FASCINANTE

21/04/2013

Aproveitando Nossa Vivência

Dos erros e acertos de nossa vida, formaremos a bagagem
de nossa experiencia.
É importante saber viver e bem descobrir o caminho a ser seguido...
Osculos e amplexos,
Marcial
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Testemunhando nossa vivencia, os anos vão passando, a vida vai correndo, e assim, enquanto a juventude vai ficando para trás, vamos acumulando experiência, desde que saibamos analisar as experiências vividas, sabendo separar o que fizemos de certo ou de errado.

Como prova de que minha memória ainda funciona, lembro-me de algo que desde criança sempre ouvi os mais velhos falarem: "Gostaria de voltar aos meus 20 anos, mas com a experiência de vida que tenho hoje... "
Sem dúvida alguma, juntar-se ao vigor da juventude, a experiência que vida traz em sua vivência, seria o ideal. Pena ser essa uma conjunção impossível.

À medida que vamos vivendo, precisaremos ir aprendendo com os erros cometidos, uma vez que assim formaremos nossa bagagem de experiência, que poderá nos permitir ter algo a passar para os jovens. Assim como temos que ir aproveitando os acertos que tivemos, pois a base da experiencia é saber aproveitar erros e acertos.

A experiência de vida nos traz uma grande vantagem.  Se soubermos olhar para trás, percebendo quais foram os erros cometidos, não mais os repetiremos, desde que saibamos analisá-los, mas por vezes reincide-se no mesmo erro, pois nem sempre aproveitamos as lições que a vida nos dá. Tambem isso vai nos servir de experiencia.

Se soubermos transmitir essa experiência aos jovens que se disponham a aceitá-la, podemos mesmo aplainar um pouco seu caminho, contudo temos de entender que não podemos, e nem devemos evitar que eles errem, o que podemos é simplesmente tentar indicar-lhes um caminho.  Mostrar as opções que eles vão encontrar pela frente, a fim de que eles decidam o que é melhor para eles, e assim como nós tivemos a oportunidade de usar nosso livre arbítrio, claro que eles tem o direito de fazê-lo, e de cometer seus próprios erros, e assim forjar sua própria existência.

Se eles se limitarem a ouvir a "voz da experiência", sem usar seu discernimento, serão criaturas amorfas,  incapazes de conduzir o próprio destino. Não podemos "viver a vida por eles".  Devemos deixá-los viver.  Mostrar o que existe, procurando amenizar as dificuldades, é uma coisa. Principalmente, devemos deixar que eles pensem e cheguem às suas próprias conclusões. Eles saberão que estamos prontos a ajudá-los sempre que eles precisarem e peçam um socorro.

Encontrei um pensamento muito bacana feito por um garoto, que como eu, amava os Beattles e os Rolling Stones, mas não pegou em nenhuma metralhadora.  Sua arma era o cérebro e uma caneta.  Chamava-se Victor Hugo  e, entre muitas outras jóias, legou-nos esta:
"O fogo vê-se nos olhos dos moços, mas nos olhos dos velhos vê-se a luz".
Vejam, o grande sentido que ele colocou na frase: nos olhos dos velhos vê-se a luz. Luz que pode permitir que os experientes iluminem o caminho para os mais jovens, luz que pode permitir que os pais mostrem mais claramente o caminho para os filhos, mas não que determine o caminho a ser seguido. Iluminar para que eles escolham melhor, para que eles possam ver as diversas opções que vão encontrar, e que eles deverão escolher.

Luz que sabiamente usada permitirá que os mais jovens errem menos.  Mas devem errar, sim.  Se nós errando, chegamos até aqui, porque tirar-lhes esse direito?
Pois se quisermos fazer o caminho em seu lugar, se quisermos determinar o caminho que eles devem seguir, apagaremos "o fogo de seus olhos".  Esse fogo tão necessário para que eles lutem, procurem vencer e atinjam seus objetivos.
Aceitem as decisões dos jovens, mas com discernimento. Vendo que eles estão errados, o mais certo é apontar-lhes o erro e até mesmo ensiná-los a corrigir esse erro, se esta for sua vontade.
Bem, como sou muito jovem ainda, se estiver errado, corrijam-me.  Mas permitam-me o direito de errar.  Ainda tenho muito tempo para aprender, e acho que poderá ser interessante desejar-lhes UM LINDO DIA...

Marcial Salaverry

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