estas importantes personagens de nossa vida...
Cérebro, apresento-lhe a alma...
Alma, eis aqui o cérebro...
Tentem entender-se...
Osculos e amplexos,
Marcial
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Por causa dessa falta de
entendimento, e por mais paradoxal que possa parecer, a pessoa que nós menos
conhecemos, é aquela com a qual nós temos um convívio mais estreito, qual seja,
nosso outro eu. Aquele que vive em nosso
interior, e do qual pouco sabemos.
Sempre será muito difícil
aquilatarmos nossa real potencialidade, eis que muitas vezes julgamos estar em
nosso limite, já tendo feito tudo aquilo que pensávamos ser capazes de fazer, e
eis que, seja por alguma circunstância fortuita, seja por necessidade
imperiosa, tiramos mais um coelho da cartola, e verificamos que nosso limite
ainda não era aquele, e conseguimos realizar algo do qual não nos julgávamos
capazes.
O importante em nossa
vida, é jamais desistir, sempre tentando alcançar algum objetivo, seja qual
for, sempre procurando conhecer qual será o limite de nossa alma.
O limite orgânico é fácil
de ser constatado, pois nosso organismo estipula até onde poderemos abusar de
sua resistência, e quando a extrapolamos, sentimos as consequências de nossos
atos.
Contudo, ainda não
conseguimos reunir condições para avaliar a real potencialidade de nosso “eu”
interior. Ainda não foi possível definir quais os reais limites do cérebro, e
nem da alma, nem tampouco até onde poderemos suportar certas situações.
Até quanto nossa alma pode tolerar de felicidade ou de sofrimento. Até onde poderemos amar. Até onde poderá ir nosso desenvolvimento
intelectual. Até onde poderemos suportar, mesmo as mais simples situações de
nosso cotidiano.
E uma das provas mais
irrefutáveis, é o constante progresso tecnológico, sempre em evolução, sempre
com novas descobertas, sempre o hoje muito superior ao ontem, e inferior ao
amanhã, sendo essa a prova mais cabal de que ainda não se chegou ao limite do
conhecimento humano, pois, a exemplo do organismo que nos diz quando devemos
parar, fatalmente isso ocorrerá com nosso interior, quando esse limite for
conhecido. A cada nova descoberta,
constatamos surpresos que de nada sabemos, e tudo ainda temos para aprender.
Enquanto isso não
acontece, e enquanto os cientistas e os experts, que estão mais adiantados na
busca desses limites, ainda não mostram sinais de fim da evolução, devemos pelo
menos tentar acompanhar esse ritmo
alucinante, “na busca de nosso conhecimento total”.
Apenas exemplificando,
podemos citar um dos maiores “milagres” da mente humana, que é a Internet.
Ainda não se conhece sequer uma pequena parte de seu real potencial, e talvez
seja por isso que fazemos tantas besteiras tentando entende-la, e faze-la
funcionar como desejaríamos que ela funcionasse. Ocorre que ela já começa a
superar nosso conhecimento, e está nos deixando para trás. Como pode ser possível que algo criado pela
mente humana possa supera-la? Mas o que ocorre é justamente isso. Sempre
aparece algo de novo dentro desse “monstro devorador de conhecimentos”, que nos
surpreende, por mais conhecimentos que tenhamos sobre o assunto. Quantas vezes os técnicos mais capazes ficam
sem saber o que fazer diante de certos problemas que surgem nessa “maquininha
de fazer doidos”.
No campo da medicina, com
todo o incrível desenvolvimento atingido, com todas as descobertas que a
ciência já produziu, muitas os vezes os médicos apenas diagnosticam: “Uma crise
viral”. Ora, que raio de vírus é esse? Será que os virus "internetários"
podem produzir gripe e resfriado também? Pelo menos dor de cabeça causam,
com certeza...
Desde que nascemos,
sempre teremos essa incógnita, sobre o conhecimento de nossos reais
limites. É interessante que sempre pelo
menos possamos pelo menos tentar
desenvolver nosso conhecimento até nosso ponto máximo, que jamais será
atingido. A única certeza que poderemos ter, é a certeza de que jamais saberemos qual é nosso conhecimento
total sobre nós mesmos. Chegar a esta conclusão, já é um passo para essa
descoberta. Possivelmente restem ainda
mais uns mil passos para tanto, sendo certo que dificilmente os conseguiremos
dar.
Sempre haverá pessoas que
conseguirão chegar mais perto desse conhecimento, mas sempre haverá algo de
novo para ser conhecido, algo que precisaremos aprender, provando cabalmente
que o limite ainda não foi atingido.
Vamos continuar tentando?
E enquanto isso, sem esquentar muito a cabeça com essas idéias de
autoconhecimento total, vamos ter UM LINDO DIA,
porque isso está em nossos limites.
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