Considerando que
existem siglas para tudo, vamos fazer um alerta
para aqueles de DNA
(data de nascimento antiga), que procurem
prestar atenção na
TVC (tal da velhice chegando...), procurando
minimizar seus
efeitos, por vezes nefastos...
Osculos e amplexos,
Marcial
*****
Para captar os efeitos da
idade avançada, é preciso entender que a marcha inexorável do tempo vai
deixando suas marcas nas pessoas.
Pode-se combater seus efeitos, tomando-se uma série de medidas (nem
sempre eficazes), mas a causa principal permanecerá, pois o tempo não volta
para trás e sempre irá paulatinamente cobrando seu tributo, por mais cuidados
que se tome. Seus efeitos serão
minimizados, e assim, a passagem do tempo poderá ser menos sentida, mas é
inexorável. Prosseguirá sem interrupção até o final.
A melhor maneira de se
conviver com o fantasma da idade, é sua aceitação. É, sobretudo, aceitar as limitações que ela
nos começar a impor. Dentro dessa aceitação,
definir bem o que se poderá ou não fazer, e não adianta rebelar-se, tentando manter um ritmo
de vida incompatível com as possibilidades físicas. Não podemos nos esquecer de que cada caso é
um caso, não servindo comparações com determinada pessoa para querer acompanhar
seu ritmo. Temos que saber analisar
nossas reais possibilidades. Conhecer
bem nosso organismo, sabendo até onde poderemos chegar, não sendo aconselhável
uma “forçada de barra”, pois seus efeitos poderão ser catastróficos,
precipitando a chegada de certos efeitos indesejados.
Quais seriam então os
desejos masculinos ante o fantasma da velhice? Basicamente o principal desejo
que 15 entre 10 homens terá, será “ter a energia dos 20 anos, com a experiência
de vida dos 60”. Simples, não? Seria
realmente o ideal de vida. Mas há que se
cair na real, e acontece que para muitos essa aceitação é complicada.
Então, começa a inútil
“busca da juventude perdida”. Esses
homens, tentando mostrar que ainda tem todo o pique, começam a procurar a
companhia de garotas jovens, frequentando lugares da moda, procurando vestir-se
como os jovens, tentando aparentar que ainda são jovens.
Nada contra, se for uma
pessoa livre, e se ainda tiver um certo pique, não precisando de certos
estimulantes para obter os resultados almejados. Não podemos nos esquecer de que tais
medicamentos sempre acabam cobrando um tributo.
Há que se tomar cuidado, nunca dispensando a opinião médica. Caso
contrário, ao invés da “juventude perdida”, poderão encontrar sérios problemas
de saúde.
Muitas vezes, contudo,
nessa busca infrutífera, acabam abandonando a família que sempre esteve a seu
lado, trocando-a por companhias mais jovens.
Conheço muitos casos bem tristes do que ocorreu com nossos heróis, vendo
depois a velhice chegar muito mais rapidamente, encontrando-o sós e sem
recursos. Valeu a pena o gosto do
reencontro com a juventude?
O que mais angustia os
homens que não souberam preparar-se física e emocionalmente para a idade, é
quando notam que sua virilidade parece estar diminuindo. É óbvio que a potência
e frequencia sexuais diminuem com o tempo.
E como é difícil de aceitar esse fato.
É muito difícil encontrar alguém que aceite numa boa as limitações do
tempo. O mais comum, é estufarem o peito
dizendo que “comigo não tem disso não”.
Mas que tem, tem, essa é a irrefutável verdade.
É impossível deter os
efeitos causados pela idade. Contudo,
uma das soluções bem encontradas, é o “aprimoramento” da coisa. É substituir a
potência pela experiência. Sabendo usar, não vai faltar, e sabendo usar
bem, melhor ainda.
Essa é a principal
angústia que desmotiva muitos idosos, transformando-os em velhos. Costuma se
dizer que o principal problema do homem, “não é a primeira vez em que não dá a
segunda, mas sim, a segunda vez que não dá a primeira...”. O que muitos homens precisam entender, é que
a coisa não funciona como um botão de “liga e desliga”. Faz parte do organismo, e sujeito a falhas,
até mesmo quando somos jovens, que dirá mais tarde.
Não é motivo para
angústia ou desespero. Precisamos
encarar a fera de frente. Sempre caberá
uma consulta ao urologista (com dedo e tudo), para saber se poderá estar
ocorrendo uma causa clínica. Na maioria
das vezes, são problemas psicológicos. O
pior, será assustar-se com uma eventual disfunção, passando a julgar que se
está impotente.
Isso acontecendo, muitos
se entregam totalmente ao desespero,
julgando-se “acabado para a vida”, e nesse caso, muitas vezes fecham-se em sua
angustia, tornando-se até agressivos com suas companheiras, que não entendendo
o que se está passando, ao invés de ajudar, brigam mais ainda, reclamando da
falta de sexo, o que vem aumentar mais ainda a crise existencial. E nesse caso,
o que se impõe é um diálogo aberto, franco e esclarecedor.
O mais importante, será
manter o equilíbrio, aceitando certos fatos da vida, e procurando adequar-se à
situação, sempre tendo presente que a vida é e sempre será bela e gostosa para
ser vivida, basta que saibamos aceita-la com suas benesses e com seus
problemas.
E nessa esperança, desejo
que todos, com ou sem “problemas”, tenham UM LINDO
DIA.
Marcial Salaverry
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