Durante a vida sempre ocorrem mudanças na maneira de se
amar...
Devemos estar preparados para elas...
Osculos e
amplexos,
Marcial
SEMPRE ACONTECEM MUDANÇAS NO AMOR
Marcial
Salaverry
Algo que realmente acontece, pois sempre ocorrem mudanças
durante um relacionamento, principalmente aqueles que tem uma rotina quase sem
novidades.
Parece que o amor vai se modificando à medida que o tempo vai
passando, quando na verdade o que acontece é que a maneira de se expressar e
viver esse amor é que vai mudando, e é preciso estar preparado para tais
mudanças, a fim de evitar certas reações traumáticas, que inclusive podem
terminar com o relacionamento, embora os parceiros ainda se amem.
Um dos
pontos mais críticos nessa questão de mudança comportamental, refere-se
justamente ao interesse sexual, tido e havido como o ponto primordial em um
relacionamento afetivo.
É preciso saber analisar bem a questão. É importante
que se entenda que o interesse sexual não pode permanecer imutável e imexível
todo o tempo. Sempre estará sujeito a mudanças, pois é uma questão orgânica
inclusive, e é preciso entender que uma eventual diminuição do interesse sexual
não poderá ser apontada como fim do amor, mas apenas como um arrefecimento do
tesão, mas jamais como seu fim. Pode até ser, mas sempre é preciso dialogar, e
buscar os porquês, antes de decisões drásticas.
Existem diversas causas
que agem como fatores inibidores para a saudável prática do sexo entre os
amantes, e a própria rotina da vida é um deles. Sempre a mesma coisa acaba
cansando, e por isso é importante saber inovar, usar de alguma criatividade para
impedir a mesmice do cotidiano, que sempre irá causar algum desgaste, contudo é
verdade que existem outros fatores que podem estremecer um relacionamento, e um
deles pode ser uma mágoa muito funda provocada por alguma discussão, ou por
alguma atitude que não seja bem compreendida, e que possa deixar sequelas, e
nesse caso, é bom refletir um pouco, para entender o que houve com esse amor,
pois se dele apenas restarem mágoas, é porque o amor não era amor de verdade.
Mas mesmo nesse caso, deve haver o diálogo, para que não fiquem ressentimentos,
que possam transformar em inimizade o que antes foi um amor cheio de carinho. Um
“ex”, não precisa necessariamente ser um inimigo. Pode se transformar em amigo.
E uma boa amizade nunca será demais.
Pode-se esquecer que um dia houve um
amor unindo duas pessoas, mas é muito difícil esquecer que houve essa pessoa.
Sempre existirão fatores que trarão lembranças, boas ou más, mas lembranças que
insistem em serem lembradas. Então sempre será melhor pensar com suavidade, e
mesmo com algum carinho, pois algo de bom sempre foi vivido. Sempre haverá em
que se apoiar o pensamento. Por que se aferrar apenas à mágoa?
Devemos
apenas lembrar do que houve de bom, e procurar saber o que pode ter motivado um
eventual rompimento, para evitar incorrer no mesmo erro no futuro.
Não se
deve tentar varrer a pessoa amada da memória, pois será praticamente impossível
consegui-lo. Vamos suavizar as lembranças, para que nos lembremos e consigamos
falar sem chorar, sem mágoas ou ressentimentos. Se algo terminou, é porque algo
foi vivido e teve episódios felizes. Então a dor e o ressentimento só vão
dificultar o esquecimento.
O certo é que sempre será interessante
ponderar bem antes de tomar uma decisão definitiva, pois poderá ser válido dar
uma chance para o amor. Principalmente quando ocorre o chamado “esfriamento
sexual”, que nem sempre é causado pelo fim do amor, pois o amor se houve, não
acaba assim.
Vamos saber analisar o que provocou esse desinteresse
repentino, que pode ter diversas causas, desde clínicas e até psicológicas, ou
simplesmente etárias. Não se pode querer que aos 40, 60 ou 80, tenha-se o mesmo
ardor sexual que aos 20. E há que se considerar que se um dos parceiros tiver
mais ardor, deverá entender o que está ocorrendo com a parceria. Se houver amor
de verdade, esse fator será facilmente superável, desde que haja
diálogo.
Assim é o amor. Temos que saber vive-lo, sabendo entender todas
suas nuances, sabendo superar todas as crises. Até mesmo a fatídica (para
alguns) “perda” do tesão. Amor e tesão não se perdem. Podem mudar de forma, mas
no interior sempre existirão. Se não houver mais o ardor sexual, poderá haver um
carinho suave, como maneira de expressar o amor sentido. Um beijo carinhoso pode
expressar muito mais amor do que uma transa forçada. Um caminhar de mãos dadas
indica amor, por vezes, bem mais forte do que uma transa, por mais gostosa que
seja...
Sempre devemos dar uma chance a mais para o amor, antes de dizer
adeus. E sempre poderemos ter UM LINDO DIA, que poderão ser repetidos muitas e
muitas vezes, sempre lembrando que a alma estará sempre viva, mantendo o amor
que nela existir...
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