Simplesmente amar não é o suficiente, é
preciso saber amar, para que o amor seja duradouro...
Osculos e amplexos,
Marcial
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Amar parece ser algo simples e fácil, mas não
é bem assim, eis que para bem viver um amor, é preciso saber amar, conhecer os
segredos desse doce sentimento.
É preciso saber bem que amar não é
simplesmente desejar o amor de um outro alguém, embora muitas criaturas
possam confundir desejo com amor. Desejar uma pessoa, é sentir atração
por ela, é querer ter momentos de amor com ela, pode até mesmo existir a
intenção de compartilhar uma vida em sua companhia. Mas nem sempre significa
que exista amor.
Tais amores movidos apenas pelo desejo, pela
paixão, dificilmente são amores de longa duração, pois a paixão é algo efêmero.
Intenso, porém efêmero, e muitas vezes quando termina, pode deixar um travo
amargo. Aquele "Por que será que acabou? Amavamo-nos tanto..."
Na verdade, não era amor, era desejo, paixão, vontade de posse. Depois da
bala chupada, o que fazer com a embalagem?
Assim são esses amores de curta duração. O que
realmente é bom, é quando o sentimento é recíproco, assim ninguém fica sofrendo.
Sempre desejamos que o amor perdure, mas será bom, se existir reciprocidade
nesse amor.
Para definir esse amores, o saudoso Poetinha
Vinicius criou a expressão "que seja eterno enquanto dure...". Na
realidade, para definir um amor autêntico, o correto seria dizer-se "que
seja eterno enquanto é terno"...
Existindo ternura, existindo carinho,
existindo amizade, o amor perdura, pois sempre haverá encantamento entre os
parceiros. Esse é o segredo. Para que haja uma parceria entre os parceiros, o encanto
jamais deverá ser quebrado. Sempre algo deverá ser criado para fugir da rotina.
Tem que haver romantismo, e que seja mesmo nas coisas mais prosaicas da vida.
Um abraçar pelas costas e dizer sussurando ao ouvido "Te amo, meu
amor"... Dizer com um simples olhar o quanto de amor tem dentro de si. Uma
ramo de flores. Aquele macarrão com seu jeito especial. Aquele piscar
malicioso insinuando que quer "algo mais"...Um convite para namorar
na varanda (se tiver), um passeio de mãos dadas pelo jardim da praia...Sentar
no banquinho da praça para se beijar... Uma ida a um motel para comemorar as
bodas de ouro...
São pequenas coisas que colocam o
relacionamento em xeque (e não apenas em cheque...), mas que produzem
resultados fantásticos.
Pena que nem todos saibam disso, ou se sabem,
não sabem como usar essa atração especial.
Há que saber amar, e há que saber amar-se
também, para ter consigo os melhores cuidados da vida...
Outros detalhes de capital importância, são
duas coisas nem sempre bem usadas com o devido cuidado, que são respeito e
diálogo.
É preciso que esse respeito seja mútuo, cada
qual respeitando o espaço e o pensar de quem está a seu lado, e sempre manter o
canal do diálogo aberto. Dúvidas devem ser esclarecidas, mas sempre dentro do
maior respeito, jamais devendo partir para o insulto, para o exigir
satisfações. Para dúvidas dirimir, não podemos começar acusando, mas sim
perguntando.
Quantas vezes julgamos um fato de uma maneira,
e a verdade é bem outra. Quantas vezes as aparências nos enganam. Nesses casos,
se partirmos para a agressão, para a acusação frontal, magoaremos fundamente
nossa parceria. E, ao constatarmos nosso erro, o arrependimento por vezes vem
muito tarde.
Por consideração e amizade, respeite a quem se
ama, sempre sabendo perguntar antes de acusar, mostrando assim, que sabe amar.
Escutei de "alguém" uma vez:
"Mesmo quando sou traida, faço com que ele me peça desculpas..."
Realmente uma situação interessante. Pedir desculpas por haver traido,
convenhamos, é um fantástico tapa com luvas de pelica, pois quem traiu
fatalmente vai se arrepender, e dificilmente repetirá a traição. Ou não. Mas se
repetir, alguma coisa está errada. Desculpas que poderão ou não serem aceitas,
tudo depende de circunstancias, pois "cada caso é um caso"...
Claro, isso tudo será possivel apenas com UM LINDO DIA.
Marcial Salaverry
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