dores do
passado, não soube vê-la. E assim, sempre persistirá a dúvida. Será culpa do Destino, ou do destino criado por seu medo de viver?
Teria sido melhor se tivesse tentado? Se não tivesse desistido de viver enquanto vivo?
Para melhor pensar nisso, vamos ter UM LINDO DIA.
passado, não soube vê-la. E assim, sempre persistirá a dúvida. Será culpa do Destino, ou do destino criado por seu medo de viver?
Teria sido melhor se tivesse tentado? Se não tivesse desistido de viver enquanto vivo?
Para melhor pensar nisso, vamos ter UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
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