Devemos respeitar o
espaço e os direitos alheios,
da mesma maneira
que queremos que os nossos sejam respeitados...
Osculos e amplexos,
Marcial
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Algo que precisamos parar
para pensar, e analisar profundamente, é aquele que aborda o controvertido tema
que fala de um dos pontos mais debatidos nos relacionamentos humanos, ou seja,
aquele que analisa o “Respeito ao Próximo”.
E isso é algo que
realmente há que ser observado, mas não o é, pois frequentemente estamos dando
palpites sobre como alguém deve conduzir sua vida, que deverá seguir nossa
maneira de pensar, e na verdade, não é nada disso. Da mesma maneira como não
gostamos de interferências em nossa vida, assim devemos agir para com os
outros. Respeitando-os seja qual for sua opção de vida. Evitando-os se seu modus
vivendi não nos for conveniente, pois assim como respeitamos, queremos ser
respeitados. Podemos não concordar com certas atitudes de alguem, mas não temos
o direito de condenar.
Se nossa opinião for
solicitada, poderemos dizer o que nos agrada ou nos desagrada em sua linha de
conduta. De qualquer maneira, uma opinião, será uma opinião. Será seguida
apenas se quem nos consultou acha-la conveniente.
Existem, contudo,
situações onde poderá caber um alerta. Por exemplo, ao vermos que uma pessoa de
nossas relações, ou de quem gostamos está enveredando por algum caminho mal
direcionado, como por exemplo uso de drogas, ou mesmo por fumar ou beber,
poderemos alerta-la sobre os efeitos que tal vício poderá lhe acarretar. Sem
que isso implique na obrigatoriedade de nos atender. Sua decisão, contudo, é
que deverá prevalecer, pois é esse seu desejo, o que lhe diz o livre arbítrio.
Se notarmos que está
havendo um desvio de conduta, e o caminho é fora da lei, cumpre-nos alertar, e
manter distância se houver insistência em seguir esse rumo. Nunca poderemos
obrigar ninguém a seguir pelo caminho que acreditamos ser o correto. É questão
de livre arbítrio. E todos devem ter consciência daquilo que fazem, e arcar com
suas responsabilidades.
No que tange a questões
estritamente pessoais, como religião, profissão, linha política, preferências
esportivas ou sexuais, nada se pode opinar, sequer discutir. Em cada cabeça há
uma sentença, e decisões nesse sentido são “imexiveis”. Penso que todos devem
ser respeitados.
Uma historinha que me foi
contada por L’Inconnu, retrata bem o que é essa questão de opinião:
"Um homem estava
colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês deixando um prato
de arroz na lápide ao lado. Ele se vira para o chinês e pergunta:
Desculpe, mas o senhor
acha mesmo que o seu defunto virá comer o seu arroz?
E o chinês responde: Sim,
quando o seu vier cheirar as suas flores..."
Essa historinha retrata
muito bem que sempre devemos respeitar a maneira de pensar de todos os povos,
de todas as pessoas. O que é um absurdo para nós, para outros é algo sagrado, e
vice versa. Sobre isso, aliás, muito há que se falar. Mas o mais importante é
observar-se o respeito pelas opiniões e preferências com que cada pessoa
norteia sua vida. Não nos cabe o direito de julgar ninguém, porque sempre
estaremos sendo julgados. A cada contestação nossa, poderá caber uma
contestação de alguém contra nós.
Portanto o único direito
é evitar o contato com pessoas cujos costumes nos ofendam, mas nunca poderemos
julga-las se estão certas ou erradas. Por que condenar alguém porque fuma ou
bebe? Por que condenar alguém por assumir uma posição homossexual? Por que
condenar por assumir esta ou aquela posição radical em termos de religião ou de
política? Embora o fanatismo com que certas religiões são praticadas possam ser
condenáveis, masa julgamentos, deixemos a quem de direito, podemos manifestar
nosso desacordo, afastando de nossa convivencia quem não nos convem ter por
perto.
Cada qual tem sua opinião
sobre como conduzir seu destino. Poderemos partilhar ou não de sua maneira de
vida, mas não condenar...
Assim sendo, um fraterno
abraço para todos, e o mais sincero desejo de UM LINDO DIA.
Não esquecendo outro
pequeno detalhe, ao apontarmos um dedo para alguém, teremos três de nossos
dedos apontando para nós...
Marcial Salaverry
se for verdade que o se o meu direito termina quando começa o seu direito
ResponderExcluirisso quer dizer,que se eu estiver num hospital usando o meu direito a saúde e chegar um outro paciente para ser atendido,o meu direito à saúde acabou e o médico deve me expulsar da sala e ir atender o outro paciente