Para evitar que o Romantismo seja realmente
um artigo em extinção, existem alguns romanticos
que resistem heroicamente à realidade implacável da vida...
Para faze-lo reviver, nada melhor do que uma
caprichada respiração boca a boca...
Osculos e amplexos,
Marcial
Uma
verdade que precisa ser dita, é o indesmentível fato de que o
romantismo parece ser mais um desses artigos em extinção, e é preciso
fazer algo para dar-lhe uma sobrevida. É preciso não esquecer de que na
teoria, o romantismo é a melhor maneira de se viver um amor, devendo
sempre fazer parte da vida de uma parceria, para que sempre o amor seja
renovado.
Infelizmente nem sempre é o que acontece, pois, por
incrível que pareça, algo que muitas vezes determina o fim do clima
romântico entre um casal, é o casamento, mormente quando o casal se
deixa levar pela rotina da vida em comum, quando o que poderia e deveria
aumentar o clima romântico entre o casal, acaba sendo o responsável
pelo seu desaparecimento. Pode parecer ilógico, mas é o que ocorre, e
isso pode ser analisado por partes.
Acontece que quando os
parceiros se conhecem, existe aquele clima de sedução, quando ambos
precisam caprichar na arte da conquista, é quando capricham no visual, e
sempre procuram saber do que a parceria gosta, e assim procuram
seduzir-se mutuamente. E haja clima de sedução. Sempre com aqueles
agradinhos de praxe, e com boa dose de carinho.
Quando a
conquista está feita, vem um relaxamento natural, e é quando ela acha
que já não precisa mais se enfeitar tanto, caprichar no visual, e muitas
vezes esquece até aquele perfume francês que ele tanto gostava de
cheirar no cangote. Por sua vez, ele já acha que não precisa mais levar
flores, e nem aquele presentinho de surpresa, pois agora nada disso é
necessário, acreditando que essas pequenas atenções são inúteis, pois
ela já está conquistada, e agora é só o vai da valsa, e para piorar o
climna, apenas não esquece do chopinho com os amigos, daquele
futebolzinho seguido de chnurrasco aos domingos, e que raiva ela tem
disso, mas em compensação, ela não esquece o bingo com as amigas, algo
que ele detesta, e assim a coisa vai ficando chata, pois começam a se
ver cada vez menos, e essas “ausências” podem determinar o fim daquela
intimidade gostosa que havia no começo.
Mais tarde, então,
começam a surgir os filhos, o que pode ser um tremendo contratempo, se
não estiverem bem preparados para o evento, começando as queixas...
"Não temos tempo nem para aquele sexo tranquilo e descontraído, pois no
melhor da festa, aquela coisinha começa a chorar...".
Ele
chega do trabalho, e a encontra toda descabelada, irritada com os
problemas do cotidiano, e ele por sua vez, vem irritado com seu chefe,
com problemas de seu serviço, com o trânsito infernal, com as contas a
pagar. Quem não sabe quais são os problemas do dia a dia? Talvez quem
viva de propinas não se preocupe com isso...
Existe clima para
romantismo? Pode existir romantismo nessas condições? Se encararmos
friamente a questão, realmente será impossível. Mas é preciso que algo
seja feito, pois o amor continua latente, apenas encoberto pelo clima
que vai se criando, e assim, desse caos sempre poderá se criar alguma
coisa, que vai exigir certamente um esforço mútuo. Ambos deverão se
lembrar de como era gostoso e aconchegante antes, e é importante que se
recupere, nem que seja parcialmente, esse clima gostoso.
Ela
está atarefada e azucrinada, mas, sabendo a que horas o marido vai
chegar, sempre poderá dar, quando não, uma ajeitadinha no cabelo, uma
maquiagem leve, um sorriso, mesmo que amarelo, procurando enfim, ser um
pouco sedutora. Afinal, o parceiro já foi conquistado, mas a conquista
precisa ser mantida. Principalmente, quando chega em casa, pois
qualquer um gosta de encontrar um ambiente melhor do que o do serviço,
mais desanuviado, e não carregado e cheio de reclamações.
Por
outro lado, ele deverá deixar na porta (do lado de fora), as
preocupações e os problemas que encontrou lá fora, jamais permitindo que
tais problemas entrem em casa, procurando não levar para dentro de casa
o pacote completo. Por que não levar um vaso de flores, ou ramo de
rosas, como fazia antigamente? Ela passou de namorada para esposa, mas
ainda gosta dessas coisinhas, e sente falta. Há que se considerar que
SEMPRE ela será a namorada. É importante manter esse clima de namoro,
mesmo depois alguns anos de vida em comum, mesmo após 57 anos...
Claro
que essas atenções não devem ser unilaterais. AMBOS devem encarar a
coisa dessa maneira. É muito mais difícil e complicada a manutenção da
conquista, do que ela propriamente dita, e dessa maneira, quando um dos
parceiros notar que o outro está "pisando na bola", ao invés de agredir,
dizendo que antes era assim, e agora é assado, deve chamá-lo para uma
boa conversa, bem calma e tranquila, sem brigas e nem agressões, apenas
expondo como a coisa está, e como gostaria que fosse.
Diálogo,
crianças, é a melhor arma para combater o virus da indiferença que
infecta grande parte dos casamentos de hoje. E respeito, muito respeito,
e deve ser mútuo, sendo essa uma das melhores maneiras de fazer com que
um relacionamento seja duradouro, e que os parceiros sejam "Eternos
Namorados...” E é preciso tão pouco, apenas, carinho, atenção,
respeito, ROMANTISMO. Certamente a vida assim será bem mais gostosa de
ser vivida, apesar das consequencias que o tempo de vida nos traz...
Sempre
é preciso dizer ao pé do ouvido de seu amor: EU TE AMO, mas dize-lo bem
sussurrado, bem gostoso, bem suave, bem sincero. E sempre, mesmo
depois de muitos anos de união, olhar bem nos olhos, e dizer com
sinceridade: EU TE AMO HOJE... MAIS DO QUE ONTEM... MENOS DO QUE
AMANHÃ...
E sejam felizes, tendo, é claro UM LINDO E ROMANTICO DIA...
Marcial Salaverry
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