Existem certos amores que passam pela vida,
assim
como existe aquele amor que pode ser
terna e eternamente vivido...
Basta
saber identificá-lo e mante-lo...
Ósculos e
amplexos,
Marcial
AQUELE AMOR PARA A ETERNIDADE
Marcial
Salaverry
Existem amores que permanecem por toda uma vida, e por vezes
ultrapassam os limites da vida... São amores atemporais, quando existe aquele
entendimento perfeito entre corpos e almas. Existe aquela afinidade total e
completa. Geralmente esses sinais são captados desde o início do relacionamento.
É o tão decantado e desejado amor incondicional, ou amor à primeira
vista.
Desde o primeiro olhar ficou algo de mágico. Aquela impressão de que
se conheciam desde há muito tempo. Aquela atração, mais do que física. Atração
anímica.
Almas que se reconhecem ao primeiro impacto. Almas que parecem
estar destinadas a se encontrarem e atravessarem a vida juntos, e por vezes, até
mesmo além da vida.
Nem sempre encontramos esse alguém assim, ou melhor, nem
sempre detectamos esse encontro. Muitas vezes, por razões diversas, não sabemos
identificar essa pessoa tão especial que repentinamente surge em nossa
frente.
Muitas vezes não sabemos lhe dar o devido valor quando a
encontramos, e a perdemos. São coisas do destino? Nem sempre, pois muitas vezes
é algo que depende de nosso livre arbítrio.
Quando encontramos esse alguém, é
importante saber aproveitar todos os momentos da vida para viver adequadamente
esse amor. Não basta apenas identifica-lo, devemos saber respeita-lo, devemos
entender que é preciso haver reciprocidade total e completa para que o amor
perdure. Deverá sempre haver o mútuo consentimento, com defeitos e
virtudes.
Pela existência de uma grande afinidade anímica, pode-se dizer que
estamos “juntos ainda que distantes”, pois existe como que uma comunicação
telepática. Um pensamento mais forte chega a ser um meio de comunicação.
Se
eventualmente distantes, e existe alguma necessidade de comunicação, entra em
ação o “Código Morse” das almas afínicas. Chegamos a “ouvir” o chamado, e
estabelecemos a conexão.
Pode ser difícil de entender, mas é assim que
funcionam os relacionamentos destinados a eternizar-se.
Mesmo em caso de uma
separação definitiva poderá persistir a ligação. Basta que se tenha a
sensibilidade suficiente para entender os “sinais de comunicação”. Não se deve
deixar dominar pela paranóia, buscando essa comunicação. Se ela existir,
far-se-á naturalmente.
Almas que se amaram em vida, poderão continuar
amando-se pela eternidade.
Logicamente deveremos continuar vivendo
normalmente, mantendo o coração aberto para a vida. Não existe a necessidade de
vivermos em função da parceria que se foi. De onde estiver, sempre desejará que
sejamos felizes. E se conseguirmos sê-lo, ele será também.
E sempre poderá
haver um encontro marcado em outro plano, para prosseguir o amor.
É muito
subjetivo falar-se de relacionamentos assim, mas quando conseguimos entender e
vivenciar, é algo mágico. Sentimos a presença ausente. Até mesmo “falamos”.
Sabemos que por existir um amor muito forte, sempre a felicidade pessoal estará
em jogo. “Seja feliz, e também o serei”.
E essa felicidade poderá ser
encontrada se a soubermos entender, seja vivendo apenas com as lembranças, seja
ao lado de outro alguém que eventualmente encontrarmos.
O amor poderá ser
reencontrado e revivido em novo encontro.
O importante, é não desistir da
vida porque a parceria tão querida se desmanchou.
Sempre devemos viver tudo o
que for possível, para nada termos a lamentar depois.
A vida passa apenas uma
vez, e temos que vive-la.
E vivendo-a, temos que saber desfrutar dos momentos
vividos e assim termos UM LINDO DIA, a cada dia vivido...
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